Análise – Resident Evil Remake (Nintendo Switch)

Originalmente lançado para Nintendo Gamecube em 2002, Resident Evil Remake fazia parte do contrato de exclusividade firmado entre a Capcom e a Nintendo na época, que resultou também na produção exclusiva de Resident Evil Zero e Resident Evil 4.

Como bem sabemos, não demorou muito para Resident Evil 4 chegar ao PlayStation 2, se tornando um dos títulos mais populares do console e, até os dias de hoje, sempre vem recebendo novas versões.

O remake do primeiro Resident Evil e seu prelúdio no entanto permaneceram como exclusivos da Big N por muito tempo, recebendo ports para Nintendo Wii em 2008. Foi em 2015 que essa exclusividade finalmente chegou ao fim com a chegada de Resident Evil HD Remaster, lançado para a sétima e oitava geração de consoles e PC. 17 anos depois de seu lançamento original, o título “retorna para casa”, ganhando também uma versão para o Switch.

Resident Evil Remake já apresentava gráficos incríveis no Gamecube, e isso ficou ainda mais evidente com a sua remasterização, que mostrou o quanto o título envelheceu bem nesse aspecto. A versão para Nintendo Switch não perde nada graficamente falando, se comparado com as versões de PlayStation 4 e Xbox One, com modelo de personagens limpos e bem texturizados e criaturas mais grotescas do que nunca. A beleza arquitetônica da Mansão é construida por cenários pré-renderizados bem retrabalhados e os novos efeitos de iluminação são de encher os olhos. Combinados com a trilha sonora, esses elementos tornam Resident Evil Remake um dos jogos de terror mais atmosféricos de todos os tempos.

O jogo possui apenas duas opções de controles: clássico ou moderno, e não faz uso dos controles de movimento do console híbrido. O opção para alterar a proporção do jogo para o modo 4:3 como era originalmente foi mantida e um sistema de conquistas integrado foi adicionado, podendo ser acessado através do menu principal.

Infelizmente essa versão possui carregamentos extras entre os cenários, fazendo com que as clássicas portas percam o seu papel de disfarçar os loadings e manter a atmosfera do jogo intacta. É algo que pode incomodar um pouco durante o gameplay.

Resident Evil Remake possui um alto fator replay, não apenas tendo os cenários de Chris Redfield e Jill Valentine, mas também finais diferentes, dificuldades, roupas e modos extras, como o Real Survivor (onde os baús de itens não são conectados) e o Invisible Enemy (onde todos os inimigos são invisíveis).

O único diferencial dessa versão fica por conta da sua portabilidade. Poder jogar essa obra prima a qualquer hora e em qualquer lugar é simplesmente incrível! Me fez lembrar de quando eu tive a oportunidade de jogar Resident Evil: Deadly Silence no Nintendo DS, mas claro, entregando uma experiência infinitamente superior. O jogo flui bem e não possui nenhuma queda de performance quando jogado no modo portátil.

Para a tristeza de muitos o título chega apenas em formato digital, custando $ 29.99 (cerca de R$ 122,05), um valor bem salgado se comparado com as outras versões disponíveis em outras plataformas. Os fãs brasileiros são obrigados a pagar o valor em dólar, já que só é possível comprar o jogo na eShop do Canadá ou dos Estados Unidos.

O jogo foi analisado em cópia digital cedida pela Capcom Unity Brasil. O texto não representa a opinião do REVIL como um todo, e sim do autor da análise.

Resident Evil Remake - Nintendo Switch
Reader Rating37 Votes
7.6
Portabilidade e imersão
Sistema de conquistas integrado
Gráficos e som em alta definição
Carregamento extra entre cenários
Não possui suporte ao RE.NET
Não faz uso de recursos exclusivos do sistema
Preço pouco atrativo
9
Obra prima portátil