Conheça Sweet Home: A Origem de Resident Evil

Por mais surpreendente que seja, vamos falar de um jogo da própria Capcom que serviu de inspiração para a criação de Resident Evil. O game, é Sweet Home – lançado para o Nintendo Entertainment System, o famoso NES.

O título é baseado em um filme de terror japonês, que foi desenvolvido em parceria com os próprios diretores do longa.

Os dois chegaram ao mercado em 1989 e chamaram a atenção de Shinji Mikami, o pai de Resident Evil. Nós já fizemos um artigo aqui no REVIL falando das semelhanças entre os jogos – e são muitas!

 

Sweet Home: A Origem de Resident Evil

A história do filme e do jogo é essencialmente a mesma. Um grupo de cinco pessoas vão explorar uma mansão em ruínas em meio a uma floresta – não tem como não encontrar a semelhança entre Sweet Home e Resident Evil logo de cara!

Reza a lenda que nessa mansão, o famoso artista Ichirõ Mamiya deixou os seus pertences e artes valiosas, e e todos estão atrás desse tesouro.

Os protagonistas são documentaristas de um programa de TV. Após a chegada deles na mansão, eles ficam trancados lá dentro e coisas sobrenaturais começam a acontecer.

No filme, os personagens são perseguidos por fantasmas, que possuem apenas um objetivo: matá-los, e da forma mais grotesca e violenta possível.

Com tantas referências sobrenaturais no filme, não tem como não assimilar os acontecimentos ao beta de Resident Evil 4, que ficou conhecido como Resident Evil 3.5, onde Leon sofre alucinações causadas pela infecção pelo vírus Progenitor e é atacado por “fantamas” e bonecas que ganham vida – esses dois elementos, estão presentes no filme Sweet Home.

Leon enfrentando um fantasma que “saiu” de um quadro – soa familiar?

Diferente do filme, o jogo Sweet Home possui inimigos completamente diferentes. Ao invés de fantasmas, os desenvolvedores colocaram monstros em suas formas físicas, para que o jogador enfrentar e eliminar.

A jogabilidade possui elementos de RPG, com escolha de itens e ações, mas claro que com diversas mecânicas do bom e velho Survival Horror, que na época ainda estava engatinhando na indústria.

Só não dá pra afirmar que naquela época o game conseguia provocar sustos nos jogadores.

Versatilidade e vários finais

Os personagens estão presos dentro da mansão e podem ou não sair vivos de lá de acordo com as suas ações e escolhas.

Cada um deles possui itens e habilidades únicas, cabendo a eles carregar um item individualmente e ter a possibilidade de executar uma ação que podem no máximo ser substituídos durante a troca de cenários.

Toda essa peculiaridade em cada personagem, força o jogador a utilizar táticas de RPG para combinar as habilidades e ações para usá-los na situação certa, para conseguir desvendar os mistérios.

Assim como em Resident Evil, as munições e armas são bem escassas, fazendo o jogador administrar tudo com cautela – outro elemento de Survival Horror, que é reforçado pela morte permanente dos personagens.

Você não entendeu errado: se em algum momento algum personagem morrer, ele não volta mais, e você continuará a história com o time desfalcado.

Já no filme, dois dos cinco personagens morre – sendo uma grande diferença entre o longa e o game Sweet Home.

O jogo tem cinco finais diferentes, dependendo das mortes no jogo. E se você lembrou de Resident Evil, você não está errado.

Para te surpreender ainda mais, advinha como o game termina? Com a mansão explodindo, assim como no primeiro game da franquia de Mikami.

As referências não param!

As batalhas são aleatórias como em qualquer RPG. Caso alguém fique ferido, tônicos podem ser usados para restaurar a energia.

O inventário é limitado e o jogador terá que pensar muito bem em tudo que levará consigo para prosseguir.

Sweet Home foi lançado apenas para o mercado nipônico e nunca foi comercializado fora de lá de forma oficial.

Não é um título que vendeu muito bem, mas que trouxe diversos elementos originais que foram utilizados posteriormente na criação de Resident Evil.

E como não podemos deixar de mencionar, até a transição de “portas se abrindo” é um ponto em comum entre os dois jogos.