Assim como o Dino Crisis 1, que teve análise publicada no REVIL, como parte da casadinha dada pela GOG.com, Dino Crisis 2 foi trazido para os dias modernos de forma totalmente inesperada. Devo confessar que sou suspeita aqui, pois o Dino 2 é o meu favorito, apesar da pegada mais ‘arcade’ e menos survival. Acho que ele é muito divertido!
Da mesma maneira que fiz na análise do Dino 1, vou me ater aqui ao que vi de diferente entre a versão de PC e a de PlayStation 1 de Dino Crisis 2. Dito isso, também não vejo que cabe a mim apontar pontos positivos e negativos do porte GOG, já que o que vai valer de fato é a experiência de cada um com essa joia da Capcom, né? Isto posto, partiu!
Essa é a única compra casada que o CDC permite
Como comentei lá em cima, e também na análise do Dino 1, recebemos esse presentaço da plataforma GOG no início de 2025: Dino 1 e Dino 2 repaginados para rodar em PCs modernos. Detentores do selo: preserved old game by GOG, assim como o Dino 1, Dino 2 recebeu o devido carinho e atenção graças à Dreamlist GOG, na qual a plataforma abre votação do público de jogos clássicos que merecem voltar na era moderna (ATENÇÃO AMANTES DE RESIDENT EVIL CODE: VERONICA!!!! NA LISTA GOG ELE TÁ BEM COLOCADO, VIU?). Lembrando que os portes da trilogia clássica de Raccoon City lançados em 2024 também faziam parte da Dreamlist e, no momento que eu escrevo essa análise, Breath of fire IV foi resgatado pela GOG e relançado na plataforma. Então, fica aí a dica: votem nos jogos que merecem uma roupa nova.
No caso da duologia Dino Crisis (assim como não falamos do Bruno, não falamos de Dino 3), GOG lançou um pacote (bundle) com os dois jogos e os Dinos 1 e 2 separados. Ambas as opções estão disponíveis a um preço módico e razoável para um porte de um jogo lançado no final da década de 90 – compre o pacote clicando aqui, ou os jogos individuais: Dino Crisis 1 e Dino Crisis 2.
Uma hamonização facial que deu certo
Aqui vai uma coisa que me chamou a atenção no porte GOG do Dino 2: é exatamente como se fosse a versão do PlayStation 1! Pera que eu vou explicar…
Assim como Dino 1, o jogo abre direto, sem aquelas telas de iniciador, mas entre os portes GOG que testei até agora, o que mais chamou a atenção é que o Dino Crisis é o único que me deu a sensação de estar jogando no PS1. Ao contrário do Dino 1 (assim como o Resident Evil 1, Resident Evil 2, Resident Evil 3 Nemesis), os modos extras e nem roupas vêm desbloqueados, mas há a adição da dificuldade fácil, não qual a versão do PS1 não tem (sim, tive que montar meu PS3 e abrir o jogo para conferir se tinha o modo fácil e, como ainda não estou doida, tive a certeza que não tinha hahahaha).
Dito isso, e antes de compartilhar o que senti rejogando o Dino 2, faço questão de colocar aqui nas minhas análises de PC o meu setup, um notebook gamer de configuração mediana. Não é a configuração mais atualizada, mas, assim como foi com o Dino 1, o jogo roda sem nenhum problema, sem gargalos e nem quedas de frames. Também não encontrei nenhum bug.
Assim, como falei lá em cima, o Dino Crisis 2 para PC (que foi a versão que GOG trabalhou no porte, originalmente lançada em 2000) é quase a mesma coisa que a versão do PS1, tirando a adição da dificuldade fácil (que não tem no PS1). Confesso que não vi necessidade de testar esse modo fácil, já que o modo normal do Dino 2 é como o modo normal do RE2 de 98, que é uma delícia de jogar, te desafia e você não vai passar raiva (ao contrário do Dino 1, onde há raiva bem cultivada durante a jogatina, mas mesmo assim você se diverte). Tive uma sensação nostálgica sem precedentes em rejogar esse bebê que é um dos meus favoritos do PS1.
Agora posso dizer o porquê do título dessa sessão (hahahaha). Tal qual como é a versão do PS1, cujo modo extra (o coliseu) você só vai liberar na primeira jogatina, o time GOG deu aquele trato na resolução, som e animações do game. Como o jogo já era bem a frente de seu tempo, lá nos anos 2000, sendo um das últimas levas lançadas para o PS1, já era bem bonito para a época (até mais que o RE3 Nemesis). Assim como o RE3 era fluido e tinha imagens e cores vivas, além de CGIs bem feitas pra época, o Dino 2 também seguiu essa fórmula. No caso no porte GOG, isso também foi bastante melhorado, sem contar com a jogabilidade gostosa tanto para os controles quanto para o teclado.
Outra coisa foi o tratamento que GOG deu às fontes (sim, os textos in game) do jogo, que são novinhas , deixando os textos e arquivos mais fáceis de ler. Os responsáveis pelo lançamento também deram uma boa limpada nas imagem e cutscenes, deixando-as quase imperceptíveis de pixels. Assim como no RE3, podemos pular cutscenes e animações, mas não dá pular as portas. Outra coisa que notei são os loadings das portas mais rápidos que no Dino 1 (diferença pouca, mas dá pra notar). No mais, a jogabilidade está como eu já me lembrava no PS1: uma delícia, fluída e sem queda de frames. É como se eu estivesse rejogando a versão de PS1 em um PlayStation 4. Gostei muito disso.
E agora? Será que teremos os refrescos??
Ao contrario do Dino 1, cuja as adições da versão de PC portada pelo time GOG aumentaram o fator replay, no caso do Dino 2, ele se faz pela simples vontade de rejogar o pegar tudo que o jogo te oferece, fora que o Coliseu é um dos poucos modos extras que eu me acabo de jogar porque é muito divertido. Mas, como eu disse lá em cima, o que vai valer é a sua experiência.
Me repetindo aqui o que comentei na análise do Dino 1, mesmo que seja um jogo de lançado em 2000, é nítido e satisfatório o empenho GOG em proporcionar uma jogatina fluída e descomplicada para os PCs modernos, seja no teclado ou no controle, com zero burocracia. Também não tive acesso à versão de PC à época de seu lançamento e posso dizer com segurança que essa versão GOG também me deixou bem satisfeita, já que eu só joguei a versão de PS1 (no PS3) e foi uma experiência nostálgica muito reconfortante.
Dino Crisis 2 foi lançado para PC via GOG em 29 de janeiro de 2025.
