Em mais um novo gameplay de Resident Evil 7 que foi divulgado nesta quarta-feira, 30 de novembro, o site IGN teve acesso a cerca de 4 horas de gameplay de jogo, e alguns comentários dos jornalistas se destacam:
- Jack Baker é imparável, e passa a perseguir o jogador já no início do gameplay;
- Jack também é o primeiro “boss” do jogo, em uma dura batalha na garagem do local. Também é comentado que ele domina completamente todo o cenário inicial do jogo;
- Os telefones tem papel importante, e ao atendê-los, uma voz feminina oferece suporte e serve como uma espécie de guia, porém não há como saber de quem é a voz ou se ela é confiável;
- O jogo tem diversos pontos em comum com os primeiros jogos da série, entre os quais se destacam o cenário assustador, escuro e hostil, os puzzles e as diversas portas trancadas;
- Camile Baker (a velha na cadeira de rodas) é uma das coisas mais horripilantes do jogo, pois ela aparece em alguns momentos no jogo e você a escuta cantarolar uma música, porém ao chegar perto a canção para e ela parece simplesmente não se mover, mas quando você vira e olha novamente para o local, ela simplesmente sumiu;
- A exploração de cenários é um elemento chave do jogo para encontrar itens de cura e munições, além de chaves e peças para resolver puzzles;
- Os Bakers são descritos como “pessoas normais que estão sofrendo de algum mal estranho”, algo que remete diretamente a Resident Evil 4, onde os inimigos tem aspecto bastante normal na Vila mas estão dominados pelo parasita Las Plagas;
- Há uma segunda grande batalha contra Jack que ocorre em um local extremamente claustrofóbico, dificultando a movimentação;
- Diversos momentos o jogador não saberá se o que está fazendo é a coisa certa. O jogo apela para o pânico, obrigando o jogador a tomar medidas desesperadas que nem sempre são as corretas;
- Jack persegue Ethan pela mansão principal, enquanto Marguerite é a responsável pela caçada ao protagonista na localidade chamada de “Old House”, uma casa menor adjacente à casa principal;
- Há diversos itens que remetem aos itens clássicos dos primeiros jogos da série, como por exemplo alavancas, chaves, entre outros.
Confira abaixo algumas novas imagens:
Além disso, o IGN também destacou três importantes pontos sobre o jogo:
O que torna RE7 um verdadeiro Resident Evil?
Inicialmente, RE7 é bastante diferente dos demais jogos da franquia. Entretanto, logo o jogador é apresentado a diversas coisas familiares como as ervas de cura, inventário limitado, combinação de itens, armas icônicas, mas isso é apenas uma pequena parte do que torna RE7 um RE de verdade.
Apesar da perspectiva em primeira pessoa e dos personagens novos, diversos elementos e sensações são características e remetem as origens da série. Como o clima aterrorizante da mansão, diversos elementos encontrados nos quartos e salas do local, a exploração que é essencial, e também puzzles, backtraking (idas e vindas ao mesmo local), e assim como nos primeiros jogos, você é obrigado a ir avançando através de novas portas sem saber o que encontrará atrás delas e com a única certeza de que seja lá o que estiver na próxima sala, estará lá para te intimidar e/ou te machucar.
Assim como a mansão Spencer, a casa dos Bakers requer muito mais do que apenas chaves para ir avançando e desvendando os segredos do local. Puzzles, armadilhas esperam o jogador e elevam o desafio, e na opinião dos jornalistas da IGN cravam o DNA de Resident Evil dentro de RE7, e assim como nos jogos clássicos da franquia, a resolução dos enigmas é facilitada com dicas e informações adquiridas durante o jogo, o que torna a exploração de cenários algo essencial.
Assim como acontece com Jill e Chris no primeiro RE, Ethan começa sua jornada sem saber de absolutamente nada, mas anotações, as fitas de VHS e as misteriosas ligações vão dando indícios do que está realmente acontecendo ali e como os eventos que ocorrem na casa dos Bakers estão conectados com a história geral de Resident Evil.
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O que torna RE7 diferente dos outros jogos da franquia?
A primeira diferença básica é que não estaremos no controle de um personagem que está acostumado á aquela situação. Chris, Jill, Leon e os demais são agentes treinados, possuem grande velocidade, força e resistência, diferente de Ethan, um personagem mais vulnerável por não ser um agente treinado. Não bastasse isso, Ethan começa o jogo com seu inventário vazio, a primeira arma que encontra é um canivete e depois de encontrar uma arma de fogo, dificilmente o jogador terá munição suficiente para dar cabo dos inimigos, usá-la para retardá-los é o mais inteligente a ser feito, ao menos no início.
A já controversa câmera em primeira pessoa intensifica toda a sensação de vulnerabilidade de Ethan, além disso, será necessário esconder-se de inimigos em diversos momentos, já que munições serão de fato extremamente escassas. Apesar dessas diferenças, a IGN cita que nas quatro horas de gameplay a qual eles tiveram acesso, essas características do jogo elevam o survival horror a um patamar que nenhum outro jogo da série chegou.
Cada localidade da propriedade dos Bakers é dominada por um membro diferente da família e influenciada por suas personalidades distorcidas. Eles são imortais, porém é possível atrasá-los e atordoá-los. A equipe da IGN descreve uma sensação parecida com a de Alien Isolation, onde enfrentar os Xenomorfos é certeza de morte, e fugir e se esconder é sempre a melhor opção.
Jack Baker é descrito como uma mistura de Jack Torrance (O Iluminado) com Michael Myers (Halloween), resultando em um pai abusivo e violento, que persegue Ethan sem muitas palavras, quebrando paredes e portas e correndo para capturar o protagonista. Já Marguerite é diferente, ela está sempre falando e praguejando enquanto persegue Ethan, e apesar de também quebrar portas, ela não corre.
O jogo é assustador?
De acordo com a IGN, o jogo é definitivamente assustador. A união de diversos dos elementos citados nos parágrafos acima, cria um clima excepcional de pânico e de desconhecido.
Encontrar Jack ou Marguerite em locais com corredores claustrofóbicos, estar sempre em desvantagem em relação ao inimigo. Tudo isso faz com que o jogador se pegue gritando diversas vezes durante o gameplay, enquanto busca desesperadamente por um lugar para se esconder, uma save room ou ainda um meio de ao menos tentar retardar o avanço dos inimigos.
Resident Evil 7 bebe da fonte de diversos clássicos do horror como O Massacre da Serra Elétrica, Halloween, O Iluminado, A Morte do Demônio e incontáveis outros filmes que utilizam a perspectiva da câmera (como A Bruxa de Blair, por exemplo), e essa mistura aliada aos elementos e referências aos jogos clássicos da franquia Resident Evil criam uma conexão dentro do jogo e podem resultar em um dos mais empolgantes jogos de terror dos últimos tempos.
Resident Evil 7 será lançado em 24 de janeiro de 2017. Um novo trailer e uma nova demo estão previstos para o começo de dezembro, possivelmente para este final de semana, durante a PlayStation Experience.