Resident Evil 3 traz basicamente a definição da palavra REIMAGINAÇÃO. Resident Evil 2, lançado em 2019, ainda pode ser considerado um remake pela sua fidelidade ao jogo original de 1998, já o novo RE3 não segue o mesmo caminho, já que muita coisa foi mudada em termos de história, narrativa e cenários.
Como fã, o que achei de Resident Evil 3
A princípio, Resident Evil 3 não deve ser considerado um remake. Desta vez os desenvolvedores alteram tantas coisas que o termo “reimaginação” é a melhor escolha para definir o que o jogo realmente é. A história é boa, porém curta. Não vi furos no enredo, como vi na primeira jogada do Resident Evil 2.
Jill Valentine está impecável e é uma personagem bastante forte e com a devida presença que ela merece. Carlos Oliveira ganhou mais personalidade e determinação, o que eu adorei, pois eu nunca gostei daquele clássico Carlos. A relação entre ele e Jill fica mais forte ao decorrer do jogo, o que me cativou.
Mikhail, Nicholai e Tyrell ficaram muito bem representados e foram um dos pontos altos dessa releitura. Brad é fraco como sempre foi, mas sua presença ganha uma “razão” com um certo acontecimento que também esteve no clássico.
As animações do jogo estão abaixo das animações de Resident Evil 2 Remake, mas não deixam de ser bem feitas. Eu adorei a forma como Jill atira e carrega suas armas, para mim é mais um dos pontos altos na releitura. Carlos tem animações ótimas também e diferentes das animações de Leon – o que lhe dá personalidade. As animações de Caution e Danger foram reaproveitadas do Resident Evil 2 Remake.
Resident Evil 3 usa basicamente todos os zumbis de Resident Evil 2 Remake, e adiciona alguns novos em partes como a do Hospital, por exemplo. Hunters Gamma e Beta são perigosos e bem representados na releitura, porém passei mais sufoco com os hit-kill do Hunter Beta. O jogo ainda conta com Brain Suckers e o Nemesis – que eu acho que perdeu certa “personalidade” em relação ao clássico. O corte de inimigos do clássico me deixou mais decepcionado ainda.
Os cenários de RE3 são lindos, algumas partes você sente o feeling de nostalgia sim, mas não é sempre. Eu adorei todos, principalmente a parte do Hospital que foi EXTREMAMENTE ampliada e me perdi horrores lá dentro. Achei decepcionante a parte da Clock Tower, e senti falta de locais que visitamos no jogo original, que por algum motivo acabaram ficando de fora.
Contudo, Resident Evil 3 é um ótimo jogo – que peca se for visto como Remake, mas que acerta se for visto como reimaginado. O clássico é a minha paixão, eu amo aquele jogo e continuo amando mais que este novo RE3, pois ele não o supera. Apesar de tudo, a reimaginação ainda vai me render horas e horas de gameplay, com certeza. E recomendo à todos vocês que são fãs dos clássicos a jogarem esse jogão!
Agora, fiquem com análise técnica de Resident Evil 3 para PC…
TRILHA SONORA E ÁUDIO DESIGN
Se tem uma coisa em que Resident Evil 3 acertou foi na trilha sonora, que é literalmente idêntica à trilha do clássico, só que refeita para a atualidade. Quando Jill está enfrentando Nemesis é explícito o cuidado com a trilha sonora do clássico. Outro ponto da trilha é nos créditos – onde a música mantém a essência do jogo original.
O áudio design é extremamente imersivo, desde som das armas ao som ambiente. Superior mesmo ao próprio Resident Evil 2 Remake. As vozes dos personagens também não deixam a desejar, a da Jill principalmente, que lembra muito em alguns momentos a voz da personagem no Resident Evil 5.
JOGABILIDADE
Outro ponto positivo de Resident Evil 3 é a jogabilidade super fluída no PC, com comandos totalmente otimizados para teclado e mouse, podendo confirmar com o botão esquerdo e retroceder com o botão direito do mouse, o que é bem mais intuitivo. Para os que estão acostumados com a tecla “E” ou “F” para interação, também dá para alterar as teclas nas opções do jogo, que são ricas em possibilidades.
CONFIGURAÇÕES GRÁFICAS E OTIMIZAÇÃO
Desde Resident Evil 7, a RE Engine vem sendo otimizada a cada novo lançamento da franquia e isso ajuda com que mais computadores possam rodar os jogos que são produzidos nela. Outra coisa que os jogadores de PC necessitam são MUITAS opções gráficas para otimizar a sua experiencia no jogo, e nisso o Resident Evil 3 está de parabéns. São infinitas opções gráficas para que, até você, com seu notebook fraco, possa rodar o jogo.
Mas calma lá! Não vá pensando que RE3 é um jogo leve, primeiro dê uma olhada nas especificações técnicas do título que vamos deixar aqui.
Requerimentos mínimos para rodar o Resident Evil 3:
- Sistema Operacional: WINDOWS® 7, 8.1, 10 (64 bits apenas)
- Processador: Intel® Core™ i5-4460 ou AMD FX™-6300 ou melhor
- Memória RAM: 8 GB
- Placa de vídeo: NVIDIA® GeForce® GTX 760 ou AMD Radeon™ R7 260x com 2GB VRAM
- DirectX: Versão 11
- Armazenamento: 45 GB de espaço livre
Requerimentos recomendados para rodar o Resident Evil 3:
- Sistema Operacional: WINDOWS® 10 (64 bits apenas)
- Processador: Intel® Core™ i7-3770 ou AMD FX™-9590 ou melhor
- Memória RAM: 8 GB
- Placa de vídeo: NVIDIA® GeForce® GTX 1060 ou AMD Radeon™ RX 480 com 3GB VRAM
- DirectX: Versão 12
- Armazenamento: 45 GB de espaço livre
Resident Evil 3 foi jogado pelo REVIL em um computador com as seguintes especificações:
SO: Windows 10 64 bits
Processador: AMD FX 8300 com 8 núcleos de 3.1GHz
Memória RAM: 8 GB
Placa de vídeo: AMD Radeon RX 570 4GB VRAM
DirectX: Versão 12
com SSD Kingston
O jogo rodou 97% do tempo à 60 FPS na melhor qualidade visual.
VEREDICTO
Esta é uma análise técnica, que analisa exatamente os aspectos de Resident Evil 3 na versão de PC. RE3 é um ótimo Resident Evil, mas não é um remake. É um ótimo jogo para ser jogado no PC com teclado e mouse, pois você terá mais agilidade para lutar contra os inimigos e os comandos são totalmente intuitivos.
É um jogo bem otimizado para computadores menos potentes, com muitas opções gráficas para reduzir o consumo de hardware e aumentar o FPS in-game. Assim como Resident Evil 2 Remake, Resident Evil 3 possuí DRM Denuvo Anti-tamper 5 – que pode influenciar no desempenho do jogo em alguns PCs, mas deverá ser removido com o tempo, como aconteceu com segundo título.