Resident Evil 3 - GOG
Arte: Frank Alcântara

Análise – Resident Evil 3 (1999) – PC (versão GOG)

Esta é uma análise conjunta entre Natália Sampaio (Nats), autora desta publicação, e Cláudio Corrêa, da Equipe REVIL.

Encerrando o pacote de presentes prometidos pela plataforma GOG.com, o porte de computador de Resident Evil 3 Nemesis finalmente chegou no dia 25 de setembro – seria deveras poético se a bonita tive liberado o jogo no dia 22/09, aniversário de seu lançamento inicial em 1999 (Japão), ou no dia 28 de setembro que os fãs conhecem por Jill Valentine. Finalmente podemos dizer, como fãs de Resident Evil que somos, que temos versões oficiais para os computadores da trilogia clássica do PlayStation, encerrando com RE3.

O segundo semestre de 2024 foi muito agitado! Em junho, GOG liberou Resident Evil 1, dois meses depois, em agosto, veio o queridinho do coração da Equipe REVIL, Resident Evil 2. Vale lembrar que eu (Nats) e o Just já fizemos análises dos dois.

Para não perder o costume, vamos nos ater ao mesmo raciocínio que adotamos para esta nova análise: não iremos nos ater a detalhes como gráficos, jogabilidade (no sentido técnico do negócio) e enredo. Focamos aqui no que notamos de curioso no porte de Resident Evil 3, ok? E olha que esse pano pra manga vai render…

Dito isso, partiu?

MAIS UM QUERIDO ENTRE NÓS, E NÃO É O NEMESIS

Brad Vickers e Jill Valentine - Resident Evil 3

Embora a sua reimaginação tenha dividido opiniões, não é segredo que Resident Evil 3 Nemesis é um dos mais queridos da franquia e isso não está em discussão. Logo, também estávamos ansiosos para que a GOG liberasse o acesso a este porte que, lembrando, veio da sua primeira versão lançada para os computadores no ano 2000. Portanto, é a versão crua do jogo, como a do PS1.

Porém, assim como o port de Resident Evil 2, RE3 já veio com o seu modo extra liberado, o amado THE MERCENARIES, bem como com todas as roupas da Jill. Infelizmente, nesta versão, não temos a chave da boutique (#triste). O porte, vale lembrar, é adaptado para os controles modernos, podendo jogar facilmente com o teclado ou com o controle de sua preferência (aí vai de acordo com o gosto do freguês). O jogo, ao contrário de seus antecessores, ocupa bem menos espaço de armazenamento: só 511 MB (confesso que fiquei passada, mas faz sentido já que RE3 não tem mais de uma campanha).

A partir daqui, entramos numa coisa curiosa (na verdade, a maior delas) que aconteceu conosco durante a confecção dessa análise.

SENHORA, ACHO QUE TEM UM BUG NO SEU JOGO!

Antes de mais nada, temos que dividir esta análise entre ANTES dos patches de correção e DEPOIS dos patches de correção (sim, foram lançados 2 patches até o momento da publicação desta análise). No lançamento do jogo, em 25 de setembro, quando jogamos pela primeira vez (inclusive em live), gostamos muito do que vimos à primeira vista.

O jogo se comportou como o RE1, já que ele não tinha um executável, e abriu direto quando acessado pelo aplicativo da GOG. Como era de esperar, rodou super bem tanto no computador do Just [notebook Dell G15 com um processador 13th Gen Intel(R) Core(TM) i7-13650HX 2.60 GHz RAM instalada 16,0 GB (utilizável: 15,7 GB) sistema operacional de 64 bits, processador baseado em x64. Placa de Vídeo Nvidia Geforce RTX 4050] e no meu [Intel® Core™ i5-11400H de 11ª geração, Placa de vídeo dedicada NVIDIA® GeForce RTX™ 3050 com 4GB GDDR6, Memória de 16GB (2x8GB), DDR4, 3200MHz; SSD de 512GB PCIe NVMe M.2]. Logo, imaginamos que rodar não será um problema para qualquer computador (é inclusivo ele).

A movimentação da Jill é bem fluida. Também notamos que o jogo não fica “esticado” no monitor e nem fica dando aquelas travadinhas que o RE2 dava de vez em quando, principalmente na mudança de tela. PORÉM, infelizmente, presenciamos alguns bugs de travamento (tipo, congelamento de tela mesmo), cortes de cenas (a cena da derrota do Nemesis na Torre do Relógio foi, por algum motivo, engolida) e um bug que fechou o jogo abruptamente. Vale lembrar que, ao contrário do RE2, não é possível nem pular as CGI e nem cutscenes, tampouco configurar os botões do jogo.

Passemos ao dia 27 de setembro, quando saiu o primeiro patch de correção, que adicionou o executável do RE3 quando o jogo é iniciado (tal qual RE2), inclusive, com as mesmas opções de video settings (relacionadas ao DirectX). Este pacote também adicionou a possibilidade de pular as CGIs do jogo (botões L2|LT|M). Não foi corrigido o corte da cena do Nemesis citado acima, mas o bug que fechava o jogo foi solucionado.

GOG Galaxy (imagem do download do patch 27/09)

Saltando para o dia 1º de outubro (Raccoon City foi de arrasta, mas a GOG seguiu tentando vacinar o jogo), quando veio o segundo patch de correção. Embora ainda não tenha corrigido o corte da cena do Nemesis, agora é possível mexer na resolução do jogo. Por meio do botão F1 do teclado, se abre uma pequena caixa de diálogo onde fica disponível opções de vídeo (onde podemos mexer na resolução do jogo), áudio e nos controles (uma aba ‘Keyboard’ e outra ‘Controls’). Por exemplo, caso você escolha a resolução 320/240 32bits, o jogo fica mais visualmente bonito no que é estático, porém a Jill perde um pouco de qualidade visual.

Jill Valentine - Resident Evil 3 - GOG
Jill na resolução padrão do monitor

MAS, E AÍ, MESMO TODO GONGADO, RESIDENT EVIL 3 VALE A PENA?

Mais uma vez, iremos seguir a mesma linha de raciocínio que seguimos nas análises passadas: depende!

Como já comentamos anteriormente, mesmo com a gama de variedade de versões de modificações de Resident Evil 3 Nemesis disponíveis por aí, é inegável que é muito importante finalmente termos uma versão OFICIAL portada para os computadores modernos dos nossos REs favoritos da era PlayStation 1, e não um port emulado bem sem vergonha que achamos por aí (né, dona Sony???). É importante lembrar aqui que o que importa é TER A OPÇÃO DISPONÍVEL! Seja comprando o jogo ou acessando a vasta biblioteca de ROM por aí, não importa, pois o que realmente vale é jogar e se divertir.

O que estranhamos, de um modo geral, é que ao contrário do RE1 e do RE2, o RE3 veio com todos os defeitos que sua versão original (a que você achava em CD-ROM) tinha. Eu (Nats), não tenho como saber como era jogar lá em 2000, pós-bug do milênio e nos tempos de internet discada, mas me lembro o quanto era frustrante você pegar um CD de um jogo e ele vir todo bugado. Pelo menos em 2024 podemos contar com os pacotes de correção que vieram bem rápido. Embora ainda não tenham corrigido totalmente os “defeitinhos” que vieram no RE3 Nemesis, isso está longe de estragar a experiência de rejogá-lo. Me senti lá em 1999, quando ganhei meu PS1 e passando muito susto com o jogo (bom… isso não mudou muito até hoje hahahahaha).

Resident Evil 3 - Albert Wesker desk

O fato é que, mesmo com os problemas que encontramos, a versão da GOG do RE3 Nemesis é obrigatória para os amantes deste clássico do PS1 e que procuram um bom jogo retrô com precinho para sua coleção digital (e pra quem não quiser comprar, tá tudo bem também, ok?).

Já podemos começar a corrente de oração pelo porte do Resident Evil Survivor? É outro que já foi lançado para PC no passado…

Pontos positivos:
Jogo roda sem problemas em qualquer computador;
Modos extras e roupas já desbloqueados;
Compatibilidade excelente com os controles modernos, fáceis e intuitivos;
Patches de correção lançados rapidamente.
Pontos negativos:
Corte da cena do Nemesis;
CGIs não foram tratadas.
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