10 motivos para jogar Resident Evil CODE: Veronica

Que Resident Evil CODE: Veronica é uma joia pouco valorizada (e, acredite, que até pouco conhecida?) entre os fãs da franquia, isso não é novidade. Mas com o seu 23º aniversário aí, quero te dar 10 motivos para que você conheça e desfrute deste jogo maravilhoso que, mesmo sendo um spin-off canônico consegue entregar uma experiência desafiadora em uma transição de geração.

Resident Evil CODE: Veronica, carinhosamente apelidado de CV, chegou ao mercado em 3 de fevereiro de 2000, inicialmente lançado no console da Sega na 6ª geração de consoles em 1998. Era um momento em que a franquia Resident Evil estava expandindo seus horizontes para além do PlayStation (assim como os rumos da franquia que vemos hoje em dia). Todavia, o tempo não fez o charme do jogo se perder, ainda mais com a mudança de estilo dos jogos em survival horror atualmente. Mesmo o Dreamcast não sendo um console muito potente em relação aos seus concorrentes (PlayStation 2 e GameCube, por exemplo) e tampouco acessível, quem teve a oportunidade de jogar, sente saudades!

Posto isto, bora conhecer 10 motivos para que você, que ainda não conheceu/jogou o CV, pare tudo o que está fazendo e vá logo jogar!

1 – Uma continuação DIRETA dos acontecimentos de Resident Evil 2

Um dos queridinhos da franquia (o meu, inclusive), CODE Veronica nos apresenta o que aconteceu a Claire Redfield após fugir de Raccoon City naquele evento derradeiro de setembro de 1998. Ainda na busca por notícias de seu irmão, Chris Redfield, Claire tem uma pista do seu paradeiro por meio de um diário, deixado em cima de da mesa na sala S.T.A.R.S. na delegacia (ou aquela carta aos agentes da STARS, bem mequetrefe, da versão reimaginada). Após se despedir de Leon S. Kennedy e Sherry Birkin, Claire parte para a Europa atrás dele.

2 – Claire é a protagonista do jogo

Para quem ama a nossa musa motoqueira universitária, ela é a protagonista do CV. Depois de Resident Evil 2, o nome Claire apareceu pouco. Infelizmente, seguiu em nenhum jogo numerado, apenas em spin-offs, seja nos canônicos (Resident Evil Revelations 2 e Resident Evil Survivor 2só o sonho), seja nos não canônicos (cenários reimaginados do Resident Evil: The Darkside Chronicles e Resident Evil Re:Verse). Entretanto, dentre os jogos citados, o CV é o que dá mais destaque a ela e a todo o seu potencial, que a dona Capcom não aproveita de suas protagonistas femininas, né?

3 – Enfim, descobrimos o paradeiro de “Cristiano”

Bom, pra quem tinha dúvidas por onde o Chris andava (apesar de falar que EUROPA não ajuda muito exatamente), é em CODE: Veronica que sabemos o que de fato ele foi fazer no território: investigar a Umbrella (o que é reforçado no cenário canônico The Umbrella’s End de Resident Evil: The Umbrella Chronicles) e expor tudo o que aconteceu em Raccoon. Apesar de Claire ser capturada e levada para uma das prisões da Umbrella na Ilha Rockford, ela consegue contato com Leon para que ele avise sua localização ao irmão. E é justamente em CV que tivemos a oportunidade de jogar com o socador de pedra em treinamento, cuja play é cheia de referências ao primeiro jogo da franquia.

4 – E onde tem Chris, tem…

Exatamente! Não só Chris dá o ar da graça em CV, como também Albert Wesker. Assim como não se teve mais notícias de Chris após os acontecimentos da Mansão Spencer, o paradeiro de Wesker também era desconhecido… até agora. Apesar de ter um papel secundário na trama do game, quiçá até de coadjuvante, o ex-capitão da equipe Alfa dá as caras e ainda marca a sua presença literalmente (e, de quebra, sabermos o porquê do Chris socar pedra no Resident Evil 5).

5 – Vilões marcantes

CODE: Veronica nos apresentou mais um braço dos fundadores da Umbrella: a família Ashford! Os irmãos Alfred Ashford e Alexia Ashford, resultados de engenharia genética para que a linhagem da família fosse assegurada, são os grandes vilões da trama em torno do game, principalmente Alexia. Prodígio que, muito jovem, desenvolvera o vírus T-Veronica, é a peça chave de toda trama. Ela, além de maluca, é marcante, ainda mais quando envolve seu apreço (meio torto) pelo irmão.

6 – Se falamos dos Ashford, também falamos da Umbrella

Como comentei lá em cima, a história por trás da Umbrella prende a curiosidade dos fãs da franquia Resident Evil até hoje. Porém, antes de sabermos as inspirações de Spencer para fundar a Umbrella, é em CODE: Veronica que conhecemos um pouco da história e como os donos da Ilha Rockford (e das instalações da Antártica) foram essenciais para a grandeza da farmacêutica. Inclusive, parece que o Alexander Ashford (pai dos gêmeos) andou contratando o George Trevor, por que…olha…

7 – Ele é um dos RE (se não é o mais) desafiador da franquia

Resident Evil CODE: Veronica é um dos jogos mais desafiadores da franquia. Sendo um dos último no antigo estilo câmera fixa, mas com o posicionamento dinâmico (o que acompanha o personagem a depender do lugar, como acontece em Devil May Cry). Apesar dos problemas de jogabilidade, ele entrega uma experiência completa de survival horror dos RE clássicos, com puzzles nostálgicos, inimigos de dificuldade mediana e muita referência ao Resident Evil 1. Então, se você gosta do estilo antigo de RE, mas acha que o modo hard de Resident Evil 0 ou do Resident Evil Remake fichinha, se desafie e jogue o CV.

8 – Steve Burnside, o adolecente que adoramos odiar

Resident Evil 2 inaugurou a jogabilidade de “parceiro” para franquia e parece que a Claire está fadada a ser dona de creche, porque se em RE2 ela era incubida da Sherry, em CODE: Veronica a cruz se chama Steve (piadas a parte). Mas a participação de Steve em CV, embora Capcom quisesse “forçar” um par romântico com Claire, é bem tímida, sendo ele apenas um adolecente problemático padrão (tirando a parte que a Umbrella ferrou com ele) que se apaixona por nossa ruivinha perigosa. Mesmo sendo irritante em algumas partes, ele nos proporciona algumas risadas e a parte dele no complexo da Antártica (a final) pode dar uns surtos de raiva se te pegar desprevenido.

9 – Resident Evil CODE: Veronica era para ser o 3º numerado da franquia

Para quem conhece a história por trás do nascimento de Resident Evil 3: Nemesis, deve saber que era pra ser o CV o terceiro numerado, sendo que o nosso querido clássico do PS1 fora pensado para ser um jogo spin-off com outros personagens.

 

Devido a questões contratuais entre Sony e Capcom, o CV, por ser muito ambicioso para o PS1, foi para a geração seguinte (Dreamcast) e o tal jogo spin-off, praticamente todo reaproveitado e expandido do RE2, trouxe Jill Valentine de volta e a sua ideia inicial, tempos depois, foi materializada no nosso querido e subvalorizado Resident Evil Outbreak. Isto posto, CV é o jogo que cronologicamente encerra o arco de Raccoon, pois ele é decorrência direta da lore principal da franquia, mas infelizmente, não recebe a devida atenção da Capcom.

10 – CV recebeu versões com troféus e conquistas

Uma reclamação geral dos fãs é o porquê que a Capcom não “porta” os RE clássicos para as gerações seguintes, mas, para nossa alegria, o CV foi um dos poucos seletos a receberem versões para gerações acessíveis até hoje. É o caso de Resident Evil CODE: Veronica X lançado para Xbox 360 – compatível com o Xbox One/Xbox Series – e das versões do PlayStation 3 e PlayStation 4 – a última, compatível no PlayStation 5.

A versão de PS3 não veio com a famosa “platina”, corrigida na versão de PS4. Conquistas estão presentes no Xbox. É um bom motivo aos aficionados. Enquanto o jogo para PlayStation tem base clara na versão de PlayStation 2, a do Xbox possui uma beleza visual maior – aos saudosistas, se assemelha ao GameCube.

Então é isso! Resident Evil CODE: Veronica é uma joia pouco valorizada na franquia, mas é definitivamente um título que vale a pena ser jogado. Mesmo “nascido” datado e com a jogabilidade que pode ser problemática para quem não está habituado, CV é sim um jogo que consegue proporcionar a experiência completa de um RE clássico. Então, parabéns CV!

Este conteúdo contou com revisão de João Alves e Ricardo Andretto