Brasil Game Show 2025: Com Resident Evil, Nintendo, concertos musicais e Hideo Kojima

O REVIL esteve presente em mais um ano de Brasil Game Show (BGS), o maior evento de games da América Latina. Neste ano, participaram da cobertura como imprensa: João Alves, Fred Hiro, Ricardo Andretto e Dry Portes. Todos os dias da BGS 2025 tiveram a presença da Equipe REVIL, mesmo que nem todas as pessoas pudessem acompanhar a feira do início ao fim. Confira neste artigo um breve resumo de Dry Portes.

Pelo bem ou pelo mal, a BGS 2025 é um marco para aqueles que tiverem a oportunidade de ir. Nem tudo foi perfeito, como dificilmente em um evento é. Tivemos Resident Evil Survival Unit, licenciado pela Capcom, mas com a ausência da Capcom. E mais que você confere a partir de agora!



Da esquerda para a direita: Mathias Maia, moderador do Discord do REVIL; Fred Hiro, Ricardo Andretto, João Alves e Dry Portes (Equipe REVIL)

A edição de 2025 vem com algumas mudanças em relação a outras edições de anos anteriores. Foram menos dias, com 4 dessa vez. Geralmente o evento acontece em 5 dias, incluindo o da imprensa. Também aconteceu em um novo local. Saiu do Expo Center Norte e aconteceu no Distrito Anhembi, o mesmo espaço da Gamescom deste ano. Com a mudança de endereço veio também uma redução no tamanho do evento.

Vamos começar falando sobre as coisas boas que pudermos viver, começando claro pelo principal para nossa equipe, Resident Evil Survivor Unit – queríamos Resident Evil Requiem, mas fomos surpreendidos positivamente com o Survival Unit. Haviam até mimos para a imprensa.

Da esquerda para a direita: Jay Park (Diretor da Divisão Estratégica) e Chan Hyum Kim (Diretor de Negócios), de Resident Evil Survival Unit; Fred Hiro, João Alves e Ricardo Andretto (REVIL)

Pudemos testar uma demo mais completa do que a disponibilizada para o público geral na BGS 2025 e ainda tivemos a oportunidade de entrevistar dois diretores do game, Jay Park e Chan Hyum Kim.

Um breve resumo sobre tudo

Outra grata surpresa foi a presença do diretor de Final Fantasy VII Remake e Rebirth, Naoki Hamaguchi. Ele fez uma sessão de fotos e autógrafos, além de seu Meet & Greet, na sala de imprensa, distribuindo pôsteres que estava autografando. O João teve o seu disco de vinil com a trilha sonora de clássicos da franquia autografado pelo diretor.

Com a diminuição do evento, uma área que já vinha ficando menor a cada ano está ainda mais enxuta: a dos ARCADES! A parte retrô da feira está ocupando um lugar bem modesto, mas que conta com as máquinas clássicas, como os simuladores de corrida, Aero Hockey (a famosa mesinha de ar), os fliperamas com os jogos de luta, máquinas para testar a potência do seu soco e até Pump it Up (máquina de dança) para mostrar agilidade nos pés.

Outra área que vem diminuindo cada vez mais (junto a dos arcades), é a Indie. Um pequeno espaço no canto, quase escondido, mas que guarda joias raras…

A maior atração – e também a mais disputada – dá área indie era A.I.L.A, o novo jogo da Pulsatrix, desenvolvedora de Fobia: St. Dinfna Hotel. Também tivemos a oportunidade de entrevistar o pessoal do jogo. Fred e seu amigo Mathias (do Discord do REVIL) ganham até autógrafos em suas mídias físicas de Fobia!

A Nintendo vem mantendo a tradição de ter um dos maiores estandes dos eventos em que participa e sempre com muitos brindes. Ao jogar os jogos disponíveis, como Mario Wonder, Donkey Kong Bananza, Mario Kart World e muito mais, posters, adesivos e chapéus/tiaras eram distribuídos.

Mas os brindes que mais chamaram a atenção eram: a ecobag temática do Nintendo Switch 2, que foi distribuída em horários específicos e havia a necessidade de apresentar um QR Code que está vinculado à conta My Nintendo, e o código para o Pokémon Scarlet/Violet que contém uma versão Shiny do lendário Miraidon (para o Violet) e/ou Koraidon (para o Scarlet). Isso deu dor de cabeça, pois havia a desculpa da organização da grande procura pelos brindes e horários não divulgados em dias específicos. Resultado? Filas gigantescas pela incerteza do horário e um absurdo, já que sem saber o horário ficava difícil de se programar para conseguir pegar os brindes ou seguir para outros estandes.

Infelizmente as grandes filas e até o fechamento delas não foram exclusividade do estande da Nintendo, pois vários outros estavam assim também. Como o de Pokémon Mega Evoluções, que era um dos mais concorridos e que a fila de espera para a “espera” teve que ser cancelada, pois o tempo para quem estava lá já estourava o fim do evento.

Concertos com trilhas de jogos

Na quinta (9 de outubro) e na sexta (10 de outubro) tivemos o concerto de A New World: Final Fantasy, que tocou com o Maestro Eric Roth, um dos diretores musicais do projeto, junto a orquestra Solaris de São Paulo, que também já atuou ao lado de Shota Nakama com a Sonic Symphony.

O concerto marcou a noite com músicas icônicas de diversos jogos de Final Fantasy como: One Winged Angel de FFVII, Besaid de FFX, Valse Di Fantastica de FFXV e até o Main Theme de FFI, e outras músicas dos jogos mais recente da franquia como FFXVI, FFVII Remake e FFVII Rebirth.

 

Fora isso a apresentação ainda contou com a participação especial do diretor de Final Fantasy VII Remake e Rebirth, Naoki Hamaguchi. A vinda para a Brasil Game Show também marca a primeira vez de A New World tocando na América do Sul.

Para o encerramento das noites de sábado (11 de outubro) e domingo (12 de outubro), o show ficou a cargo da PlayStation Concert, que embora tenha sido incrível, foi marcado por alguns problemas polêmicos. Eles tocaram músicas de grandes franquias da PlayStation como: Uncharted, The Last of Us, God of War e várias outras, com direito a efeitos visuais muito legais para complementar a experiência de quem teve a oportunidade de ver o show.

 

Mas infelizmente, antes do público ser agraciado com as belas músicas da orquestra, houve confusão no palco da Arena Monster. O concerto tinha início previsto para às 19h, mas quem chegou mais cedo, por volta das 18h para garantir um lugar, teve a infeliz surpresa de encontrar a área fechada para o público. Além disso, a orquestra começou a ensaiar antes de se apresentar, deixando o público sem saber se estavam ou não performando e sem informações claras da organização. Por tudo isso, logo no início da apresentação, a orquestra e outros foram vaiados pelo público.

Hideo Kojima e alguns problemas

Um marco para essa edição da Brasil Game Show também foi a vinda de Hideo Kojima, simplesmente um dos mais amados criadores de jogos da história! O que também foi marcante para alguns fãs que puderam ver o grande ícone da indústria dos videogames e mais ainda para aqueles que não puderam, devido a confusões e desorganização dessa edição.

Muitos chegaram mais cedo que o horário previsto para o Meet & Greet e tiveram a infeliz surpresa de já estar esgotado. Foram distribuídas pulseiras para quem fosse ao encontro de Kojima em seu Meet, porém, todos imaginavam que assim que a feira fosse aberta e corressem para esperar seu lugar, poderiam ter a chance de conhecer Kojima. No entanto, o que aconteceu foi que antes mesmo da abertura da Brasil Game Show no sábado (11 de outubro), as pulseiras já haviam sido todas entregues aos fãs do lado de fora – e a organização não avisou ao público sobre isso, deixando muita gente na fila à toa até sair o anúncio do esgotamento das pulseiras. Além disso, a organização do evento não estava se comunicando entre si, então houve filas dentro da BGS na expectativa de ver o Kojima e a própria organização do evento em nada alertou o público que gastou horas à toa. O estande da TCL, onde ocorreu o Meet & Greet de Hideo Kojima, simplesmente parou tudo ao redor próximo do horário em que ele iria aparecer.

O sábado, com os ingressos esgotados – muito pelo Meet do Kojima – se tornou um dia pouco proveitoso de forma geral.

Você pode pensar que se a BGS diminuiu de tamanho (pelo espaço onde o evento é realizado em 2025), que há algum tipo de vantagem, como por exemplo: menos estandes/espaço, maior facilidade de circulação, certo? Errado! Se o público em si não diminui também proporcionalmente ao tamanho do evento, de nada adianta. Ingressos esgotados – e um sábado infernal!

Corredores aglomerados, alguns parados, e filas gigantes para comprar qualquer coisa: QUALQUER COISA! Transitar entre as lojinhas era missão quase impossível e se conseguisse, a fila para poder pagar também era outro duro combate.

Eu (Dry Portes) frequento a Brasil Game Show tem uns bons anos e, embora já tenha estado em outras edições, lotadas, não lembro de ver uma com tão poucos estandes, ou ter passado pela situação de encontrar o área do show fechada por qualquer motivo que seja e ter a plateia vaiando a organização por isso.

No último dia da BGS, domingo (12 de outubro), o evento contou com a participação de Hideo Kojima em um painel onde ele respondeu a perguntas de fãs previamente selecionadas. O evento ocorreu tranquilamente e conseguimos pegar lugares mesmo chegando pouco antes do início da apresentação. O público reagiu muito positivamente ao diretor, mesmo com uma intérprete que não conseguia traduzir tão bem suas falas para o português. Outro problema foi com os cosplayers, que acabaram sendo impossibilitados de usar o espaço para guardar os cosplays já que o local no domingo foi reservado para uso de cosplayers que iam participar de um desfile com foco em Death Stranding – que contou com Kojima como jurado. Com isso houveram inúmeras reclamações nas redes sociais de mais um caso de falta de organização na Brasil Game Show.

Tirando a falta de organização e transparência em volta de Hideo Kojima, que foi trazido como a grande “atração” do evento, o que mais afeta a BGS é a falta de títulos maiores. De nada adianta fazer um evento para jogar títulos que já foram lançados há um bom tempo? A Konami levou e-football mesmo com o recente lançamento de Silent Hill f que contou com um estande incrível na Tokyo Game Show. Fora a Capcom que não trouxe nenhum dos seus três grandes títulos, Resident Evil Requiem, Pragmata e Onimusha: Way of the Sword que divulga mundo afora. A BGS é um ótimo espaço para reencontrar amigos, criadores de conteúdos e fãs do universo gamer, mas a falta de games que tornam essa experiência relevante faz com que o evento pareça mais um YouTuber Game Show.

Sei que muitos reclamam das edições da BGS desde sua volta após a pandemia, e embora não ache que seja pra tudo que já tenham reclamado, essa foi a primeira vez que fui no evento (Dry Portes) e senti que ele estava realmente fraco, frustrante, DECEPCIONANTE… E digo isso com pesar, até mesmo pelo lado da imprensa que também se viu afetada pelas mudanças desse ano.

Espero sinceramente que ano que vem, um evento como a Brasil Game Show possa estar melhor de forma geral para todos.

Sonic e a SEGA também estavam na BGS 2025