A indústria de games caminha, em grande parte do tempo, de forma paralela à de iGaming. Existem algumas diferenças na dinâmica dos jogos em cada caso, mas os objetivos dos usuários são muito semelhantes, conseguirem um entretenimento de qualidade.
Atualmente, existe bastante em comum entre estes dois mundos. E os desenvolvedores de games vêm adotando cada vez mais as inovações do universo de iGaming — ou seja, de jogos de cassino online.
Isso não é mera coincidência. Pelo contrário, o que esses desenvolvedores buscam é aumentar o engajamento e monetizar os seus jogos, ao mesmo tempo que proporcionam experiências ainda mais imersivas. A seguir, vamos explorar algumas das inovações do iGaming que já estão chegando com tudo aos games mais populares.
Quando games e iGaming se cruzam
A indústria de iGaming vem se destacando como uma fonte impressionante de inovações nas últimas décadas. Ela começou com a missão de adaptar para o digital jogos e experiências conhecidos no mercado de cassinos físicos. No entanto, aos poucos, foi avançando e tornando-se algo diferente, cada vez mais repleto de elementos próprios e singulares.
Entre os elementos nos quais o setor de iGaming é pioneiro, estão mecânicas para retenção de usuários e monetização eficiente. Os jogadores costumam encontrar integração de moedas virtuais e algoritmos que adaptam o jogo ao perfil de cada usuário.
Também são comuns os sistemas de recompensas progressivas. Afinal, com dinheiro em jogo, os usuários buscam vantagens reais. A comparação dos melhores sites do Brasil em AskGamblers PT leva em conta muitas ofertas. Afinal, são incentivos que promovem o interesse dos jogadores pelas novas experiências numa plataforma online.
Os games tradicionais, com foco maior na narrativa, gráficos e jogabilidade, têm sido desafiados a encontrar formas de superar a concorrência num mercado cada vez mais disputado. Por isso, as técnicas de engajamento do iGaming acabam sendo um recurso valioso para aumentar a retenção e a receita. Isso ocorre, por exemplo, em jogos free-to-play, mas também nos games que incluem microtransações.
Técnicas de engajamento que fazem a diferença
Entre as formas de aumentar o engajamento em iGaming incorporadas, aos poucos, em games tradicionais, está a incorporação de mecânicas específicas para gerar recompensas aos usuários. Um exemplo? O uso de loot boxes (caixas com recompensas aleatórias) e battle passes (progressões com recompensas graduais).
Essas formas de recompensar os usuários são eficazes, porque os estimulam de maneira relativamente aleatória. Ou seja, fazem com que o jogador permaneça engajado com a expectativa de receber algo a qualquer momento — mesmo que o seu desempenho não esteja a ser dos melhores de sempre.
No caso das loot boxes, um bom exemplo é o de Overwatch, da Blizzard, que traz skins, emotes e sprays. Uma lógica semelhante ocorre no FIFA Ultimate Team, com os pacotes de jogadores aleatórios. Call of Duty: Warzone e Fortnite também têm sistemas de progressão com recompensas à medida que se sobe de nível.
Monetização e economia virtual geram debates
Outro aspecto bastante marcante na indústria de iGaming é a monetização dos jogos. Afinal, os usuários jogam por dinheiro, a não ser que se esteja no momento de experimentar determinado jogo em modo demo. Por isso, é importante ter sistemas modernos com moedas virtuais integradas aos jogos e sistemas de apostas.
Os desenvolvedores de games também vêm investindo bastante na monetização dos seus jogos. Isso ocorre por meio da incorporação de mercados internos e moedas virtuais, que permitem a compra de itens, desbloqueio de personagens e outras vantagens competitivas. Fortnite e Roblox, por exemplo, contam com economias virtuais complexas.
É possível ainda acrescentar mini-jogos ou eventos para apostas dentro do jogo principal. Inclusive, há o caso do GTA Online, que liberou um cassino com blackjack e roleta para os seus jogadores apostarem. O nome do estabelecimento é “The Diamond Casino & Resort”, e muitos usuários gostam de passar algum tempo por lá.
Isso levou a uma polêmica depois que mais de 50 países barraram o acesso ao cassino do GTA. Afinal, mesmo que o acesso ocorra apenas por meio da compra de fichas internas do jogo, o sistema de apostas em jogos de azar estaria infringindo algumas leis locais.
Blockchain e NFTs aproximam os dois universos
Outra tecnologia que vem sendo muito usada, tanto em games quanto pela indústria de iGaming, é a de blockchain.
No caso dos jogos de azar, ela permite que as plataformas ofereçam transparência e segurança a todos os seus usuários. Afinal, o registro dos resultados é verificável, e os jogadores podem conferir tudo o que ocorre no seu jogo preferido, garantindo que ele seja justo e transparente.
No universo dos games, a abordagem mais incrível nesse universo é a da aplicação de tokens não fungíveis (NFTs). Com a implementação de sistemas de propriedade digital, os desenvolvedores podem disponibilizar itens únicos dentro de um jogo. Isso inclui, por exemplo, skins, armas e terrenos virtuais. Um caso emblemático da utilização deste tipo de tecnologia é o do jogo Axie Infinity.
Muito a explorar
A aproximação entre o iGaming e os games ainda pode gerar muitos avanços. Afinal, as inovações encontradas em jogos de azar são, em grande medida, replicáveis nos games, desde que os desenvolvedores saibam como fazer isso de forma ética e inteligente. Por isso, a tendência é que surjam cada vez mais novidades nesse sentido.
Muito se debate se os jogos eletrônicos são obras de arte. Cada vez mais, games tradicionais e jogos de cassino incorporam gráficos avançados e outros elementos que surpreendem o público. No entanto, técnicas de engajamento e monetização ainda são especialmente relevantes para envolver os jogadores.