Centenas de e-mails e padrão de qualidade Capcom em Resident Evil (1996) e Resident Evil 2 para PC

A convite da GOG.com, a youtuber Suzi do canal @TheSphereHunter jogou Resident Evil (1996) e, também, Resident Evil 2 (1998) para PC antes do lançamento digital. Durante um vídeo, ela faz uma entrevista com um produtor e um chefe de negócios da plataforma. Os dois relatam parte dos desafios envolvidos ao trazer os clássicos em computadores mais modernos. Há menção à centenas de e-mails trocados entre GOG e a Capcom para chegar ao padrão de qualidade necessário para lançar os títulos.

 

Suzi começa o vídeo pontuando que a Capcom dá a impressão de se esquecer da própria história ao não dar acesso a jogos clássicos. Alguns deles estão disponíveis em consoles, como Resident Evil CODE: Veronica para PlayStation e Xbox, além de Resident Evil Operation Raccoon City – este último, mais acessível para Xbox. Mas há os que sequer chegam em demais plataformas digitais, como PC. Sobre os clássicos RE1, RE2 e Resident Evil 3, a iniciativa veio por parte da GOG.

Na entrevista, o chefe de negócios GOG, Bartosz Kwietniewski, disse que o primeiro passo foi convencer a Capcom de que eles poderiam trabalhar com a trilogia. Criaram e apresentaram para a companhia uma demonstração com alguns aprimoramentos do primeiro Resident Evil. O projeto foi aprovado e centenas de e-mails foram trocados para chegar ao padrão considerado alto de qualidade da Capcom.

Já o produtor GOG falou sobre os desafios na restauração de Resident Evil, que é baseado na versão lançada para Windows em 2005. Os principais vieram em vídeos e codecs, além na avaliação de bugs que poderiam ser considerados como legados do jogo. O resultado foi deixar RE1 o mais autêntico possível em relação ao seu original.

Ao que Suzi relata do que jogou de Resident Evil, na avaliação dela há problemas nas cutscenes que aparecem com framerate baixo, o que classifica entre 10fps/30fps – com atores e animações. Com relação à parte gráfica e de jogabilidade, além dos sons, a youtuber conta não ter visto problemas. É possível trocar para a versão do Japão, com o jogo virando “Biohazard”, além de configurar a proporção do jogo, o que pode deixar algumas imagens mais “pixeladas”. Suzi, no entanto, afirma que não é um incômodo grave e que o jogo é similar ao do PlayStation 1.

Por conta de ser baseada na versão Windows de 2005, RE1 tem como padrão Jill Valentine com uma dificuldade atenuada “easy”, a exemplo de não precisar de ink ribbon para salvar. A campanha de Chris Redfield é considerada difícil “hard”. A versão PC permite pular animações de portas e dá acesso a roupas e armas exclusivas.

Com relação à Resident Evil 2, a base é na versão original de PC, que chegou ao mercado em 1999, e não da Sourcenext de 2006. Sobre as cutscenes, Suzi diz que elas são melhores em relação à RE1 e consistentes com o que os jogadores veem dos gráficos in-game. No vídeo, a youtuber mostra um pouco da galeria, uma novidade apresentada na página de RE2 via GOG, cita os modos de jogo entre campanhas (Original, sem mira automática, e Arrange, com mira automática e alteração no posicionamento de itens) e os extras que serão acessíveis desde o começo.

Resident Evil 2 – GOG launcher

Suzi não jogou Resident Evil 3 por ainda estar em processo de desenvolvimento, mas garante que GOG está fazendo um bom trabalho a julgar pela qualidade de RE1 e RE2.

O chefe de negócios GOG, Bartosz Kwietniewski, agradeceu o apoio da comunidade e alertou que a plataforma trabalha conforme o interesse de preservação. Um dos exemplos apontado entre a Equipe REVIL é Silent Hill 4: The Room. Ao final do vídeo, Suzi sugere que Resident Evil Survivor é outro que também possui uma versão para PC.

E você? Quer ter outro jogo lançado como forma de preservação para PC??