Screen Gems explica o sucesso de Resident Evil nos cinemas e cogita série de TV

Aproveitando a proximidade da estreia de Resident Evil 6 O Capítulo Final, o site da revista Variety trouxe uma série de matérias especiais sobre a franquia de filmes no cinema.

A Variety comenta porque a série da Screen Gems fez tanto sucesso, ao ponto de se tornar a franquia de filmes baseada em videogames de maior sucesso da história.

Para evitar problemas que prejudicaram tantos outros filmes baseados em jogos, a Screen Gems fez o dever de casa. “Nossas pesquisas apontaram o que os gamers queriam”, diz Clint Culpepper, presidente do estúdio. “Gamers são meio “possessivos” e eles adoraram a ideia que alguém adaptaria Resident Evil para o cinema”.

Jamie Russel, autor de livros sobre videogames no cinema, aponta que o diretor e roterista Paul WS Anderson é o grande pilar da franquia Resident Evil: “Anderson foi uma das primeiras pessoas da indústria a perceber que videogames são tão válidos quanto livros ou quadrinhos como propriedade intelectual para ser adaptado para o formato de filme”. De acordo com Russel, a maior conquista de Paul Anderson é saber fazer adaptações de videogames que cativam uma audiência maior do que a de jogadores: “Ele não segue estritamente os jogos. Na verdade, os filmes de Resident Evil se tornaram uma marca que existe de forma independente dos jogos”.

Outro grande trunfo para Resident Evil seria a aposta em uma personagem feminina, diz Cuelpepper: “Nossas pesquisas apontaram que os homens gostam de ver mulheres em papéis de ação, e Milla Jovovich é uma estrela de ação”.

Gladys L. Knight, autora de livros sobre heroínas de ação na cultura pop, vê Alice como um dos ícones mais importantes da série. “Alice é parte de uma nova onda de heroínas que surgiram no último século”. A matéria não deixa de comprar Alice com um dos maiores ícones femininos nos games: “Às vezes, os filmes de Tomb Raider exageram na representação de Lara Croft como sendo mais forte que os personagens masculinos. Alice é forte e durona, mas ela trabalha em equipe com seus colegas”.

Ainda assim, a ideia de ter uma mulher no papel principal enfrentou algumas barreiras: “As coisas não eram bem assim nos anos 2000; escalar uma protagonista feminina era um dos maiores obstáculos dos produtores para o filme ser feito”, comenta Paul Anderson. “Sempre gostei de mulheres fortes em filmes, mas naquela época em Hollywood havia um certo preconceito, um achismo que filmes de ação protagonizados por mulheres não davam certo”.

O agente de Anderson, Ken Kamins, comenta que a ideia ousada do diretor, de incluir Alice como protagonista, foi o que tornou os filmes únicos: “Ele tinha um ponto de vista muito forte sobre como honrar os fãs dos jogos enquanto também tornaria os filmes atraentes para quem nunca havia jogado”.

Culpepper também acredita que a diversidade do elenco é outro trunfo para a franquia, trazendo atores de diversas etnias, como Michelle Rodriguez (Rain), Oded Fehr (Carlos) e Bingbing Li (Ada).

Mas o que torna Resident Evil uma série tão duradoura? Culpepper atribui essa longevidade aos zumbis. “Há uma espécie de fascínio na cultura zumbi”.

A Veriety também perguntou ao presidente da Sony Pictures se uma série de televisão de Resident Evil ainda seria possível no futuro: “Nosso departamento de televisão está doido para fazer. Eles querem muito”.