Biohazard (PSOne)
O game original lançado no Japão tinha diversas diferenças em relação à versão americana. A mais perceptível delas são os cortes na abertura do game. A japonesa mostrava Joseph sendo assassinado pelos Cerberus em um vídeo completamente colorido. Quando o jogo foi lançado nos EUA, as imagens mais violentas foram cortadas e toda a abertura estava em preto e branco para amenizar ainda mais o impacto das cenas. No primeiro encontro com um zumbi, a CG mostrava a cabeça parcialmente devorada de Kenneth, imagem censurada no lançamento americano.
Duas cenas com Chris Redfield também foram modificadas quando o primeiro Resident Evil chegou às lojas dos EUA. Na abertura do game, ele apareceria acendendo um cigarro e, em um dos finais, ele estaria fumando. Ambas as seqüências foram censuradas devido a uma política da Sony contra a utilização do fumo em seus games.
A versão japonesa do primeiro game da série também contava com duas músicas que não apareceram no posterior lançamento nos EUA. O tema de abertura Kôri no Manazashi (Icy Gaze, ou “Olhar de Gelo”) e a música de encerramento Yume de Owara senai (I Won’t Let This End as a Dream, ou “Não Deixarei que Isso Acabe Como Sonho”), ambas do cantor japonês Fumitaka Fuchigami, foram deixadas de lado na versão americana, e substituídas pelas já conhecidas “Terror” e “Still Dawn”.
Resident Evil Director’s Cut (PSOne e PSN)
A versão do diretor do game, lançada cerca de um ano e meio depois da original, continha a versão original e um novo modo, chamado Arrange, com diversas modificações. Chris, Jill e Rebecca ganharam novas roupas, e as vestimentas originais dos personagens estão disponíveis no closet, que não precisa de chave para ser aberto. Para dar vida nova ao game, novos ângulos de câmera foram adicionados, e itens e inimigos aparecem em locais diferentes dos originais. A Beretta, agora prateada, é capaz de executar critical hits, explodindo a cabeça dos zumbis com apenas um tiro.
Uma das inovações trazidas pela versão Director’s Cut acabou sendo oficializada no Remake lançado anos depois e em RE: The Umbrella Chronicles: a transformação de Forest em zumbi. Em vez de ser atacado por corvos no terraço da mansão, agora é o próprio membro da equipe Bravo que volta dos mortos para te atacar, mais rápido e poderoso que zumbis normais. A versão Director’s Cut trazia ainda um modo para iniciantes (“training mode”), no qual a quantidade de munição e ink ribbons é duplicada e o game acompanhava uma versão demo de Resident Evil 2, que seria lançado no ano seguinte.
A versão Dual Shock, lançada em 1998, tem a trilha sonora como a grande diferença da primeira versão Director’s Cut. Diversas músicas originais foram retrabalhadas, e “Still Dawn”, música que acompanhava os créditos finais do game, foi substituída por “Tempest”. A nova versão também trazia suporte aos controles analógicos do PlayStation. O lançamento japonês da versão Dual Shock acompanhava o “Biohazard Complete Disc”, que trazia save games de RE1 e RE2, além de vídeos de Resident Evil 1.5, protótipo que nunca chegou ao mercado. Em 2009, sem alterações, esta versão chegou à Playstation Network, e pode ser jogada também no Playstation 3 e PSP.
Em 2014, Mamoru Samuragochi, compositor da trilha sonora da versão Director’s Cut, foi revelado como uma fraude. Samuragochi era considerado um dos maiores artistas musicais do Japão, sendo capaz de compor músicas mesmo sendo surdo. Além da farsa sobre sua audição, Mamoru Samuragochi também usaria uma espécie de autor fantasma para suas canções.
Biohazard/Resident Evil (Sega Saturn)
A versão de Sega Saturn é talvez a que mais novidades apresentou em relação à versão lançada para PsOne. Os gráficos são piores que os da versão original, mas este game compensa com novas roupas e a adição das cenas sem censura, além de um modo de jogo totalmente novo e exclusivo.
O Battle Mode lembra muito o modo nome semelhante de Resident Evil CODE: Veronica. Aqui, o jogador deve passar por uma série de salas acabando com todos os inimigos e, ao final, recebe um ranking de acordo com o tempo que levou para terminar. O que mais chama atenção neste modo, entretanto, é a existência de uma versão zumbificada de Wesker, muito mais forte e rápida que os zumbis comuns do jogo.
Mas o “zumbi Wesker” não é o único monstro novo presente neste lançamento. Ainda no Battle Mode, os jogadores poderão enfrentar uma versão dourada do Tyrant. No game normal, um novo tipo de Hunter, conhecido como “Tick” pode ser enfrentado nas cavernas. Ao final do game, já no laboratório, após acabar com o primeiro Tyrant, um segundo escapa de um dos tubos e ataca o jogador, que se vê obrigado a enfrentar o monstro novamente.
No Japão, a primeira edição do game incluiu o livro “The True Story Behind Biohazard”, que continha uma entrevista com Shinji Mikami, um conto chamado “Biohazard: The Beginning”, escrito por Hiroyuki Aniga, e a transcrição das “Trevor’s Letters” (Cartas de Trevor/Notas de Trevor), um documento não incluído na versão final, que contava mais sobre a construção da mansão.
Biohazard/Resident Evil (PC)
A versão para computadores inclui duas novas armas, destraváveis após o jogador terminar o game em menos de três horas. Sendo assim, a Rocket Launcher é aberta quando o jogador termina o game sem salvar, não importando o tempo que ele leve. Além disso, a versão japonesa deste game permite o ajuste da dificuldade. A versão de PC também inclui a abertura colorida, como acontece na edição japonesa pra PsOne.
Biohazard Director’s Cut (Mobile)
Este game, exclusivo para o mercado sul-coreano, foi lançado em junho de 2005 como jogo embutido no celular Gamephone (modelos SCH-G100 ou SPH-G1000) da Samsung. O game faz uso do sistema de vibração do aparelho, e é um port completo da versão lançada originalmente para o Playstation, incluindo os modos Original e Arrange, todas as roupas e finais alternativos.