E se Resident Evil sofresse um reboot?

Uma das coisas que mais vendo sendo discutidas entre os fãs de Resident Evil, é um reboot da franquia. A ausência de novidades sobre o próximo título numerado (na época da publicação deste artigo, são quase 4 anos desde o lançamento de RE6, último título numerado), e decisões controversas como o anúncio de Umbrella Corps (um shooter aparantemente genérico e sem essência) para comemorar o aniversário de 20 anos de Resident Evil, fazem muitos fãs e até mesmo membros da mídia especializada questionarem se a Capcom sabe que rumo seguir com uma de suas principais franquias.

Recentemente, algumas franquias bastante importantes e proeminentes sofreram um reboot, Devil May Cry da própria Capcom; e Tomb Raider que era uma franquia da Eidos e sofreu seu reboot pelas mãos da Crystal Dynamics. Os dois casos citados são bem diferentes.

Devil May Cry vinha de um quarto jogo que não alcançou o mesmo sucesso de seus antecessores, mas nada realmente alarmante, possivelmente um Devil May Cry 5 poderia trazer de volta a franquia para os patamares anteriores, até porque, os erros cometidos em DMC4 não foram tão graves e destruidores assim.

Já Tomb Raider, uma franquia que assim como Resident Evil nasceu em 1996, vinha de uma sequência de jogos que não caíam no gosto do público, levando a vendas abaixo do esperado, e as tentativas de melhorar e de criar novos atrativos para a franquia acabou tornando-a uma enorme colcha de retalhos e um amontoado de referências e mecânicas que não agradavam ao público. O reboot da franquia foi uma grata surpresa, e nos apresentou uma Lara Croft mais humana, frágil, suscetível as intempéries e percalços de suas aventuras, vendo-se frente-a-frente com decisões que realmente mexem com ela, deixando de lado aquela mulher durona, hiper-sexualizada que cada vez mais se distanciava do verossímil.

Por que precisa de um reboot?

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Resident Evil passa por uma crise semelhante a que Tomb Raider passou antes de seu reboot. Desde Resident Evil 5, os principais produtores responsáveis por RE parecem estar perdidos. Uma hora dizem que é uma franquia de ação e apresentam jogos como o próprio RE5 e REORC; outra hora dizem que é preciso respeitar as origens de survival horror da série e apresentam jogos como os dois Revelations; outra hora tentam juntar tudo em um único jogo e nos “brindam” com Resident Evil 6, um jogo que tenta ser tudo mas acaba sendo um grande nada.

Além disso, em 20 anos de Resident Evil, acumulam-se mais de duas dezenas de jogos, em sua imensa maioria spin-offs, que em alguns casos são cronológicos, em outros casos não são, e em outros casos ainda, começam sendo cronológicos mas depois de alguns anos são descreditados da história central da franquia, ou até mesmo tem apenas partes de sua história sendo consideradas para a trama geral.

Pensado para ser um jogo único, Resident Evil 1 foi lançado em 1996, e tem sua história encerrando em si mesmo. Porém, o sucesso do primeiro jogo tornou Resident Evil uma franquia, aliás, uma das maiores e mais bem sucedidas. A falta de planejamento para ser uma franquia, levou a necessidade de a Capcom produzir jogos que contassem fatos complementares aos de RE1, na tentativa de amarrar a história. Porém, com o lançamento de RE: Remake, a empresa tinha nas mãos a possibilidade de consertar os furos do primeiro jogo, reescrevendo a história do capítulo inicial da franquia de forma coerente e que desse aos futuros jogos a possibilidade de explorar elementos que o jogo original de 1996 não dava. A Capcom errou, e muitos dos furos presentes em RE1, estavam também em RE: Remake. A partir daí, a coisa descambou, e o que vimos foi um enorme amontoado de spin-offs que por muitas vezes mais confundem e complicam a história do que ajudam.

Por conta disso, a história de Resident Evil virou uma enorme colcha de retalhos. A dificuldade em entender o que é série principal, o que é spin-off cronológico, o que é spin off-não cronológico é tão grande, que recebemos toda semana dezenas de perguntas e e-mails com questionamentos a respeito disso, o que nos levou inclusive a produzir o vídeo abaixo e também o artigo deste link.

Além disso, há muitos comentários e debates entre os fãs sobre como os principais protagonistas da franquia se tornaram praticamente super-heróis. Além de habilidades que em alguns casos são mal explicadas, outra grande reclamação dos fãs é a falta de comportamento humano nos protagonistas da série. Chris, Jill, Leon, Claire e Ada se tornaram personagem frios, que tem reação praticamente zero perante perigos e atrocidades que se desenvolvem à sua frente. Obviamente, os cinco citados passaram por muitas situações impossíveis que moldaram seus caráteres e os tornaram mais frios e duros, porém, o que é visto atualmente na franquia é um comportamento digno de robô perante situações que até mesmo o mais durão dos heróis demonstraria sensibilidade e senso-humano.

Além disso, não vemos nos personagens e em suas tramas, ganchos para o desenvolvimento de suas personalidades. Não há muita menção a seus passados, e praticamente nada é dito sobre o período que se passa entre uma ameaça global e outra. A ausência disso, torna bastante complicada e artificial algo que os fãs também clamam a muito tempo: o relacionamento mais profundo entre personagens. Não falo apenas de relacionamentos amorosos e românticos, mas mesmo relações de amizade. Sabemos por exemplo que há uma forte amizade envolvendo Chris – Jill – Barry – Claire, mas isso é algo que apenas lemos em files ou que são mostradas de forma insatisfatória e superficial em alguma rápida cena ou diálogo perdido em um amontoado de ação e perigos. A humanização dos personagens passa essencialmente por isso, por um maior foco e destaque para as relações de amizade que se desenvolveram ao longo desses anos de franquia, e pela melhor construção de seus caráteres e personalidades.

O que o reboot poderia fazer?

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Existem muitos pontos a serem melhorados, um reboot pode fazer por Resident Evil o mesmo que fez por Tomb Raider. Mas vamos ser mais específicos e citar alguns dos principais pontos que um reboot deveria melhorar:

Menos jogos, mais coesão

Um reboot é a chance perfeita para corrigir os furos de enredo, e principalmente: condensar a história da franquia em títulos mais “parrudos”. Antigamente, na geração do PS1, havia uma barreira para se construir grandes jogos (em tamanho): a capacidade de armazenamento dos CDs. Por isso, os quatro jogos da franquia lançados para PS1, eram relativamente curtos. Em uma primeira vez, era possível terminar qualquer um dos quatro em cerca de 6 a 8 horas sem usar qualquer tipo de ajuda dos detonados. Jogadores mais habituados com os jogos costumam terminá-los tranquilamente em 2 ou 3 horas.

Dessa forma, com a capacidade absurdamente maior dos Blu-Rays e o advento dos jogos digitais, várias histórias poderiam ser condensadas em apenas um jogo, tornando-os mais concisos e dando menos espaço para eventuais erros de roteiro e pontas soltas que nunca se amarram. Isso, além de tudo, ajudaria a eliminar essa quantidade imensa de spin-offs existentes na franquia. É algo absolutamente estranho, uma franquia que tenha quase 25 jogos (sem contar os mobiles), sendo que somente oito (Ø, Remake, 2, 3, CV, 4, 5 e 6) sejam considerados como arco principal.

A proposta não é acabar com os spin-offs, mas sim focar na história central da franquia e usar os spin-offs para enriquecer a o arco central através de eventuais capítulos dentro dos próprios jogos. Pra exemplificar, Resident Evil Ø e Resident Evil: Remake poderiam ser condensados dentro de um mesmo jogo, e adicionar a eles a história dos capítulos “Begginings”, “Nightmare” e “Rebirth” de RE: The Umbrella Chronicles. O mesmo poderia acontecer com Resident Evil 2 e Resident Evil 3, que poderiam perfeitamente ser um jogo só, com 3 campanhas principais (Jill, Leon e Claire), e ter a adição dos eventos mostrados nos capítulos “The 4th Survivor” e “Death’s Door” de RE:  The Umbrella Chronicles, e também de fatos mostrados nos dois jogos da série Outbreak e um tiquinho (parte de files) de REORC. Só aí, teríamos a história de oito jogos condensados em apenas dois. E se vocês pararem para pensar, é algo perfeitamente plausível de se fazer, pensando que as junções propostas são de jogos com histórias complementares e que se encaixam na cronologia de Resident Evil.

Personalidade

Citado mais acima, a atual personalidade dos protagonistas de Resident Evil é um dos pontos mais criticados. Depois de vivenciar tantos horrores, é absolutamente natural que eles endureçam e se tornem mais frios perante novas situações, o que é inadmissível é que esses personagens percam sua humanidade e não tenham reação alguma perante os novos perigos e situações impossíveis que vivem.

A construção dos personagens da franquia necessita urgentemente ser revista. Chris, Jill, Leon, Claire e Ada são personagens que apesar de amarmos, são menos profundos do que uma poça d’água. Não sabemos quase nada sobre seus passados, suas ações fora dos jogos, e as “fortes” relações de amizade que supostamente alguns grupos de personagens tem, ficam restritas a files e a pequenos e quase insignificantes momentos dentro dos jogos.

Os vilões também precisam de motivações melhores do que a busca pela imortalidade (Spencer e Alex Wesker), a chance de se tornar um Deus para uma nova raça de seres-humanos mutantes (Albert Wesker), o comando do mundo através de atos dúbios e exagerados (Saddler e Simmons), ou ainda a vingança por ter sido enganada, causando a morte de centenas de milhares de pessoas (Carla Radames). Os heróis de Resident Evil são rasos porque os vilões são megalomaníacos e rasos na mesma proporção e vice-versa. O conceito de bem e mal, deve ser revisto para que haja verossimilhança e para que possamos ter mais empatia com os personagens do jogo, sejam eles “heróis” ou “vilões”.

Menos personagens, mais coragem

Outro ponto a ser citado sobre os personagens de Resident Evil é a imensa quantidade de personagens secundários que entram, fazem uma breve participação e nunca mais retornam. Alguns com bastante potencial foram deixados de lado e caíram no ostracismo.

Nicholai Ginovaef, Sheva Alomar, Ark Thompson, HUNK, e até mesmo Rebecca Chambers (que retorna em breve em um novo filme CG) eram personagens que poderiam e deveriam ter ganho uma sobre-vida na história. HUNK apareceu diversas vezes, mas sempre em modos arcade como Mercenaries ou Raid Mode.

Além desses citados, há ainda uma infinidade de nomes que passou por Resident Evil, terminaram suas histórias vivos e nunca mais retornaram. Há todos os personagens jogáveis de RE: Outbreak; Bruce e Fongling de RE: Dead Aim; Billy Coen; Carlos Oliveira; Josh Stone de RE5; entre muitos outros. Aliás, a inserção desses personagens mais temporais, parece ser uma solução da Capcom para sua falta de coragem para matar personagens realmente importantes.

Vamos recapitular: qual personagem realmente importante morreu em RE até o momento? Se considerar a história como um todo, podemos citar nomes como Ozwell Spencer, Sergei Vladimir, James Marcus, Alfred e Alexia Ashford. Mas por outro lado, entre os personagens com muitas e importantes aparições temos apenas Albert Wesker morto. Especulou-se muito sobre a morte de Jill em RE5 e a morte de Chris em RE6, ambos acabaram não ocorrendo, e mostram que a empresa precisa de uma dose extra de coragem para dar um fim a personagens importantes.

É chato ter a certeza que Chris, Jill, Leon e Claire vão sempre sair salvos dos jogos em que são protagonistas. A morte de personagens desse quarteto seria chocante, faria muita gente chorar e “xingar muito no Twitter”, mas mostraria que em um mundo assolado pelos perigos biológicos, ninguém está de fato a salvo, e a dor da perda de um desses nomes daria uma profundidade maior para as tramas, ajudando inclusive na construção dos personagens que eventualmente sofreriam com a morte de um amigo ou companheiro.

Identidade

A crise de identidade é evidente em Resident Evil. Uma hora temos um jogo como Resident Evil 5, que como eu vivo dizendo, parece um Gears of War executado de forma porca e com skins de RE; outra hora temos um flerte com o Survival Horror em RE: Revelations, logo na sequência vem Resident Evil 6 que tenta ser terror, ação, “FPS” e espionagem tudo ao mesmo tempo; depois de um pequeno hiato temos novamente um flerte com o SH com RE: Revelations 2 e com os lançamentos em HD de RE: Remake e REØ. Afinal, qual desses é Resident Evil de verdade? Provavelmente nem a Capcom sabe.

Essa mistura, esse passeio por vários gêneros tirou de Resident Evil grande parte de sua essência. Não que eu queira que tudo seja igual como era na era do PS1, não. A evolução ocorreu, e RE4, apesar de ser um jogo basicamente de ação, traz elementos de SH, desperta o medo e a apreensão do jogador em muitos momentos e traz a inovação necessária para manter a franquia relevante em uma nova era, coisa que nenhum dos jogos posteriores fez.

O que vimos daí pra frente foi um amontoado de experiências e de flertes com gêneros bastante distintos, que só fez plantar a dúvida na cabeça dos fãs. Ninguém sabe dizer se hoje Resident Evil é uma franquia de Survival Horror com elementos de ação; se é uma franquia de ação focada em tiro em terceira pessoa ou se é uma franquia de terror. A única coisa que dá pra dizer é que atualmente, Resident Evil é uma colcha de retalhos mal acabada, que jogo após jogo prefere arremedar elementos de jogos que estão fazendo sucesso ao invés de tentar criar a sua própria fórmula de sucesso,

O que o reboot NÃO poderia fazer?

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Quando se fala em reboot de Resident Evil, muitos fãs ficam temerosos que algumas das características mais importantes da franquia sejam perdidas ou substituídas pela Capcom. Embora haja um conjunto de fatores que devem ser feitos, há também uma série de coisas que não devem ser mexidas, ou devem ser mexidas o menos possível:

Personagens

Os fãs de Resident Evil são muito apegados aos seus personagens preferidos. Embora citado nesse texto diversas vezes que falte a construção mais aprofundada de personalidade, Chris, Jill, Leon, Claire, Ada e Wesker (entre outros) são amados pelo público de uma forma em geral. E mesmo que tenha sido citado mais acima que em um eventual reboot é necessário diminuir a quantidade de personagens, essa diminuição deve ser feita nos personagens secundários. Os principais, devem ser mantidos e melhor explorados, até porque com a chance de reescrever a história da franquia de forma que os buracos sejam tapados, a probabilidade de dar mais peso e coesão aos personagens aumenta.

Mesmo para os mais favoráveis a mudanças e ao reboot, fica bem claro que os fãs de Resident Evil querem que seus protagonistas perpetuem, e a ausência de qualquer um dos citados faria com que um estranho buraco se abrisse tanto na história (mesmo que outro personagem existente ou um novo ocupe o lugar do antigo, sempre vai haver a ingrata comparação), quanto no coração dos fãs.

Espinha dorsal

Assim como os protagonistas de RE são amados pelo público, a espinha dorsal da história também é, e mexer nela de forma brusca pode ser um enorme erro.

A conspiração principal da franquia, envolvendo a Umbrella, o desenvolvimento secreto de armas bio-orgânicas, a farsa de levar os S.T.A.R.S. até a Mansão Spencer, o acobertamento desses experimentos por parte do chefe de polícia, e todo o caos criado com o vazamento de vírus nos esgotos da cidade são talvez a parte mais marcante de toda a história de Resident Evil. Nada que veio depois marcou tanto quanto essa espinha dorsal que deu origem ao enredo central da franquia.

Alterações podem e devem ser feitas, desde que sejam para trazer mais coesão e tapar buracos existentes. Eventuais e sutis adições também são bem-vindas, desde que inseridas de forma cirúrgica, como por exemplo a introdução da história da família Trevor em RE: Remake.

Chega de mais do mesmo

Imagina-se que um eventual reboot, venha para além de tudo, corrigir os maiores erros de Resident Evil, e isso não diz respeito apenas a história.

A verdade é que a franquia perdeu a sua identidade, e eu não estou aqui falando de terror / ação; oldschool / newschool. A identidade de Resident Evil desde sua criação é ser vanguardista, inclusive falei disso nesse artigo aqui. Após o lançamento de Resident Evil 4 e a posterior saída de Shinji Mikami da Capcom, as cabeças pensantes que assumiram o volante da franquia e se contentaram em apenas repetir a fórmula implementada em RE4 com atualizações inspiradas em outros jogos do mercado, como Gears of War, Call of Duty e mais recentemente The Last of Us. Resident Evil precisa voltar a ser vanguardista, a ser referência e inspiração para outras franquias. Tudo bem se inspirar em uma ou outra mecânica de sucesso de outros jogos, mas quando isso passa a ser a maior parte dos sistemas implementados no jogo, temos uma séria quebra em um dos aspectos fundamentais da franquia, que é ser referência.

Resident Evil 1 foi o boom do Survival Horror e inspirou dezenas de jogos que seguiram seu estilo (só pra citar alguns: Dino Crisis, Parasite Eve e Silent Hill); Resident Evil 4 revolucionou o modo como os jogos de ação eram feitos (novamente, citando alguns: Dead Space, Gears of War, The Last of Us e Alan Wake). Vendo tantos jogos excelentes e produtoras de ponta que alegadamente se inspiraram em RE, é absolutamente frustrante ver a franquia fazendo o caminho inverso e bebendo de forma deliberada e exagerada da fonte de outras franquias, seja por preguiça criativa das equipes de desenvolvimento da Capcom, seja por visões equivocadas de mercado que levam a produção a tomar rumos questionáveis.

Não repetir os mesmos erros

O reboot pode ser a oportunidade de colocar tudo nos eixos, trazer a locomotiva de volta ao trilho e ir colocando pouco a pouco novos vagões enganchados nessa locomotiva, que deve estar a todo vapor e estável. O que não pode acontecer de forma alguma é repetir os mesmos erros que levaram o trem atual a descarrilar.

Isso vai de encontro aos pontos citados na parte do que o reboot deve fazer. O excesso de spin-offs e a criação e descarte de personagens de forma exagerada podem botar tudo a perder novamente. O risco e a tentação são grandes, mas caso um reboot ocorra, os passos devem ser medidos e analisados de forma muito mais fria e calculista do que são na atual franquia. Repetir os mesmos erros que ocorreram na atual linha de RE, podem fazer com que a franquia se perca de uma vez por todas. Apesar de estar cambaleando, Resident Evil ainda é um zumbi que pode ser guiado ao sucesso, e um reboot pode ser a vacina que trará esse zumbi de volta a sua forma 100% humana, mas como toda vacina, sempre há o risco de efeitos colaterais, e no caso do nosso zumbi Resident Evil, qualquer efeito colateral pode levar a perda total do rumo, e a transformação em um crimson head nos deixando a única alternativa de matá-lo e atear fogo ao seu corpo.

E o material humano pra fazer isso?

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Em Resident Evil, hoje, temos quatro produtores principais: Yoshiaki Hirabayashi (atual responsável pelo remake de RE2 e roteirista de RE5), Michiteru Okabe (que foi o responsável por RE: Revelations 2), Horoyuki Kobayashi (produtor executivo de Resident Evil 6) e Masachika Kawata (produtor de RE 5, RE: Revelations e Umbrella Corps). Não conhecemos ao certo a hierarquia dentro da Capcom, mas os dois últimos – Kobayashi e Kawata, são os que estão no comando geral de Resident Evil, definindo seus rumos para o futuro, e vale citar que ambos já declaram que não são grandes fãs de terror, inclusive “Koba” declarou isso em uma entrevista recente.

Portanto, a torcida seria que um eventual reboot, pudesse ter uma direção criativa e até mesmo a produção de nomes como Hirabayashi, Okabe e também Yasuhiro Anpo (diretor de RE: Revelations 2). Esses parecem ser os nomes certos pra devolver a Resident Evil sua essência, e criar mecânicas condizentes com essa essência, dando novamente a Resident Evil o lugar de destaque e a posição de vanguarda que foi deixada para trás após a saída de Shinji Mikami da Capcom.

E vocês? O que acham de um reboot da franquia? Quais pontos vocês acham benéficos e quais pontos acham perigosos? Conta pra gente aí nos comentários!

O texto não reflete a opinião do REVIL como um todo, e sim do autor do artigo.