De acordo com o Ministério da Juventude e Esportes da Turquia, videogames estrangeiros, como Resident Evil 4, seriam responsáveis por espalhar o medo e o ódio aos muçulmanos, ou a islamofobia.
No caso do quarto título numerado da franquia, tudo isso por causa de… uma porta – bem significativa para o Islã.
No castelo de Salazar, Leon encontra uma porta adornada que foi claramente ~inspirada~ na de Al-Masjid an Nawabi, ou “a Mesquita do Profeta”, que teria sido originalmente construída pelo profeta Maomé, na cidade de Medina, na Arábia Saudita. No game, o símbolo original é substituído pelo da seita Los Illuminados, os vilões de Resident Evil 4.
Ainda, em Resident Evil 5, no cenário Lost In Nightmares, é possível encontrar um livro jogado no chão de uma das salas, que foi identificado como o Alcorão, o livro sagrado do Islã.
Segundo o ministério, muitos games conteriam material “nocivo”, como cenas de sexo ou violência explícitos, incluindo aí temas islamofóbicos: “O objetivo desses jogos é passar uma impressão negativa do Islã. Games digitais são uma ferramenta usada para espalhar a islamofobia”, diz Huzeyfe Yilmaz, ministro da educação da Turquia.
Além de Resident Evil, outros jogos foram incluídos na “lista negra” do governo turco, como Call of Duty, Guitar Hero e Tekken. Nem Pac-Man ficou de fora: os “fantasminhas” foram vistos como uma analogia às mulheres islâmicas, que sempre andam cobertas por véus ou burcas.
Apesar das críticas do governo, o parlamento turco estima que 25 milhões de pessoas jogam videogame no país.
Via NewsWeek.