Origem: Vírus resultante da fusão do T-Vírus com o The Abyss
Criado/descoberto em: 2004
Por: Consórcio Farmacêutico Global
Cura/tratamento: Sim
Presente em: Resident Evil: Revelations
As origens
Durante uma pesquisa em águas abissais, uma equipe de cientistas da Universidade Montepellier de Ciências Marinhas encontraram uma nova e curiosa espécie de peixes. O organismo era um super predador com características únicas, com grande capacidade de mobilidade e ferocidade, algo incomum em criaturas abissais. Analisando a espécie, os pesquisadores descobriram que as características não eram derivadas da biologia do peixe e sim de uma infecção viral. A descoberta aconteceu durante uma pesquisa na fossa de Kermadec e por isso, o vírus recém descoberto recebeu o nome de “The Abyss” (ou “O Abismo”).
Quando infecta um hospedeiro, o The Abyss converte as reservas de água e gordura dos organismos em grandes densidades ósseas e musculares, conferindo características únicas a peixes de águas profundas. O The Abyss também é fácilmente transmissível, podendo ser adquirido até mesmo por via oral, caso o vírus fosse diluído em água.
O plano nefasto
Após o mapeamento genético do The Abyss, o Consórcio Farmacêutico Global ofereceu assistência financeira para a continuidade da pesquisa. O objetivo era combinar o The Abyss com o T-Vírus, tornando-o mais adequado para a criação de armas biológicas com base em seres marinhos e também para permitir a infecção de seres humanos.
O Vírus T-Abyss é o resultado dessa combinação entre The Abyss e T-Vírus. A criação do T-Abyss mostra como é fácil desenvolver vírus que podem induzir mutações em diversas espécies. Como no caso do Neptune, desenvolvido pela Umbrella no laboratório em Arklay, peixes também podem ser hospedeiros para o desenvolvimento de armas biológicas. Após a criação do agente biológico, o interesse final era o desenvolvimento de uma vacina.
Em 2004, durante o ataque à Terragrigia, o T-Abyss foi liberado a partir de três navios ancorados próximos a cidade flutuante. Após o incidente, as pesquisas com o vírus foram continuadas no interior de um desses navios, o Queen Zenobia. Em 2005, a equipe de pesquisa conseguiu desenvolver uma vacina eficiente e abandonou o navio. Morgan Lansdale, líder da FBC (Federal Bioterrorism Commission – Comissão Federal de Bioterrorismo), tinha como objetivo usar os dados coletados sobre o T-Abyss durante o incidente e com isso ter informações suficientes para a produção de uma vacina contra o vírus. Além dos eventuais lucros, isso traria mais respeito e forteleceria a imagem da FBC no mundo. Com a vacina pronta, em 2005, Lansdale manda lacrar o Queen Zenobia, mata a equipe de pesquisa e se prepara para espalhar o vírus nas águas do planeta. Os planos são impedidos por Chris Redfield, Jill Valentine e Parker Luciani, comandados por Clive O’ Brian.
Os infectados
Os seres humanos infectados com o T-Abyss foram batizados de “Ooze“. Neles, o vírus causa alguns efeitos colaterais consideráveis. Metade da massa sólida do hospedeiro, incluindo músculos e ossos são literalmente liquefeitos durante a infecção. O processo altera a permeabilidade das membranas celulares, fazendo com que absorvam mais água do que o normal. Enquanto as células incham com a água, o corpo acaba entrando em colapso, liquefazendo-se. Durante o processo, o corpo do hospedeiro perde rigidez, tornando-se maleável, permitindo a locomoção por locais estreitos e o ataque a partir de pontos inesperados. Enquanto o T-Abyss degrada o corpo do hospedeiro, este procura cada vez mais por água e nutrientes, e por isso o Ooze ataca através de ventosas, sugando o sangue de suas vítimas. Apesar do processo de liquefação, alguns Ooze desenvolveram extremidades afiadas e a capacidade de literalmente atirar material ósseo de seus braços. Outras diversas criaturas também foram originadas a partir do T-Abyss e ficaram aprisionadas no Queen Zenobia:
- Sea Creeper: Um tipo especial de Ooze, cujo hospedeiro original do T-Abyss é uma mulher. Possui uma carapaça que lembra um cabelo comprido e que cobre todo o corpo, reduzindo o atrito e permitindo que ele se movimente fácilmente de baixo d’água.
- Ghiozzo: peixes simples que foram infectados pelo T-Abyss.
- Scarmiglione: O Scarmiglione é uma B.O.W. criada a partir da infecção com o vírus T-Abyss. Possui dois grandes braços: um deles é usado para atacar e o outro como um escudo.
- Scagdead: é uma mutação de um organismo que tem uma forte resistência ao vírus (isso só pode ser visto em uma de cada 1000 pessoas). No entanto, a resistência à infecção apenas retarda as transformações e não será capaz de parar o seu avanço totalmente. Quando as pessoas são infectadas, sofrem de febre alta e desenvolvem tumores ao redor de seus ombros e pescoço. Esses sintomas acontecem poucos dias ou semanas após a infecção, e como o avanço da doença, o hospedeiro gradativamente perde a consciência, mas os infectados estão conscientes enquanto estão sendo dominados pelo vírus. O hospedeiro acaba sendo dominado por uma loucura quando o vírus toma o controle completo e a cabeça do hospedeiro resmunga palavras inconscientemente, como se fosse um sonâmbulo.
O T-Abyss também pode infectar outros animais terrestres além dos seres humanos, gerando criaturas como o Fenrir, cujo hospedeiro original é um lobo e o Farfarello, um Hunter que possui a habilidade de se camuflar como um camaleão, ficando praticamente invisível.
Uma outra linha de pesquisa com o T-Abyss levou a descoberta de uma nova forma de vida desenvolvida em conjunto com o vírus. Durante os testes com o T-Abyss, um dos peixes infectados abrigavam um ectoparasita chamado Gyrodactylus salaris. Quando o T-Abyss era usado para infectar o hospedeiro, afetava também o parasita. As mutações que ocorriam a partir desse caso eram únicas e formavam uma larva de 1cm chamada Malacoda. Por ser pequena, essa larva poderia ser usada como um parasita para infectar hospedeiros através de secreções. O Malacoda, então, sofre mutações dentro do hospedeiro até amadurecer. O efeito sinérgico do T-Abyss e a secreção contendo o parasita provocam um aumento de metabolismo no organismo. O tamanho até o qual a larva Malacoda poderia se desenvolver está relacionado ao tamanho do hospedeiro original. Se, por exemplo, uma baleia fosse utilizada como hospedeiro, não haveria limites para o tamanho que a criatura poderia assumir. Durante a missão no Queen Zenobia, Chris, Jessica Sherawat e Jill enfrentam um exemplar gigantesco de Malacoda.
Ameaça Global
Ao final das pesquisas sobre o T-Abyss, os cientistas estimaram que se uma forma líquida do vírus concentrada fosse liberada em uma área suficientemente grande do mar, todos os oceanos do mundo poderiam ser contaminados em questão de pouco tempo, infectando desde bactérias e organismos simples da cadeia alimentar marítima, até os seres mais complexos. Caso isso realmente acontecesse, a ameaça ecológica seria bastante considerável, visto a conexão entre ecossistemas marinhos e terrestres.