No início dessa semana, o produtor da série Resident Evil, Masachika Kawata, concedeu entrevista à Gameinformer, tocando em vários pontos sensíveis sobre Resident Evil 7, em especial, mudanças que não agradaram à uma parcela dos fãs.
Uma delas sem dúvida é a mudança de perspectiva de câmera para primeira pessoa. Kawata defende a ideia que essa mudança vai maximizar a imersão dos jogadores, fazendo com que criem uma conexão mais pessoal com os eventos do jogo e vivencie o mundo do survivor horror de uma outra perspectiva.
A Gameinformer nota que Resident Evil 7 muda muito do que vimos antes na série, tanto narrativamente quanto visualmente, então por que este jogo não foi considerado reboot? Kawata responde que ao passo que a impressão inicial seja a de um reboot pelas mudanças, a história e narrativa tomaram uma forma que se encaixa na linha de títulos principais:
Ainda é um título da série Resident Evil, que evoca as raízes da série com o horror, exploração, puzzles e combate, ao passo que oferece algo novo. Ao invés de ficarmos na zona de conforto e usar os recursos que estamos acostumados, buscamos criar algo novo que causaria impacto aos jogadores de uma forma diferenciada, com uma experiência mais imersiva e pessoal.
Muito sobre o jogo, fora os teaser e demos, ainda permanece como segredo, causando confusão entre fãs sobre o que esperar do produto final. O produtor defende essa estrategia para que os jogadores tirem o maior proveito possível do jogo em não revelar tudo antes do lançamento, em especial para que o elemento horror seja aproveitado ao máximo. A graça é que o jogador descubra as coisas por si.
Sobre o motivo de favorecerem o horror ao invés da ação iniciada em Resident Evil 4, Kawata revela que o 20º aniversário foi um bom momento para mudar as coisas e evocar as raízes que a tornaram famosa de volta. Que melhor forma de celebrar essa data importante do que retornar – de fato – às raízes do survival horror?
Conforme citado anteriormente, diversos elementos da era clássica retornarão, como exploração, gerenciamento de itens e quebra-cabeças, sendo que o mais impotante é o tema de superar situações de alto risco e o alívio de ter conseguido. O time realmente fortificou a essência do survival horror ao máximo, e o jogador vai ter a sensação de que Resident Evil 7 é merecedor do título ao botar as mãos no controle e jogar.
Muitos fãs também afirmam que o jogo é apenas um clone de Outlast, Amnesia e P.T., porém, Kawata revela que as influências mais fortes foram retiradas dos jogos clássicos – haverá inclusive referências sutis dentro do jogo – mas que o time também buscou inspirações em diversas fontes de horror, como filmes, livros e jogos.
Resident Evil 7 chega aos consoles e PC no dia 24 de janeiro de 2017. O jogo terá suporte a VR, sendo exclusivo para o PSVR durante o ano de 2017. Além disso, também terá suporte para os consoles high-end da geração, o PS4 Pro e o Scorpio. Welcome to the Family son!