Prévia – A.I.L.A – Steam (PC)

Imagine um futuro onde a tecnologia dos jogos em realidade virtual não te faz apenas ter uma experiência no ponto de vista do protagonista, mas também de te fazer entrar na pele do personagem, acreditando que você, em pessoa, está dentro de um vídeo game. E não, eu não estou falando de Pequenos Espiões 3D e sim de A.I.L.A o novo jogo de terror da Pulsatrix, estúdio brasileiro conhecido pelo jogo Fobia – St. Dinfna Hotel.

Seja bem-vindo à minha prévia de A.I.L.A. Segundo o Google, um beta tester é um utilizador que testa uma versão preliminar de um produto, como um software ou aplicação, antes do lançamento público para identificar e reportar problemas (bugs) e fornecer feedback sobre as suas funcionalidades. E esse é o papel de Samuel, o protagonista dessa história que vive num futuro onde a tecnologia está muito mais avançada e automatizada.



O jogo mostra isso com gráficos realistas simples, porém, assertivos, onde no cenário podemos ver tanto esse contexto de futuro, mesmo sem saber diretamente o ano que a história se passa, com drones enormes e automatizados fazendo entrega com biometria, telejornais apresentados por uma IA (que inclusive está falando que está tendo uma revolução das IAs nesse mundo) e além dessas coisas que mostram um pouco de contexto do mundo, tem mais uma coisa muito importante na casa do Samuel, Jones o gatinho.

Você pode dar carinho nele – JOGO DO ANO!!!

Mas voltando para o nosso protagonista em primeira pessoa. Samuel, que é dublado por Fábio Azevedo (conhecido pela voz do Dr. Estranho nos filmes da Marvel), parece ser uma pessoa reclusa, que não sai muito e é focado no trabalho dele de Beta tester de jogos de terror. Um dia ele recebe via entrega de drone uma caixa com equipamentos de uma tecnologia experimental de um kit chamado A.I.L.A, que diz ser uma revolução no desenvolvimento de jogos.

Ao ligar o kit e colocar os óculos de realidade virtual nós somos apresentados a essa garotinha chamada Aila, que é dublada pela Luiza Caspary (conhecida por interpretar Ellie em The Last of Us).

Ela se apresenta sendo uma inteligência artificial que vai nos apresentar experiências em jogos de terror diversos e, após a experiência, ela irá coletar nosso feedback para que a próxima experiência seja ainda melhor.

Dentro dessas experiências nós entramos em jogos de survival horror com atmosfera misteriosa, puzzles espalhados no cenário e situações de arrepiar até quando você já está preparado e nessas experiências, tanto a câmera em primeira pessoa quanto os gráficos combinam com essa vibe mais isolada e às vezes claustrofóbica.

Algumas vezes, em cenários mais abertos, eu notei pequenas quedas de FPS e alguns bugs visuais (e até bugs na mecânica), mas nada que tenha estragado a experiência.

Os controles seguem o padrão de survival horrors que conhecemos, com controles de tanque que em alguns momentos, junto da câmera em primeira pessoa, auxilia na tensão. A gameplay começa simples, mas aos poucos vai se abrindo para coisas mais ousadas, começando com jogos mais “walking simulator” e depois indo para survival horror à la Resident Evil.

O que teria nesse mundo do Evil in Residence?

Com recursos escassos e puzzles em lugares inusitados (e até uma sessão parecida com a casa da Beneviento em Resident Evil Village), o jogo faz com que sua curiosidade seja atiçada tanto dentro das experiências de terror que a Aila cria, quanto até mesmo no apartamento do Samuel, te fazendo pensar no que mais colocaram nesse jogo quanto até do que a Aila é capaz de fazer, seja pro bem do trabalho do Samuel ou de sua vida pessoal.

Eu joguei por volta de 5 horas de jogo sem saber nada sobre o título, e fui surpreendido com a narrativa, que conta com uma ideia que achei única em abordar um beta tester e uma IA criando jogos, ainda mais no contexto que está rolando no mercado de games. Isso me faz criar teorias do que vai rolar na história quanto mais eu jogo esse jogo. A gameplay não é revolucionária, mas ao que ela se propõe faz bom uso do que tem. Os personagens são bem vivos e tem sua uma personalidade própria, seja Samuel com o seu jeito mais direto com suas questões parecendo ser uma pessoa mais acomodada e a Aila sendo essa IA que passa esse ar de um ser tão bonzinho que dá medo do que ela é capaz.

Esse jogo parece mostrar vários mistérios dentro dele que eu ainda quero jogar até o final para descobrir. E se você também quer descobrir, fique ligado, pois A.I.L.A tem previsão de lançamento para este ano para PC. Estou ansioso para jogar completo e trazer a análise no REVIL.

O autor desse texto jogou A.I.L.A a convite da assessoria de imprensa dos desenvolvedores (Jesús Fabre)