Notas de Produção

Adaptando Resident Evil

Resident Evil: Extinction, o terceiro e último filme da trilogia de $100 milhões, é novamente baseado na série de videogames altamente populares. O primeiro filme estabeleceu o mundo da franquia Resident Evil; o segundo, Resident Evil: Apocalypse, mostrou Alice (Milla Jovovich), L.J. (Mike Epps) e um oficial renegado da Umbrella chamado Carlos Olivera (Oded Fehr) escapando de Raccoon City e da trama da Umbrella para extingui-la. Resident Evil: Extinction os encontra no deserto de Las Vegas, seguindo de um lugar a outro em um comboio armado, fugindo e lutando contra as hordas de mortos-vivos que vagam pelos vastos lugares vazios que não podem mais serem chamados de civilização.

“Acho que a força dos filmes de Resident Evil vem do fato de que não são apenas filmes de zumbis,” conta o escritor]produtor Paul W. S. Anderson, a força criativa por trás da trilogia Resident Evil. “Há criaturas nestes filmes, mais do que apenas os mortos-vivos. Há também muitos conceitos de ficção científica envolvidos, portanto, são maiores do que um simples filme de zumbis.”

Bernd Eichinger, Robert Kulzer e Martin Moszkowicz, da Constantin, que primeiro visualizaram a franquia cinematográfica de Resident Evil, se unem mais uma vez a Samuel e Victor Hadida, da Davis Films, e Jeremy Bolt e Paul W. S. Anderson, da Impact Pictures. “Paul construiu algo fora do comum nos filmes do gênero,” afirma o produtor Robert Kulzer. “Parece um épico, com um arco de histórias que passa por diversos filmes, combina-se e separa-se novamente. Todos estes personagens tomaram vida própria. Ele é tão conectado com a franquia, os personagens e o mundo do jogo. Acho que este mundo realmente inspira sua imaginação.”

Tomando a cadeira de diretor desta vez está Russell Mulcahy, que começou sua carreira como diretor de clipes musicais antes de dirigir filmes seminais como Highlander e sua sequência, além de O Sombra e Sem Limite Para Vingar. “Para minha geração de cineastas, Highlander é muito grande,” diz Anderson. “Russell foi pioneiro em um estilo visual muito distinto, com muita movimentação de câmera e trabalho com guindastes, muita edição rápida. Ele tem um ótimo olhar e enxerga ótimas formas de filmar. O trabalho dele, com certeza, teve grande influência em mim como cineasta e é por isso que estou animado por trabalhar com ele neste filme.”

“Quando tivemos nosso primeiro encontro com Russell, ele literalmente veio com um livro,” lembra Kulzer. “Ele havia feito storyboards do filme inteiro, e nos mostrou – tomada por tomada, cena por cena. Nos surpreendemos com isto.”

“Filmes de horror sempre foram uma de minhas grandes paixões, então é ótimo colocar minhas mãos em um roteiro tão fantástico,” diz Mulcahy. “Visualmente, Resident Evil: Extinction é diferente dos dois filmes anteriores. O primeiro era bem claustrofóbico; o seguinte era externo, em ruas úmidas e escuras, e agora, levamos tudo ao deserto. Há um gostinho de ‘velho oeste’, mas é futurista, louco e assustador.”

“Buscamos muita inspiração em filmes de outros gêneros com os quais cresci, os filmes pós-apocalípticos com, claro, Mad Max e Mad Max 2: A Caçada Continua como os melhores.” Acrescenta Anderson. “Há todo um público que não sabe o quanto pode ser legal ter caminhões armados rodando em paisagens de deserto.” Enquanto os dois primeiros filmes se desenrolaram em espaços apertados e contidos, as grandes cenas de ação do terceiro se passam em paisagens pós-apocalípticas em plena luz do dia. “O que dá medo não é necessariamente o que ronda à noite, mas o que te espera a luz do dia,” conta Mulcahy. “De algumas maneiras, é ainda mais assustador. Temos nossas cenas escuras e aterrorizantes, mas temos um contraste visual sensacional com a areia e as paisagens de deserto, como Las Vegas coberta de areia. E então você desde sob a terra à Umbrella Corporation, onde tudo é azul, frio e de aço. É aliviante, e um visual surpreendente, muito visceral, sem retirar elemento algum do jogo, o que é muito importante. Fomos muito pontuais em manter o verdadeiro espírito do game.”

Como nos filmes anteriores de Resident Evil, Extinction se relaciona com os problemas contemporâneos. “Este filme é sobre a falta de petróleo, de mantimentos, e como o deserto tomou conta da civilização,” conta Kulzer. “Apesar de ser um filme de ficção científica, há nuances que refletem o mundo que conhecemos, aquele em que vivemos hoje.”

Resident Evil: Extinction é uma história original, mas que se desenrola em um mundo que os fãs do game reconhecerão. “Tudo é parte da tentativa de entregar uma experiência cinematográfica que satisfaça os fãs do jogo mas que também proporcione diversão para uma audiência maior que nunca jogou um Resident Evil,” conta Anderson. No coração do horror de Resident Evil estão os zumbis, sempre presentes, transformados pela mutação do T-Virus. Enquanto o conceito dos mortos-vivos continua o mesmo, as apostas mais uma vez foram aumentadas. “O game progrediu e expandiu, então pensamos que também deveríamos mudar,” explica Anderson. “Então, introduzimos os Super Mortos-Vivos, que são resultado de uma experiência da Umbrella para reaver aos mortos seu poder de raciocínio, alguma inteligência e de humanidade. Infelizmente, estes experimentos não funcionaram e o efeito colateral são os Super Mortos-Vivos, que são mais rápidos, fortes e letais… uma ameaça aterrorizante.”

Mas os canibais irracionais não são os únicos predadores que os personagens terão que enfrentar. “Também incluímos o Tyrant, que é o grande favorito de muitos fãs do game,” afirma Anderson. “Com certeza é uma das minhas criaturas favoritas. E trouxemos de volta alguns velhos favoritos, como os cães. Estamos usando os corvos da maneira adequada pela primeira vez – há uma sensacional sequência com estes pássaros mutantes.”
Enquanto mantém o espírito do jogo, Anderson injetou novos conceitos na história. “Simplesmente copiar os games não seria uma boa experiência cinematográfica porque você saberia exatamente o que vai acontecer e quais personagens vivem e morrem,” completa Anderson. “Este é um dos grandes desafios: manter-se fiel aos filmes quebrando um pouco as regras.”

Humanos vs. Mortos-Vivos: Sobre a História

Resident Evil: Extinction acontece três anos após o final do segundo filme. “Se passa no deserto, então temos poucas construções, poucas pessoas,” comenta o produtor Jeremy Bolt. “É uma atmosfera de isolamento e desolação. O mais impactante destas paisagens é que não há nada lá três anos após o apocalipse, além de nosso grupo de sobreviventes e a maléfica Umbrella Corporation.”
“O terceiro filme ocorre após o fim do mundo,” diz Anderson. “O mundo foi devastado pelo T-Virus e apenas algumas poucas pessoas restaram. É uma espécie de família do futuro – um grupo de sobreviventes que fazem parte de um comboio armado que se movimenta constantemente, tentando se manter fora de problemas e a frente dos mortos-vivos.”

Alguns dos sobreviventes formaram um grupo de cerca de trinta pessoas, incluindo adultos e crianças, transportados em um comboio de veículos “que inclui um ônibus escolar, uma ambulância, uma van de um canal de notícias e um caminhão-tanque,” descreve Mulcahy. “Eles vão de uma cidade destruída a outra para encontrar comida e água, apenas para continuar sobrevivendo. Mas eles estão ficando desesperados.”

A aclamada Milla Jovovich, uma das principais atrizes de ação do cinema, mais uma vez repete o papel de Alice, um experimento da Umbrella Corporation cujo DNA se fundiu ao T-Virus, dando a ela independência e poder sem precedentes. Desde a fuga da Colméia e de Raccoon City, Alice responde aos seus instintos e protege os últimos vestígios de humanidade. “Eles estão desesperados, e Alice ouve as transmissões de rádio das pessoas em apuros, mas mantém distância. Ela acredita que sempre que está perto de gente, elas morrem. Então, ela se mantém afastada.”

“Alice com certeza mudou desde o último filme,” explica Jovovich. “Ela é solitária agora. Ela não sabe como funcionam os novos poderes e coisas estranhas continuam a acontecer com ela. Se ela adormece e tem um pesadelo, as coisas começam a explodir. É muito louco.”

Com medo que suas mutações e ligação genética à Umbrella seja uma ameaça aos sobreviventes que ela quer proteger, Alice os segue pelo deserto, sem ser vista.
“É uma posição muito solitária,” diz Jovovich. “Ela não tem ninguém em quem confiar; ela está por si só. Ela está um pouco triste, mas ao mesmo tempo, tem uma missão e a prioridade dela é certificar que estas pessoas estão seguras, e tentar derrubar a Umbrella ao mesmo tempo.”

“A Umbrella a está usando e ela sabe disso,” acrescenta Anderson. “Ela sabe que a empresa a está rastreando e possivelmente pode ver por seus olhos, e a usar como espiã. Então, ela se isolou e se manteve afastada dos outros. Ela também sabe que está infectada com o T-Virus e que isso está causando mutações. Ela está desenvolvendo novos poderes, que já vimos no final do segundo filme, mas eles se tornaram muito maiores agora e estão fora do controle dela, então ela está assustada com o que pode fazer. Ela se mantém longe dos outros pois está com medo de causar-lhes mal.”

A evolução de Jovovich na pele da personagem Alice foi o coração de todos os filmes. “Fazemos Milla passar por poucas e boas nestes filmes,” diz Anderson, “e ela sempre mantém o bom humor e faz seu trabalho. Uma das coisas que faz com que as cenas de ação de Resident Evil sejam boas é a vontade dela; você a vê em seu rosto, ela acredita em tudo. Isso é muito importante em um filme desse tipo pois você só acredita no horror e na ação se o ator também o fizer. Se ela está amedrontada, o público também. E é isso que Milla dá a estes filmes – ela se compromete cento e dez por cento.”

O comboio é uma família, liderada por Claire Redfield, uma personagem do jogo. “Ela é a general, liderando o bando,” diz Mulcahy. No centro dos filmes de Resident Evil estão as heroínas de ação, e Claire não é exceção. Para incorporar uma figura que deve ter força e compaixão para guiar um grupo de sobreviventes, os produtores escolheram Ali Larter, figura central na série de blockbusters Premonição e um dos super-heróis do seriado de sucesso Heroes. “Ela é uma atriz muito comprometida,” afirma Anderson. “Sua performance é ótima e ela sabe como lidar com uma arma. Adorei trabalhar com ela.”

“Claire Redfield é a líder do comboio atravessado o deserto de Nevada,” descreve Larter. “Eles viajam em vários caminhões – uma ambulância, um Hummer, um caminhão-tanque, um ônibus no qual as pessoas dormem. As pessoas estão aguentando. Não se pode parar por muito tempo. As únicas coisas que importam são as básicas para sobrevivência> comida, gasolina, água, armas. Então, eles estão em movimento constante, tentando sobreviver.”
Além de ser a líder, Claire assume diferentes papéis para os sobreviventes em seu comboio, pois todos perderam suas famílias, amigos e as vidas que conheceram. “Ela é a mãe de um, uma melhor amiga, colega, qualquer coisa que as pessoas precisarem,” explica Larter. “Estamos no fim do mundo e ela está tentando ser a força motora destas pessoas.”

Quando Alice é levada a se unir ao comboio de Claire, ela entra em um mundo em que Claire é a líder e Alice uma mera espectadora. “No início, as pessoas estão apreensivas,” diz Anderson. “Há cenas em que as pessoas olham Alice, enquanto ela anda pelo acampamento, e pensam se ela não é um demônio. Uma das falas do roteiro diz, ‘As crianças falam de você como se fosse o Dracula ou algo do tipo.’ Todos têm um pé atrás no início.”
Do segundo filme, retorna Carlos Olivera, interpretado por Oded Fehr. “Carlos fazia parte de um organograma,” explica Kulzer. “Ele era da Umbrella Corporation, mas em certo momento, ele percebeu que a empresa não era o lugar bom que ele pensava ser. Acho que ele duvidou da moralidade dela quando percebeu que a Umbrella foi a responsável pelo fim da civilização.”

“Carlos trabalhava para a Umbrella como mercenário,” conta Fehr. “No último filme, ele percebeu no que estava envolvido e se uniu aos mocinhos. Então, ele é um soldado e meio solitário, e está apaixonado por Alice.”

Apesar de, quando o filme inicia, Alice e Carlos estarem separados, a união dos dois trás à tona sentimentos ocultos. “Eles têm muito respeito um pelo outro, e atração,” afirma Jovovich. “Então, quando se reencontram neste filme, é um grande alívio para Alice. Ela é tão forte e independente, mas ele é o único que entende o que ela passou. Ele não se assusta ou é intimidado por ela. Ela não tem ninguém como Carlos na vida dela, e há uma grande conexão entre os dois. Foi divertido brincar com os limites entre estes dois personagens.”

“Os filmes de Resident Evil, principalmente os dois primeiros, são muito femininos,” comenta Anderson. “No segundo, Oded causava uma boa impressão quando estava na tela. O terceiro o traz ao primeiro plano, então acho que, pela primeira vez, há um protagonista masculino forte em um filme de Resident Evil. E Oded traz força e sabedoria ao papel.”

l.J., interpretado por Mike Epps, também retorna, com a natureza de jogar luz mesmo nas situações mais difíceis. “L.J. começou como um personagem divertido que sabe se virar,” descreve o produtor Kulzer. “Agora, nós o vemos novamente como parte integrante desta máquina de sobrevivência. As pessoas confiam nele. Ele ainda é um cara engraçado, mas claramente atingiu um nível em que é um membro muito mais responsável do time.” Para Epps, a oportunidade de trazer mais realismo e humanidade ao seu personagem foi uma satisfação. “Este filme é muito mais que o típico filme de horror,” conta. “Os personagens estão mais próximos. Há mais emoção, e você se conecta a eles.”

Por conhecer Epps, Anderson pode imaginar um arco no terceiro filme que fizesse uso das habilidades cômicas naturais do ator. “Mike Epps é muito engraçado,” descreve Anderson. “Ele improvisa muito no set. Dois takes nunca são iguais com ele. Após trabalhar com ele no segundo filme, tive a chance de escrever o personagem com a vez dele em mente, em vez de tê-lo escolhido posteriormente para o papel, como fiz no primeiro filme. Então, acho que ele vai brilhar neste filme.”

Anderson também escreveu um personagem especialmente para um ator com quem havia trabalhado em seu primeiro filme americano, Mortal Kombat. Linden Ashby interpreta Chase. “Linden Ashby era protagonista em Mortal Kombat e eu queria trabalhar novamente com ele desde então,” diz Anderson. “Ele é um caubói – vive em uma fazenda e possui cavalos, então quando estava escrevendo este filme, o trouxe como oposto de L.J., pois Mike Epps é urbano, e colocá-lo ao lado de Linden foi perfeito. O personagem Chase foi uma verdadeira revelação no filme. Foi muito divertido trabalhar com Johnny Cage novamente.”

O comboio também tem duas jovens – Enfermeira Betty, interpretada pela atriz e cantora Ashanti, e uma garota durona de 14 anos chamada K-Mart, interpretada pela atriz-revelação Spencer Locke. Ashanti, fã de filmes do gênero, vibrou com a chance de participar deste filme. “Resident Evil fala de sobrevivência,” diz ela. “Nosso grupo está parado em Las Vegas, onde o mais forte sobrevive. A comida está acabando, e pegamos várias crianças pelo caminho. A Enfermeira Betty está aqui para auxiliar os feridos, especialmente se forem mordidos por um dos mortos-vivos. Ela é durona, com certeza, e anda por aí com suas balas e pacote de band-aids. Ela está sempre na ativa.” K-Mart, afirma Locke, contribui com uma sensação de esperança às pessoas do comboio. “Ela faz braceletes de fio, que são seus amuletos,” com a atriz de 14 anos de idade. “Eu pude escolher os braceletes que ela faz, o que é bem legal.”

Enquanto os sobreviventes lutam para viver na superfície, precisam estar sempre se deslocando, buscando combustível e suprimentos enquanto enfrentam desde os mortos-vivos até um bando de corvos infectados que mutaram ao comer os zumbis. “Passamos por terras estéreis e estranhas emissoras de TV, onde encontramos pessoas que não são zumbis; mas são loucas e assustadoras,” descreve Mulcahy. “E temos um ataque muito potente de corvos que é como Hitchcock multiplicado por dez.”

Sob a superfície desértica, há um mundo completamente diferente. “Os únicos lugares que ainda estão funcionando são os laboratórios subterrâneos da Umbrella,” conta Jovovich. “Você está no exterior, em uma decrépita estação meteorológica, lacrada e com dez mil mortos-vivos tentando entrar,” descreve Mulcahy. “E você desce à Umbrella Corporation, onde os cientistas vivem, tudo de metal e azul. Então, há um grande contraste visual entre estes dois mundos que existem paralelamente.”

Controlando a estação de Nevada, sob a autoridade do presidente da Umbrella, está Dr. Isaacs, um personagem que retorna interpretado por Iain Glen. Ele é obcecado com a recriação de Alice, a partir de uma série de clones produzidos em tubos de vidro no interior do complexo. “Ele é o responsável pela tentativa de recuperar a situação, após o T-Virus ter destruído a população humana,” diz Glen. “E ele acha que consegue encontrar a chave para isso no sangue de Alice, para formar um antídoto. Dr. Isaacs é um homem muito arrogante, e quando é invalidado pelos poderes acima dele, ele não gosta e decide seguir sozinho para encontrar Alice, que todos acreditam estar morta.” Então, apesar de Alice ter de lidar com os mortos-vivos na superfície, seu maior inimigo está nos laboratórios subterrâneos. “Ela está lidando com uma inteligência apurada e ele possui certo poder sobre ela,” com ta Glen. “Ele a conhece bem – de certa forma, ele a criou – então é um tipo diferente de inimigo.”

Desviando do olho atento dos satélites da Umbrella, Alice oferece sua ajuda ao comboio após encontrar um diário que indica um possível porto seguro ao norte deles, no Alaska. Com a maioria dos postos de gasolina do deserto secos, eles percebem que a melhor chance se localiza nos restos de Las Vegas, coberta de areia.

Mas, quando Dr. Isaacs vê Alice em meio ao comboio, eles se encontram indefesos sob a atenção da Umbrella, e devem lutar contra uma nova raça de super-zumbis para sobreviver. “Tentamos brincar com as convenções do gênero, montar uma cena com a qual todos estão familiarizados e puxar um pouco o tapete,” explica Anderson. “Acho que assim podemos pegar as pessoas de surpresa com cenas de ação satisfatórias e empolgantes. As pessoas ficarão chocadas com o desenvolvimento desta história, e com o que acontece com os personagens que elas conheceram nestes filmes. Queríamos manter as coisas no campo do inesperado, e acho que este filme consegue virar algumas convenções do gênero de ponta-cabeça.

Terror à Luz do Dia: Sobre a Produção

     Para realizar a vasta visão de Resident Evil: Extinction, a produção se aventurou ao sul da fronteira, até Mexicali, no México, onde as grandes faixas de deserto despovoado proporcionaram o ambiente ideal para o terror à luz do dia do filme. “Queríamos seguir para o deserto, com estas paisagens impressionantes e criar uma Las Vegas enterrada sob a areia,” descreve Anderson. O aclamado designer de produção Eugenio Caballero, que ganhou um Oscar por seu trabalho em O Labirinto do Fauno, foi o responsável pela criação de diversos ambientes com sol, areia e clima árido, que contrastassem com os lustrosos interiores dos laboratórios siubterrâneos da Umbrella. “Para mim, um filme de zumbis durante o dia é algo muito novo,” afirma Caballero. “É uma grande oportunidade para o design pois você pode brincar com texturas e cores que normalmente não são vistas neste tipo de filme.”

Ao trabalhar em Mexicali, onde as temperaturas ultrapassavam 54 graus Celsius, Caballero supervisionou uma equipe que deveria tomar cuidados não somente com os efeitos do vento e do calor extremo em si próprios, mas também nos sets. A equipe de construção era obrigada a carregar kits de emergência contra desidratação e efeitos do calor, e trabalhavam no início da manhã ou final da tarde para evitar as horas mais quentes do dia. “Em Mexicali, tínhamos ótimas locações, e queríamos incorporar os elementos destas paisagens em nossos designs,” ele comenta. “Mas aqui, o sol e as temperaturas são impressionantes. Também enfrentamos o desafio de manter os cenários no lugar devido ao vento, então fizemos grandes estruturas de sustentação para isso.”

Um dos sets de produção mais empolgantes foi a Las Vegas pós-apocalíptica, tomada pelas areias do deserto, montada em Algodonez. “Temos uma grande Estátua da Liberdade e cassinos abandonados saindo do meio do deserto,” descreve Anderson. “Eugenio fez um trabalho incrível nos sets.”

“Construímos parte da Ponte de Rialto, uma bela peça arquitetônica,” diz Caballero. “Além disso, parte da Torre Eiffel e alguns exteriores de cassinos, tudo isso são imagens que você verá na avenida que sobrou na areia.”

“Ver Las Vegas destruída e enterrada em areia é muito épico,” comenta Milla Jovovich. “É muito maior que a vida. A equipe trabalhou muito para tornar isso real, foi inspirador.” A locação foi melhorada com efeitos visuais. “Para qualquer lugar que olhe, você quer ver um cassino,” comenta o Evan Jacobs, supervisor de efeitos visuais. “Você está no meio de um cânion de edifícios. Então, além das estruturas construídas ali, utilizamos a ‘tela azul’ natural do céu do deserto, que é sempre azul. Então, pudemos colocar cassinos no topo das dunas.”
Uma miniatura da Las Vegas pós-apocalíptica, com 80 x 40, foi criada nos Estúdios New Deal, em Los Angeles. “Então utilizamos um recuo no set e o utilizamos como fundo em outras cenas,” adiciona Jacobs.

Outra sequência envolveu um motel no meio do deserto, com uma bomba de gasolina na frente. “Construímos tudo de forma a dar a impressão de que as enormes dunas estavam se movendo lentamente e cobrindo nossos sets,” conta Caballero.
O terceiro set importante era a estação meteorológica, com muitos mortos-vivos tentando invadir pela grade reforçada. Caballero concentrou seus esforços em um leito seco de rio chamado La Pintata. “É uma linda montanha escura, com uma linha de areia na base,” descreve Caballero. “É muito mágico, quase uma paisagem lunar. Foi como estar em Marte.”

Para criar o interior da base subterrânea da Umbrella, a produção encontrou o local ideal nos Estúdios Churubusco, na Cidade do México. A instalação desenhada por Caballero é maior e mais complexa que A Colméia vista no primeiro filme de Resident Evil. São alguns dos maiores cenários que já vi em todo o mundo,” afirma Russell Mulcahy, “então estou muito satisfeito em filmar aqui, pois isso nos permitiu a construção destes sets grandes e elaborados.”

No design dos laboratórios, Caballero usou os dois primeiros filmes como referência, mas trabalhou com os produtores em uma integração harmoniosa, que representasse a progressão da corporação no subsolo. “Fizemos paredes de concreto, para lembrar um bunker,” descreve ele. “Ali, eles estão se protegendo do que acontece na superfície. Também trabalhamos muito com superfícies brilhantes, com vidro, alumínio e luz incorporados na arquitetura. A idéia era mostrar um interior de alta tecnologia, mas sem alma.”

Devido às suas origens, Caballero trabalhou com os cineastas para integrar “easter eggs” no design dos laboratórios, para os fãs do jogo e dos filmes anteriores. “Por exemplo, em vez de termos jarros cheios de fluídos, colocamos algo como as ervas verdes e vermelhas na composição do laboratório,” comenta Caballero.

Um aspecto divertido do design de produção foi a criação dos veículos, que precisavam funcionar juntos como uma fortaleza móvel para o grupo de sobreviventes. “Nos divertimos muitos construindo os carros,” lembra Caballero. “Uma coisa é desenhá-los, mas quando os estávamos construindo, nos divertidos muito.” A primeira consideração seriam as necessidades do comboio – água, proteção contra o tempo, defesas conta os mortos-vivos, etc. “Entre a extrema decadência do exterior e os materiais de alta tecnologia do interior, quisemos dar a idéia que estes veículos pertencem ao primeiro, mas foram construídos com diferentes aspectos dele,” conta.

De acordo com o roteiro, Caballero criou designs que foram entregues ao coordenador de transporte. “Ele fez um ótimo trabalho ao obter carros similares aos que eu havia desenhado,” afirma o designer de produção. “Então, em pouco tempo, tinha um ótimo time trabalhando duro na customização destes veículos. Era como estar em um grande depósito com muitos brinquedos.”

Com o início da produção, elenco e equipe puderam sentir as condições extremas vivenciadas pelo time de construção em Mexicali. “Você está levando algumas pessoas em uma aventura, para atingir um determinado objetivo, e, por isso, quanto pior o ambiente, maiores as aventuras,” conta o produtor Bolt. “Então, é mais interessante. Temos um grande respeito pela equipe mexicana, que sempre filma neste ambiente. Temos uma equipe internacional neste filme, e devido às más condições do ambiente de filmagem, todos se tornaram muito próximos e ligados uns aos outros.”

Todos da equipe participaram dos churrascos à beira da piscina e se tornaram próximos devido às condições difíceis. “No filme, você tem pessoas que tem uma conexão umas com as outras pois se ajudam e se amam,” comenta Jovovich. “Todos na equipe experimentamos esta ligação de certa forma. Foi uma filmagem difícil, mas todos acreditávamos muito naquilo que estávamos fazendo. Acho que nossa experiência fora do set transpareceu em nossas performances.” “É um dos lugares mais quentes do mundo,” diz Ali Larter. “E todos deram cento e dez por cento. Acho que isso me ajudou como atriz pois eu não precisei fingir. Eu estava sentindo tudo aquilo.”

“Durante a pré-produção, fiquei muito atento em como a química funcionava longe das câmeras, mas todos trabalharam como uma equipe, se uniram e mandaram ver,” conta Mulcahy. “Eles foram ótimos. Tive equipe e elenco fantásticos, que trabalharam até não poderem mais. Assim que chegamos, em quinze minutos já estávamos filmando e foi sensacional.”

Em um filme com ação pesada e sem parar, com uma estética naturalista, o desafio para o coordenador de acrobacias Rick Forsayeth foi imaginar movimentos que fossem críveis no mundo sci-fi do filme mas que também refletissem uma realidade atingível. “Há muito trabalho com fios,” conta Mulcahy. “Há lutas e balas atravessando cabeças, que são decepadas. Rick foi ótimo. Além de dublê, ele é ator, e o usamos em três personagens diferentes do filme.” Forsayeth, ao lado de David Harcourt, imaginaram sequencias que utilizassem fios – para refletir as capacidades sobrehumanas de Alice e dos Super Zumbis que ela combateria. Trabalhar com uma atriz como Jovovich, já com tanta experiência em acrobacias, foi um prazer. “Foi impressionante quão rápido ela se adaptou a cada coisa,” comenta Forsayeth, “além de dar suas próprias idéias, que também tínhamos que implementar. Isso tudo torna a experiência mais tranquila, pois o melhor é usar o ator o máximo possível.” “Rick foi ótimo de se trabalhar com,” comenta Jovovich. “Ele me deu a oportunidade de fazer um ótimo trabalho com cabos e acrobacias muito legais e críveis. Há um realismo em tudo; você consegue imaginar que realmente está acontecendo. São lutas muito viomentas.”

“Rick me disse, Sabe? Milla deixa de ser atriz e se torna dublê sempre que quiser,’” adiciona Anderson. “Ele adora executas cenas de ação com ela pois, para ele, é como trabalhar com um dublê, e isso é de grande ajuda nas cenas. As torna muito convincentes pois, obviamente, caso você tenha que usar muitos dublês, fica preso a closes muito próximos do ator, tomadas abertas do dublê e dá pra ver a diferença. Mesmo quando não é importante, quando poderíamos usar um dublê, normalmente é a Milla por ela insiste em fazer.”

Neste filme, Alice usa um par de lâminas altamente afiadas chamadas Kukris, que requereram uma rotina de treinamento separada para aprender a usá-las. Kukris são as facas nacionais do Nepal, uma lâmina antiga e superior que pode ser usada tanto como arma de combate como ferramenta. “Estas são armas reais que foram usadas pelos Gurkhas nepaleses contra os britânicos na virada do século,” entusiasma-se Jovovich, “mas eles usavam somente uma, e eu uso duas, o que é muito legal pois são grandes armas e de aparência ameaçadora. Fiz treinamentos com armas no passado, então não foi difícil para mim assimilar estas facas.”

Em diversas sequências do filme, principalmente no ataque à Estação de Meteorologia, muitos extras foram necessários para fazerem zumbis surgindo de todas as direções pela areia. “Os sobreviventes estão vivendo no limiar da sobrevivência,” diz Anderson. “É uma vida muito difícil para eles. E acho que filmar em condições muito difíceis ajudou nisso. Foi difícil fazer esse filme mas a vida destes sobreviventes é dura, e eu acho que tal realismo encontrou seu caminho até a tela.”

Um dos elementos mais desafiadores para o designer de maquiagem Patrick Tatopoulos – o aclamado veterano de produções de grande escala como Eu, Robô, Independence Day e Eclipse Mortal – foi criar as próteses para os zumbis do deserto, criaturas ressecadas subsistindo com muito pouco no ambiente imperdoável do deserto. Multiplique isso por 300 extras e a imagem de uma equipe de maquiagem altamente treinada e produtiva surge. Para manter a continuidade, Tatopoulos e sua equipe tinham um álbum cheio de fotos Polaroid das criaturas, para que os cineastas pudessem se basear constantemente. “Bruce [Spaulding Fuller] e Richard [Redlefsen], meus dois maquiadores-chave no set tinham que lidar, as vezes, com centenas de zumbis do deserto, e usamos todas as técnicas tradicionais,” comenta Tatopoulos. “Você cria talvez meia dúzia de rostos, peitos e partes do corpo diferentes, e elas permitem uma gama de elementos com os quais você pode brincar. Isso permite ao diretor criar maneiras criativas de mostrar os zumbis a qualquer momento.”

Trabalhando com Mulcahy e Anderson, Tatopoulos tentou criar criaturas que mantivessem a visão geral dos primeiros dois filmes mas que fossem diferentes de maneiras estranhas e interessantes. “Há dois tipos de zumbis neste filme,” ele explica. Os zumbis do deserto e os Super Zumbis. Os do deserto estão desidratados, mais parecidos com múmias. E os Super Zumbis são extremamente poderosos e muito rápidos. Eles são a nova geração dos mortos-vivos, se quiser chamá-los assim, e são criaturas mais definidas. Então, foi divertido criar estas duas classes de zumbis.”

Para dar vida aos zumbis do deserto, Tatopoulos trabalhou com uma equipe de dublês, dançarinos e atores para obter o estilo de movimento e visual específicos necessários. “Você precisa criar uma imagem de alguém realmente macilento,” explica Tatopoulos. “Então, você começaria com um ator o mais magro possível, enfatiza a estrutura óssea e cria uma sensação de que a pele foi pressionada contra o corpo. Além disso, você pode obviamente usar efeitos de CG para aumentar isso ainda mais.”

Algumas sequências envolveram apenas alguns zumbis, mas para a grande cena da Estação Meteorológica, envolvendo 300 extras vestidos, filmada sob extremo calor, Tatopoulos e seu time tiveram seu trabalho dificultado. “As pessoas suam, e após algumas horas de filmagem, o suor desgruda a cola das aplicações,” ele nota. “Então, precisamos retocá-las constantemente, para termos certeza de que o diretor teria o que ele queria.” Para ampliar esta sequência em termos numéricos, o supervisor de efeitos especiais Jacobs trabalhou com Tatopoulos e Mulcahy para mapear o realce digital que estas sequências de mortos-vivos em massa requeriam. “Temos milhares e milhares de zumbis de CG ao redor daquele complexo,” diz Jacobs. Então, além dos 300 zumbis reais, isso seria muito mais impressionante.”

A mesma técnica se aplicou às sequências envolvendo os assassinos corvos infectados. No set, a produção tinha quatro corvos treinados vivos, e Tatopoulos criou diversos artificiais usando pássaros de taxidermia que eram mecanizados ou adaptados com roldanas que seu time de titereiros podiam manipular enquanto eles interagiam com os atores. “O que você vê em close foi feito realmente,” ele diz. “Mas ao fundo você tem essa impressionante imagem de milhares de pássaros voando, então nossos pássaros mecânicos se tornaram excelentes referências luminosas e de movimento para os animais de CG que foram acrescentados depois.”

Mais uma vez usando a tela azul natural do céu do deserto, Jacobs e sua equipe na casa canadense de efeitos Mr. X puderam escurecer os céus com pássaros em tomadas reais. “Filmamos diversos corvos em locação, no céu, então conseguimos o máximo de elementos possíveis dessa forma,” Jacobs explica. “E então fomos aos nossos corvos gerados por computador para criar estes grandes bandos enchendo o céu. E usamos simulações de inteligência artificial para dar a eles individualidade em suas ações.”

Um dos inimigos mais memoráveis e ameaçadores da franquia Resident Evil são os cães zumbis, que estiveram presentes em todos os capítulos da trilogia. Para Extinção, os cineastas substituíram os dobermans dos filmes passados pelos altamente treinados pastores belga. “Eles são de uma nova raça desta vez,” comenta Jacobs. “Pastores belgas são cães bons e agressivos que são altamente treináveis. Eles sentam como se fossem os filhotes mais bonzinhos que você já conheceu. Estale seus dedos e eles ficam muito bravos.” Tatopoulos criou próteses especiais que daria aos cães o visual de morto-vivo sem afetar seu equilíbrio e conforto naturais. “As roupas eram peças para as pernas e o peito,” ele descreve. “E fizemos com que os cães as vestissem um mês antes da filmagem para que se acostumassem. A maior parte da massa corporal foi criada como uma peça esculpida colada à roupa que os cachorros vestiam. Também trabalhamos em maquiagem extra para o rosto, mas nada que alterasse os movimentos deles. Você vai ser muitas costelas e osso quando eles correrem.”

Mas talvez o maior desafio dos efeitos foi a criatura chamada Tyrant – o inimigo final de Alice (ou chefe, na linguagem dos games) – que se transforma continuamente durante suas sequências. Estes visuais ambiciosos requereram uma colaboração próxima entre Tatopoulos, Mulcahy, Jacobs e os atores e dublês que dariam vida à criatura. “Ele é uma versão maluca e expandida dos Super Zumbis,” explica Tatopoulos. “O conceito é que esta criatura estava vindo de dentro da pessoa e explodindo para fora. Toda vez que mostravam o monstro, alguma parte de seu corpo se expandiria e cresceria. Os ferimentos se abririam e os tentáculos apareceriam e se movimentariam sozinhos.”

Tatopoulos criou uma roupa geral para a criatura e peças adicionais que foram esculpidas separadamente para serem anexadas quando o Tyrant se transformasse. As transições teriam que ser em parte reais e em parte CG. “Estes tentáculos estranhos que sairiam e se moveriam sozinhos seriam momentos de CG extremo,” explica Tatopoulos. “E então ele endurece, e isso seria um aplique. Este efeito foi uma boa mistura entre CG e realidade onde os dois mundos criaram algo interessante, mas que os atores tivessem algo para interagir durante a produção.” Apesar da dificuldade de trabalhar no momento, em vez de ter tudo planejado com antecedência, a equipe de efeitos confiava na liberdade do estilo de tomada de decisões criativas de Mulcahy. “Ele é um diretor extremamente criativo, e as vezes queremos ver algo diferente,” diz Tatopoulos. “Então, sempre devemos estar prontos com peças diferentes para acomodar o que ele quer em uma determinada cena. Jacob repete o sentimento, “o estilo de filmagem de Russell é ter câmeras múltiplas rodando a todo momento. Ele sempre quer ter muita energia na tomada, o que significa que os efeitos visuais devem acompanhar isso e dar a ele muita flexibilidade na filmagem.”

Por todo o processo de produção, o time encontrou um líder entusiasmado e cuidadoso no diretor Mulcahy. “Russel tem uma visão muito forte de como este filme deve parecer,” diz Jovovich. “Ele capturou realmente esta qualidade muito assustadora e fantasmagórica da luz do dia. Quando as provas das tomadas incríveis começaram a chegar, ficamos impressionados. Há muita coisa acontecendo em cada tomada. E ele é como uma pequena bola de fogo no set. Sua paixão e entusiasmo são extraordinários. E ele é muito divertido de se trabalhar com.” “Ele é diferente de qualquer diretor com quem já trabalhei,” acrescenta Iain Glen. “Ele tem um olho brilhante e uma energia maravilhosa. Ele e Paul têm forças e estilos diferentes, mas combinam brilhantemente.

De sua parte, Mulcahy sente que o filme entrega o prometido pelos dois primeiros filmes de Resident Evil mas adiciona um pouco a mais a tudo. “Espere ser surpreendido, para se chocar, se emocionar,” diz Mulcahy. “O filme é cheio de sustos e ação. É muito rápido, e há muita dinâmica nele, o que eu acho que o torna original. É uma grande experiência.”

Completar o último filme da trilogia é particularmente satisfatório para Anderson. “Tive sorte de ver minha visão dos filmes de Resident Evil se tornar realidade,” comenta. “Em seis anos fizemos três filmes, então é ótimo ver uma visão tão ampla chegar às telas. Há muitos ambientes diferentes pelos quais os personagens passaram – da claustrofobia do horror em um pequeno ambiente à grande extensão de um filme que se passa em uma sombria cidade até a vastidão do deserto. Foi uma experiência sensacional para mim como cineasta e como fã de filmes de zumbis.”

 


 

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