O site Deadline afirmou em uma publicação que Zach Cregger, o diretor e roteirista do novo filme live-action de Resident Evil, recebeu US $ 20 milhões (mais de R$ 117 milhões) para “ressuscitar Resident Evil“. O conteúdo foi adicionado como complemento a uma resposta do copresidente da Warner Bros Pictures, Mike De Luca. Quando questionado sobre novas produções de destaque, De Luca revelou o interesse em trazer o cineasta de volta à Warner após Resident Evil, “porque ele é um grande talento emergente”.
O copresidente da Warner também enalteceu Noites Brutais (Barbarian) como uma produção comercial original e que em termos de roteiro e direção, acha que Zach Cregger “vale o seu peso em ouro”. Concordo com a visão de De Luca. Lançamentos do mundo do entretenimento precisam ter originalidade para serem lembradas e perpetuar, isso vale não só para filmes, como também séries de TV, jogos, livros e outros tantos mais. Só que preciso aproveitar a oportunidade para externar o meu incômodo ao pedestal que Hollywood tem dado a Zach Cregger.
Não tenho nada pessoal contra Zach Cregger – longe disso, sequer assisti Noites Brutais – mas desde a primeira vez que o nome dele surgiu para Resident Evil, tenho ficado com a pulga atrás da orelha. É que, na minha humilde visão, há um certo “forçar de barra” com ele. É como se ele fosse um Deus, um empenho que nunca vi em meus anos de REVIL na “era de ouro” de Resident Evil com outro diretor, Paul W.S. Anderson. Lá naquela época, Milla Jovovich era o destaque.
O meu incômodo inicial apareceu quando a imprensa hollywoodiana começou a divulgar que Zach Cregger estava sendo disputado por estúdios para produzir o reboot de Resident Evil, entre eles a própria Warner Bros. É que disputa por ator/atriz é algo mais comum de ouvir, agora diretor? E metendo estúdios no meio de uma jogada que sempre teve a Sony como parceira e uma das principais aliadas da Constantin Film?
Mas tá, passou o surto inicial, a Sony fechou contrato e envolveu a PlayStation Productions, e o novo filme ganhou até uma previsão de lançamento: 18 de setembro de 2026. Zach Cregger voltou a ser enaltecido. “O mundo de Resident Evil vivenciado através da visão de Zach é um feito irresistível”, afirmou Robert Kulzer, o produtor da Constantin Film, ao Deadline. Acho que aí é o único momento em que eu parei e pensei: ok, estão fazendo o que se espera, que é divulgar que estão com o cara certo para o trabalho.
Problema é que, nas redes, vi quem estivesse mais babando nos ovos do Cregger do que pensando em Resident Evil. Isso pode ser um problema, pois é Resident Evil que precisa de destaque, com atrizes/atores capazes de trazer o público aos cinemas. Isso inclui, é claro, o roteirista e diretor e seu trabalho original, mas as coisas não deveriam girar só sobre o nome dele. É muita pressão!
Compartilhei o meu incômodo em um grupo com a Equipe REVIL, e as impressões das pessoas são que: ou estão inflando o ego dele para tirar a responsabilidade caso algo dê errado, ou estão até torcendo para que o outro filme que Zach Cregger produz, Weapons, saia melhor do que Noites Brutais – porque se não, pode dar muito ruim para o lado dele. Concordo com as duas visões. Claramente estão vendendo Cregger com uma força que não sei se ele tem, mas tomara que ele tenha pelo bem de Resident Evil.
Pode dar bom? Pode. Mas pode dar muito ruim. É aguardar pela divulgação de elenco do novo Resident Evil. Tenho ignorado propositalmente as especulações de atores/atrizes por aí, pois as fontes não me passam confiança. Quando algo mudar, certamente o REVIL divulgará.
Fotos via IMDB / The Hollywood Reporter / The Hollywood Reporter
