Agora pouco, a Capcom transmitiu, através do Twitch, uma entrevista com Masachika Kawata, produtor de Resident Evil 7 biohazard, e Koshi Nakanishi, o diretor do game. Kawata é nosso velho conhecido e dispensa apresentações. Nakanishi foi um dos diretores de Resident Evil Revelations e de Resident Evil The Mercenaries 3D.
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Confira os principais pontos da entrevista a seguir.
Falando sobre o título “Resident Evil 7 biohazard”, Kawata comentou que o desejo da Capcom era de unir os nomes da franquia no ocidente e no oriente. No Japão, o jogo se chama “Biohazard 7 Resident Evil”.
Comentando as diferenças entre o que estamos acostumados a ver na série e o que a demo de Resident Evil 7 apresentou, Nakanishi apontou que a demonstração não é parte do jogo, nem mesmo a abertura. É uma apresentação conceitual do que iremos ver futuramente em Resident Evil 7. Inclusive, parte dessa aposta é fazer uma analogia com “um retorno ao lar” de RE, com horror, puzzles e exploração. Nakanishi lembrou que o confronto com inimigos não está na demo, mas será parte do jogo. Ainda, ele acredita que para trazer de volta o mesmo sentimento de medo que o jogador tinha em 1996, eram necessárias mudanças nas mecânicas do jogo. A decisão de mudar a câmera para a visão em primeira pessoa foi em função do horror, fazer o jogador experimentar a sensação da forma mais intensa.
Uma das formas de “voltar ao terror” foi usar o cenário da casa abandonada como única locação. Em Resident Evil 6 as coisas alcançam uma escala global. A Capcom decidiu que para voltar ao terror a escala deveria ser reduzida. No entanto, os dois afirmaram que Resident Evil 7 não se passará apenas dentro de uma casa. Uma boa notícia para alguns: o jogo não terá QTEs.
A Capcom decidiu criar um novo motor gráfico, a RE Engine, para ter mais liberdade no desenvolvimento. Quando o desenvolvedor sabe o que quer fazer, seria mais fácil construir sua própria engine do que tentar adaptar uma de terceiros.
Sobre o personagem controlado na demo, não é uma pessoa conhecida. De acordo com os produtores, é um “ser humano comum”, um civil sem habilidades especiais. Essa é mais uma estratégia para reforçar o horror. A dupla também revelou que as fitas cassetes farão parte do jogo final.
Respondendo as questões sobre Resident Evil 7 ser um reboot da franquia, os dois produtores disseram que não. O jogo é uma sequência direta de Resident Evil 6 e nada será descartado dos jogos antigos. As ligações com o passado vão ser abordadas de forma misteriosa, mas algumas dicas podem ser encontradas na demo.
Discutindo o aniversário da série, os dois fizeram o apanhado da história das diferentes mecânicas da franquia. Os três primeiros jogos trazem um estilo, do 4 ao 6 conhecemos uma abordagem diferente, e agora Resident Evil 7 aposta em mecânicas renovadas. Os dois comentaram ainda sobre as dificuldades de manter uma série viva por muitos anos.
Falando sobre o VR, a dupla da Capcom diz que os jogadores precisam e devem experimentar quando for implementado, para sentirem-se “dentro do jogo”. Os dois ainda comentaram que Kitchen, o tech demo apresentado na E3 do ano passado, foi criado em paralelo quando Resident Evil 7 já estava em produção.
Quanto às preocupações de alguns fãs sobre uma abordagem sobrenatural na demo, Kawata e Nakanishi quiseram deixar claro que não há fantasmas em Resident Evil 7. Eles avisam que “tudo fará sentido depois”.
A dupla finalizou dizendo que mais notícias sobre Resident Evil 7 chegarão nos próximos meses. Vamos ficar de olho!
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