Monster Hunter Wilds – Impressões da segunda fase beta

Se preparando para o lançamento de Monster Hunter Wilds, a Capcom promoveu mais uma beta do jogo, com o intuito de não só apenas testar os servidores online, mas também mostrar mais do jogo para os fãs da série, já que promete ser o maior jogo da franquia. Na beta de 2024, houveram muitas reclamações, mas e agora? O que mudou nos últimos noventa dias e o que o fã de Monster Hunter pode esperar do jogo?

Se em 2024 você não gostou do que viu no beta do jogo, sinto muito em dar essa notícia, mas pouco mudou em relação a versão do ano passado. Nas versões de console, a mesma reclamação de baixa resolução no modo desempenho prossegue entre os jogadores. Na minha experiência jogando no PlayStation 5, eu notei uma leve melhora. Talvez tenha sido uma impressão pessoal, contudo, achei que o modo desempenho estava menos borrado e mais estável.



O modo resolução, no entanto, onde a promessa é de uma resolução em 4K (ou próximo), Monster Hunter Wilds é um jogo maravilhoso. A RE Engine é realmente impressionante e visualmente falando, pra mim, Wilds aparenta ser um jogo mais bonito que Dragon’s Dogma 2, RPG da Capcom que saiu no ano passado e que também sofreu com críticas relacionadas ao seu desempenho. Eu também dei uma testada na versão de PC e prossegue pesado por lá. Mas vale a lembrar que se você for jogar no PC, tem um benchmark oficial da desenvolvedora no Steam, rodando em uma versão superior a da beta que condiz mais com a versão final do jogo. Aos jogadores de PC, vale mais a pena testar para terem uma noção melhor de como o game vai rodar em suas máquinas.

Monster Hunter Wilds Benchmark
Resultado de um teste Benchmark em Monster Hunter Wilds

A grande diferença de uma beta para outra vem no conteúdo. Nessa nova beta, Wilds traz mais monstros para serem caçados, o que também mostra um pouco mais da estrutura de mundo aberto, adotada pelos desenvolvedores nesse novo título. Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a facilidade de navegação entre os menus e a agilidade maior em estar fazendo certas atividades dentro do jogo. Antes, para iniciarmos uma missão, era necessário voltar até a base e fazer tudo por lá. Não é algo definitivamente complicado, mas às vezes podia soar cansativo, principalmente depois de muito tempo de jogatina. Em Wilds, você pode começar uma missão enquanto coleta recursos no mapa, termina a caça e parte para outra, sem necessariamente voltar até a base.

Como o novo jogo é um mundo aberto, a escolha de maior liberdade da Capcom faz todo o sentido e acredito que mesmo em jogos de menor proporção e ambição que possam sair no futuro, esse tipo de abordagem vai continuar existindo, o que pra mim é um ponto mais do que positivo e também tira um pouco da burocracia do qual a série é conhecida.

Aqui também temos a possibilidade de testar algumas armaduras que vão estar disponíveis no início do jogo. Apesar da ferreira estar bloqueada nas betas, temos essa possibilidade logo de início, o que também mostra que o tom desse jogo está mais próximo de World do que de Monster Hunter Rise, contendo armaduras menos coloridas e com uma coloração mais neutra. Alguns fãs de longa data da franquia não gostam tanto dessa abordagem visual mais “realista”, o que pra mim não é um problema, já que não tira as principais características visuais das armas e armaduras. Elas continuam lindas e esquisitas, como devem ser.

Aqui temos mais alguns monstros que vão estar presentes no jogo final, mostrando ainda mais como cada caçada em Monster Hunter é única, agora mais do que nunca. Com os agora dinâmicos, surgindo a possibilidade de situações que vão afetar diretamente nas suas estratégias, usando o mapa e o clima também ao seu favor. Me impressionei jogando na primeira vez e fiquei novamente deslumbrado com essa mecânica que certamente ainda tem muito a ser mostrada nos mais diversos biomas que o jogo tem a oferecer que não estavam nessa beta.

A Capcom ainda colocou sutis diferenças na lista de habilidades dos monstros, como novos ataques ao Gypceros, por exemplo. Sendo ele um dos monstros novos para você lutar por aqui. Porém o show fica inteiro com o Arkveld, que promete ser um dos inimigos mais desafiadores do jogo. A caçada tem alta dificuldade e é recomendada fazer em grupo, para terem uma chance maior. Eu tentei caça-lo sozinho e apanhei bastante. Contudo, é uma batalha incrível e vale a experiência, mesmo se você for tomar uma sova solo, como eu. Os fãs mais veteranos de Monster Hunter vão se sentir em casa com essa luta.

Monster Hunter Wilds
Caçada em Monster Hunter Wilds – Versão Beta

Apesar de não termos tido uma melhora significativa em termos de desempenho, o que ainda preocupa muitos fãs, principalmente a turma que vai jogar no PC, a segunda beta de Wilds mostra que a transição para o mundo aberto aparentemente foi feita de um jeito bem inteligente pela Capcom, justificando essa escolha com mecânicas dentro do jogo que de fato transformam a forma de se jogar Monster Hunter e se aproxima cada vez mais ainda de um público mais amplo, tendo chances de se tornar o sucesso esperado pela companhia. Em termos de conteúdo, tudo indica para isso, só resta saber como a versão final se apresentará tecnicamente.

Também falei sobre Wilds no meu canal pessoal, onde dou mais detalhes, inclusive sobre a dublagem em português do Brasil:

 

Um novo teste aberto de Monster Hunter Wilds está previsto de 14 a 17 de fevereiro.