BGS24, O Fim: Encontro de cosplayers de Resident Evil e a energia das experiências

Os últimos dias de Brasil Game Show (BGS) fizeram a Equipe REVIL refletir sobre a importância do evento para o mercado brasileiro e aos brasileiros. São vários universos, sagas, franquias, jogos, entre outras lembranças que parecem não caber só nas poucas histórias contadas por quem esteve na BGS. É preciso viver a experiência para saber como as possibilidades com games e com os gamers são infinitas. Neste último relato compartilhado, eu (Ricardo Andretto), João Alves (Jão), Dry Portes e Cláudio Corrêa (Just) falamos um pouco disso e trazemos o remanescente do que faltou em publicações anteriores aqui no REVIL.

Cosplayers de Resident Evil

No domingo (13 de outubro) um grande encontro entre cosplayers de Resident Evil aconteceu. O Just estava lá para registrar as várias versões de Jill Valentine, Leon S. Kennedy, Chris Redfield, Claire Redfield, Ada Wong, Ashley Graham e outros que ganharam destaque na franquia, como inimigos icônicos de Resident Evil 4, Nemesis e até Lady Dimitrescu (Resident Evil Village). Ó, e no negócio de cosplayers vale até um JILL ou uma WESKER – que não é a Alex. Tá tudo bem!

Geral com os cosplayers de Resident Evil e outros personagens da Capcom
Quantas Ladys para um só Leon!

Outros cosplayers de personagens da Capcom também estiveram presentes. Deu para identificar pelo menos uma Nico (Devil May Cry 5), um Luke e uma Chun-li (Street Fighter 6) no meio da turma. Confira breves vídeos do momento que os participantes se organizavam para uma foto:

 

A galera se empenhou muito. Fã de Resident Evil sabe reclamar, mas sabe mais ainda fazer um cosplay bem feito dos personagens – palavras do Just.

O Just completou 10 anos cobrindo e trabalhando na BGS.

Além de cobrir a feira com o REVIL, Just já trabalhou no estande da SEGA

Uma volta no tempo

Entre os estandes, do neida, como descreveu Just, ele percebeu a presença de Gunbound, um jogo que descobriu em 2004 – vish, tem VINTE ANOS, é isso mesmo? Que Xou da Xuxa é esse (palavras do Just). Uma parceria entre a Gravity e Softnyx trouxe o jogo de volta com servidores dedicados ao público da América Latina, o mesmo que tornou o título um sucesso, além do sudeste da Ásia.

Nem tudo são flores, mas há algumas

Apesar da grandiosidade do espaço da Brasil Game Show, algumas coisas desagradaram. Para Dry Portes, a avenida indie foi decepcionante. Disse ela que praticamente não existe mais, com fileiras paralelas que se misturaram a outras lojas neste ano. Há a impressão que a área ficou ainda menor. Em outros anos, como descreveu Dry, era animador ter um imenso corredor dedicado só a desenvolvedores indies. Confesso que eu (Ricardo) também fiquei incomodado com a mistura que Dry mencionou. Até peguei um momento mais cheio na área indie, mas a bagunça com outras lojas meio que roubou muito a atenção que deveria vir aos jogos produzidos por brasileiros.

Registro na área indie com Ricardo Andretto e João Alves (mini Chris) ao fundo

Quando estive na área indie, testei Master Lemon: The Quest for Iceland e fiz um breve relato no BGS24 dia 1 no REVIL. Já Dry também jogou e se atentou à história. É uma homenagem a um amigo dos desenvolvedores que amava viajar e aprender outras línguas, mas que faleceu. No jogo, controlamos Lemon, um jovem aventureiro que usa as palavras para desbloquear novos “poderes”. Ao longo do jogo, diversas novas línguas são apresentadas. Lança no Steam, mas há conversas para PlayStation e Xbox.

Dry pôs as mãos em um jogo com geração procedual onde o jogador precisa literalmente usar a sua voz para desenvolver o equilíbrio de um bioma que está sendo afetado por uma anomalia. A inspiração veio em Journey, com uma experiência imersiva mesmo sem palavras. Shuffle Strike, um jogo de luta que combina cartas e comandos rápidos na tela, e Nightshift Survival, que “bebe” de Vampire Survivors e Five Nights at Freddy’s, foram outros testados.

A Dry foi até parar em um simulador!

Outro ponto negativo da Brasil Game Show, além do lance dos indies, foi a área dos arcades. Está bem menor que nos demais anos e ainda com uma parcela das máquinas sendo cobradas a parte para quem quisesse jogar. É algo que Dry já tinha observado na edição anterior e que se mostrou ainda pior neste ano.

Ainda sobre os arcades, haviam muitas máquinas de basquete – o que não é de tão ruim – e poucas de outros tipos, com um ou duas. Dry encontrou só quatro máquinas de fliperama rodando Street Fighter, The King of Fighters, Metal Slug e Mario. Todas eram de modelos novos, de emulação – o problema foi na quantidade baixa ao público enorme da BGS. A sensação foi de abandono e parece que o público percebeu isso, pois a área estava até bem vazia, sem as filas características que costumam se formar nas máquinas de jogos de luta. Uma verdadeira decepção, ao que pontuou Dry.

É normal que nem tudo saia perfeito, mas que em uma próxima BGS a organização possa se corrigir em algumas coisas. Como fez, também por observação de Dry, com a apresentação da Sonic Symphony. Disse Dry que neste ano foi o que fechou com chave de ouro, com direito a Jun Senoue, compositor de diversas trilhas do Sonic – mostramos ele no relato BGS24 dia 3 no REVIL.

Dry Portes e Sonic Symphony

Entre encontros

Alguns abraços e menções, mesmo que virtuais, ainda valem ser dados. O João foi com uma máquina profissional para a BGS. Ao encontrar alguns colegas que produzem conteúdos de Resident Evil, fez alguns registros mais específicos que ainda não tínhamos compartilhado no REVIL. O pessoal do Resident Evil Project é um amor. Olha eles aí com direito à bonequinho de Karl Heisenberg.

Resident Evil Project

Em outras fotos, Gabriel Scórsin mostra que dá para se divertir com o boneco.

Jão também papeou um pouco com o pessoal do Evil Hazard.

Evil Hazard

E mais uma vez, Gabriel e Maria do Resident Evil Brasil. Falamos com eles durante um encontro entre os Capcom Creators do Brasil.

Gabriel e Maria do Resident Evil Brasil

Um até breve

A Brasil Game Show de 2025 já está confirmada. Ao que vivemos neste ano, a Equipe que esteve presente na BGS só tem a agradecer pelo carinho e recepção. Estar no evento me fez entender (eu, Ricardo) de que o REVIL segue no caminho certo como verdadeiro portal não só aos fãs de Resident Evil, mas para a comunidade que curte outros jogos da Capcom e de mais que temos tentado incorporar enquanto gamers.

Agora, quanto ao sentimento geral, o João resumiu bem em uma crônica que ele escreveu, narrou e postou no nosso Instagram:

Em nome da Equipe, obrigado por acompanharem a cobertura do REVIL!