Durante a Brasil Game Show 2014, tivemos a oportunidade de testar a demo de Resident Evil: Revelations 2, que estava disponível no estande da WB Games. Jogamos a demo duas vezes, uma no próprio estande e outra em uma sala fechada onde pudemos explorar melhor o trecho disponível, prestar atenção aos sons, observar melhor os cenários, personagens, inimigos, movimentação e testar melhor os controles e comandos do jogo.
O trecho da demo é relativamente curto, algo em torno de 10-15 minutos na primeira vez que se joga, mas ainda assim dá pra ter uma boa ideia do clima do jogo e dos controles, que são quase uma mistura de RE: Revelations 1 com RE 4. Aliás, isso parece ser uma constante, algo que inclusive bate com as declarações de Michiteru Okabe, produtor do jogo, que afirmou que REV2 misturaria o melhor de dois mundos, e de fato, temos uma mistura bastante interessante de REV1 com RE4.
Os cenários do jogo são escuros, bagunçados e muito sujos, lembrando um pouco alguns cenários de RE4 (aquelas coisas nojentas que encontramos em El Pueblo) e também de Silent Hill, com muito sangue e gore.
Apesar disso, a lanterna que Moira carrega ajuda a iluminar os pontos mais escuros, e acima de tudo, é essencial para achar itens, já que só quando ela é apontada para determinados lugares que os itens se revelam. Sem usar a lanterna, você pode até saber que ali tem determinado item, mas Claire não consegue pegá-los. É bem aquilo que já havia sido falado: Claire é responsável pela ação e pelo combate, enquanto Moira dá suporte revelando e coletando itens, e distraindo os Afflicted.
Os Afflicted inclusive são um dos pontos mais interessantes da demo. Seu comportamento se assemelha muito ao dos Majinis, de RE5, e isso torna os combates bastante difíceis, já que ao contrário de RE5, em REV2 você está quase sempre em cenários pequenos, sem muito espaço para fugir e com pouca munição. Não só o comportamento, mas também a movimentação é muito semelhante a dos Majinis: os Afflicted correm e se jogam em cima de você para atacar, mas além de atacar dessa forma, eles também mordem os personagens, como os zumbis fazem.
Apesar da velocidade dos Afflicted e dos cenários apertados, a movimentação de Claire e Moira ajuda a sair de apuros. O sistema de esquiva é fácil de usar e bastante útil, e os giros estão precisos, mas claro que, para não facilitar tanto assim, o “personagem tanque” ainda aparece em alguns momentos, especialmente na hora de uma arremetida. Mas a combinação dessas características de movimentação trazem um bom equilíbrio, ao menos para se enfrentrar os Afflicted, a expectativa é que o balanço também seja satisfatório ao enfrentar outros inimigos mais poderosos.
O jogo está bonito, e isso não há como negar. A versão testada rodava em um PS4, com texturas de cenário muito bem trabalhadas, e movimentos bastante suaves nas personagens, e condizentes com a ação efetuada, tanto cabelos quanto roupas reagem aos diferentes movimentos das personagens, garantindo assim, uma sensação visual bastante fluída.
A mistura de todos esses elementos citados acima, trazem um clima de tensão constante ao jogo, aquela sensação de não saber o que vamos encontrar atrás da próxima porta, ou da próxima curva, muito por conta dos Afflicted que surgem nas horas mais inoportunas, sempre correndo na direção das personagens, dando ao jogador um tempo de reação muito curto para tomar a decisão de partir para o combate ou tentar a fuga.
O resumo final é que cresce a expectativa de que teremos um Resident Evil muito bom a caminho, que mantém os elementos de terror do primeiro Revelations, com clima de tensão, alguns sustos e mistérios, mas também um jogo que buscará introduzir elementos de jogabilidade mais dinâmicos, trazendo o “melhor de dois mundos”, como afirmam os produtores. Além de tudo, é uma resposta certeira da Capcom ao pedido dos fãs que pedem a volta do survival horror ao foco principal dos jogos da série.
Até lá, ficaremos todos de olho em quaisquer novidades que saiam sobre Revelations 2, para trazer tudo de mais relevante até vocês! Que venha 2015!