Resident Evil 7 – A verdade sobre Chris e a Umbrella

ATENÇÃO: ESSE ARTIGO CONTÉM SPOILERS SOBRE RESIDENT EVIL 7 E UMBRELLA CORPS – LEIA POR SUA CONTA E RISCO.

O final de Resident Evil 7 deixou muitas perguntas em aberto, o que gerou diversas teorias e deixou muitos fãs curiosos acerca da identidade do Chris Redfield que aparece para resgatar Ethan Winters e, misteriosamente, integra a Umbrella Corporation. Afinal, o que uniria um dos maiores símbolos da guerra contra o bioterrorismo à empresa que iniciou todo o terror que ronda a série? Temos algumas respostas.

Todas as informações a seguir foram traduzidas do booklet que acompanha a réplica da arma Albert-01, aquela Samurai Edge que Ethan usa para dar um fim em Eveline após a sua mutação. Quem traduziu foi Alex Aniel do fansite de Resident Evil Biohaze, e esse panfleto revela muito sobre o final de Resident Evil 7 e as suas pontas soltas:

“Um grande conglomerado farmacêutico conhecido como a companhia farmacêutica, a Umbrella Corporation possui conquistas em campos como análise de genoma e medicina anti-viral, que antes eram conduzidas para o desenvolvimento de armas bio-orgânicas (B.O.W.). Seu lema é “Proteger a saúde das pessoas”, do qual o nome da companhia é derivado. O t-Vírus, desenvolvido com o propósito de criar soldados imortais, levou aos incidentes em Raccoon City, que revelaram o lado negro da empresa para o povo.

Depois disso, confrontada com acusações de culpa pelo incidente de Raccoon City, o valor das ações da Umbrella despencou, levando a companhia a um período de grandes perdas financeiras. Além disso, a existência de pesquisas ilegais com BOWs tornou-se conhecida ao redor do mundo, graças ao testemunho de sobreviventes e uma grande quantidade de provas materiais. Como resultado, os executivos da Umbrella foram responsabilizados pelos crimes da Umbrella, e em 2003 a companhia declarou falência.”

Nesse trecho, temos um resumo sobre como a Umbrella funcionava antes dos horrores após as atividades ilegais vierem a público através de sobreviventes que já conhecemos, como Chris e Claire Redfield, Jill Valentine e Leon Scott Kennedy, que resultou na criminalização da Umbrella e sua falência em 2003. O panfleto segue:

“Após isso, a companhia foi restabelecida de acordo com o código Norte-Americano de Falência, mas os novos executivos foram encarregados da responsabilidade de enterrar o legado negro da companhia. Depois do restabelecimento, a marca da empresa mudou, então a “Umbrella Vermelha”, passou a simbolizar a empresa antes da reforma, e a “Umbrella Azul” se tornou seu símbolo depois da mudança.”

Não, você não entendeu errado. A Umbrella que conhecemos pelo incidente da mansão Spencer e a infecção que resultou na explosão de Raccoon City, ficou conhecida como a “Umbrella Vermelha”, e após sua falência foi restabelecida, agora sob domínio do governo americano, com a intenção de “curar e reparar” os estragos por causa da pesquisa ilegal com armas biológicas da Umbrella, e essa nova fase da empresa ficou marcada pela nova logo, agora azul.

A Umbrella que veio para curar

Isso quer dizer que o helicóptero ao final de Resident Evil 7, com a logo da “Umbrella Corps” em azul, se trata da Umbrella Corporation original reestruturada, que agora ajuda na luta contra o bioterrorismo. Nesse momento, com certeza, Chris Redfield vem à sua cabeça, afinal, isso quer dizer que Chris não se tornou um vilão, correto? Calma, que a gente já chega lá! Vamos continuar com o material traduzido:

“A Umbrella restabelecida re-examinou grandes quantidades de dados experimentais deixados para trás por Albert Wesker, o que permitiu que a organização avançasse em direção a redimir o legado negro deixado pela Velha Umbrella.

Os pesquisadores da “Umbrella Azul”, os quais não estão ligados à velha guarda, estão reunindo dados das pesquisas de Wesker e desenvolvendo-os com a premissa de produção em massa para entregá-los a BSAA e outras empresas anti-bioterroristas para propósito de testes”.

Albert Wesker, ao longo de sua trajetória na franquia, reuniu diversos dados sobre diferentes organismos e vírus, muitos deles da própria Umbrella Vermelha. Ao final de Umbrella Chronicles, descobrimos que ele roubou todos os dados de pesquisa da Umbrella Vermelha e que essas informações também foram usadas para incriminar a empresa por suas atividades ilegais com armas biológicas e pelo incidente de Raccoon City.

Após a sua morte, é de se imaginar que Chris coletou toda a pesquisa de Wesker reuniu todos os dados coletados por Wesker, possivelmente, também incluindo os da Tricell, e ao entregá-los para “Umbrella Azul”, esses dados serviram para auxiliar nas pesquisas anti-virais e até de genoma humano, a fim de erradicar o bioterrorismo e as armas biorgânicas.

Inclusive, a arma final de Resident Evil 7, Albert-01, recebeu esse nome justamente por ter sido desenvolvida com base nas pesquisas de Wesker, resultando em uma arma mortífera para indivíduos mutados.

E como o panfleto revela, a “Umbrella Azul” trabalha em conjunto com a B.S.A.A., o que torna a presença de Chris Redfield natural dentro da organização, já que o soldado é um dos maiores símbolos de combate ao terror biológico.

A Umbrella Vermelha ainda existe

Mas não pense que é tudo tão simples, porque ainda existem mais camadas nessa história complexa.
Lembram de Umbrella Corps? A organização do jogo possui a mesma logo azul do helicóptero de Chris Redfield, só que a única diferença, é a cor, que é vermelha. E através da história do jogo, sabemos que as intenções dessa Umbrella não são nada boas.

Umbrella Corps indica que a “Umbrella Vermelha” continua ativa, se aproveitando da reputação boa da “Umbrella Azul” para agir na escuridão.

Não sabemos quem está por trás disso, e qual o real objetivo dessa trama que envolve a “Umbrella boa” e a “Umbrella má”, e nem como Chris se encaixa de fato nessa história que ainda tem muito a ser desenvolvida no decorrer dos novos lançamentos.

Mas existe um trecho do livreto que pode aliviar os fãs do capitão da B.S.A.A.:

“Suspirando de alívio, Chris Redfield se inclinou para frente e observou do helicóptero com o corpo brilhando com um “logotipo azul da Umbrella”.

Ele estava olhando para Ethan que tinha “sobrevivido” com sucesso, como se refletisse dias em que ele era mais jovem.. Julho de 1998. Se aquele maldito “Incidente da Mansão” não tivesse ocorrido, como seria minha vida agora? Eu ainda estaria com a equipe Alpha da divisão especializada S.T.A.R.S. da cidade do Raccoon, talvez protegendo Raccoon City dia e noite? Talvez houvesse um futuro em que morresse quando ficasse seriamente ferido na República de Edônia? Ou pior, poderia ter vivido a vida de um alcoólatra amnésico se eu não tivesse conhecido Piers? Ele estava possuído pelo sentimento num silêncio que durava apenas alguns segundos. Somente alguém envolvido poderia entender a dor e tristeza. Ele cortou tais sentimentos e cumpriu sua missão novamente. Em suas mãos está seu amigo de aço, a “Samurai Edge”.

Herói que nada?

Todo esse trecho deixa claro que o personagem do final de Resident Evil 7 se trata do nosso bom e velho Chris, no entanto, existe apenas um fato que deixa essa história ainda muito mal contada: a DLC “Not a Hero” ou “Herói que nada” em português.

Por mais que Chris esteja trabalhando ao lado da Umbrella Azul, talvez esse nome – Not a Hero – dê a dica de que Chris não tem boas intensões, ou até que existe a possibilidade daquele soldado não ser Chris Redfield, mas alguém se passando por ele, e utilizando a boa reputação da “Umbrella Azul”, para favorecer a “Umbrella Vermelha” de alguma forma.

Tem mais alguma outra hipótese ou teoria? Vamos discutir nos comentários! 🙂

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