Hideaki Itsuno, de Dragon’s Dogma 2 e Devil May Cry 5, está saindo da Capcom. E agora?

O diretor de Dragon’s Dogma 2 e Devil May Cry 5, Hideaki Itsuno, está de despedindo da Capcom depois de mais de 30 anos de história. O profissional anunciou a saída por meio de seu perfil na rede social X (ex-Twitter, bloqueado no Brasil por descumprir pedidos judiciais*). Ele, pode-se dizer, é o principal responsável pela continuação dessas duas franquia importantes que, agora, podem ficar órfãs (?).

A saída de Hideaki Itsuno não vai ser imediata. De acordo com a “carta” que o profissional postou, o desligamento dele está previsto para agosto deste ano. Ele agradeceu pelo suporte dos fãs aos “jogos e personagens” que esteve responsável. Itsuno pediu que a comunidade siga apoiando a Capcom. “A partir de setembro vou começar a desenvolver um novo jogo em um novo ambiente [de trabalho]. Espero criar jogos bonitos, divertidos e memoráveis, ou até mesmo mais dos que eu criei até agora”, disse.

Com a saída de Hideaki Itsuno, começa a pairar a dúvida: quem vai assumir o seu legado na Capcom? Ou ainda: quem vai continuar com Dragon’s Dogma e Devil May Cry? Não há resposta certa para estas dúvidas, mas se Resident Evil continuou sem Shinji Mikami (que segue sendo lembrado pela sua relevância e ousadia), porquê essas outras franquias não continuariam sem Itsuno?

É aguardar sem se desesperar. Depois da saída de Mikami da Capcom ganhamos dele The Evil Within, um survival horror que conquistou o carinho dos gamers. Há outras produções que poderiam ser citadas, também do “pai” de RE, mas esta é a que mais se destaca a quem curte Resident Evil, claro. Quanto à Hideaki Itsuno, a saída dele pode vir a ser positiva aos gamers.

Itsuno ainda foi o diretor de Power Stone, do saudoso Dreamcast, que vai estar em uma nova coletânea de luta da Capcom com lançamento para 2025, Capcom Fighting Collection 2. Devil May Cry 3 e Devil May Cry 4 são outros com a sua direção, além do primeiro Dragon’s Dogma – só lembrando dos mais conhecidos.

Já sobre a Dona Capcom, eu não me preocuparia. A companhia vem treinando novos desenvolvedores e envolvendo os mais antigos para dar “crescimento acelerado” na criação de jogos. A política interna da Capcom está entre as melhores no campo corporativo de Recursos Humanos no Japão. Acho que ao menos mais um Devil May Cry teremos em um futuro – o resto se vê depois.

*Alguns membros do REVIL ainda seguem tendo acesso ao X, que ainda não foi totalmente bloqueado pelos provedores brasileiros.

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