Arte: Frank Alcântara

Análise – Monster Hunter Rise: Sunbreak – PlayStation 5

Monster Hunter Rise é um grande sucesso por onde passa. Lançando em 2021 para Nintendo Switch, chegando aos PCs (via Steam) em 2022 e aos consoles Xbox e PlayStation em 2023, o jogo continuou seu rastro de acertos, consolidando de vez como uma das principais séries da Capcom no ocidente.

A franquia, que também é conhecida por suas expansões massivas, acaba de disponibilizar a DLC Monster Hunter Rise: Sunbreak no Xbox One e Xbox Series S|X e PlayStation 4 e PS5. A Capcom Brasil nos cedeu gentilmente uma chave de acesso da expansão para o REVIL – no qual agradecemos – e, nos últimos dias, joguei e analisei a versão de PlayStation 5. Após horas de jogatinas, venho aqui contar a minha experiência sobre essa expansão que promete ser tão grande e diversificada quanto o jogo base. Arrume os seus itens, suas armas e vamos lá!

Antes de tudo, fica o aviso: para jogar Sunbreak você precisa ter zerado a campanha do jogo principal e chegado no rank mestre para, assim, poder desfrutar das novas áreas da DLC e enfrentar os novos e velhos monstros em um rank de dificuldade bem maior. A nova campanha é de fato tão grande quanto a do jogo base e, como já é, pode ser considerada praticamente um jogo novo, assim como foi com a expansão Iceborn de Monster Hunter: World, jogo que antecedeu o Rise.

Como World é o jogo mais próximo de Rise, é complicado não fazer essa comparação direta, principalmente porque a Capcom decidiu tomar caminhos diferentes na forma de apresentar o conteúdo novo. Em Iceborn, os monstros novos são apresentados logo de cara nas missões da história. Em Rise temos o oposto. Aqui você irá enfrentar inimigos já antigos em uma dificuldade maior durante um tempo, até os monstros novos aparecerem, mas isso será aos poucos. Embora o número de criaturas adicionadas e variações de outros monstros também seja bem grande, é meio frustrante ter que fazer várias lutas que você provavelmente já estava cansado de fazer na campanha anterior para “farmar” um bom equipamento. Ter que fazer isso novamente de cara, para assim poder enfrentar monstros novos, é um pouco cansativo. Porém, assim que as novidades começam a aparecer, fica realmente interessante. E é aí que Sunbreak mostra de fato ao que veio.

As criaturas novas são incríveis, rendendo batalhas inesquecíveis e momentos que certamente vão ficar marcados na mente de quem estiver jogando. Em diversos momentos, me vi embasbacado e completamente imerso na luta. Por mais que Monster Hunter seja uma repetição, uma luta sempre acaba sendo diferente da outra e isso contribui muito para seu aprendizado quanto jogador, o que não é diferente em Sunbreak. Porém, como esperado, a dificuldade é um pouco elevada, então é recomendado estudar bem seu adversário e sua arma para ter uma batalha mais tranquila e divertida. Em termos de diversão e variedade, não houve um momento que Sunbreak me deixasse na mão.

Houveram também mudanças de qualidade de vida para o jogo que são muito bem vindas, corrigindo pequenos problemas que outrora poderiam atrapalhar alguns jogadores, o que mostra que a Capcom está atenta aos detalhes da experiência geral de seus consumidores, e isso é ótimo. Outra melhoria que por mim foi bem celebrada, é que algumas missões que poderiam ser feitas apenas em modo single player na campanha principal, agora também são feitas em modo coop, que é o grande atrativo do jogo. Chamar seus amigos para uma caçada em conjunto sempre foi um dos pontos altos da série e nessa expansão a Capcom encontrou o equilíbrio perfeito, pois é sempre bom dar opções aos jogadores.

Uma das grandes vantagens de jogar Rise em plataformas como o Xbox Series X|S e PlayStation 5, é poder desfrutar de diversas opções interessantes, como o modo de 120 FPS e 4K nativos rodando a 60 FPS. E foi exatamente nessa última opção que pude desfrutar do jogo em meu console e foi incrível. Tecnicamente falando, o jogo é um espetáculo, muito por sua ótima otimização e utilização dos recursos da RE Engine. É uma experiência das melhores que já tive com a série nesse quesito e isso tudo é potencializado pela excelente direção de arte presentes no jogo base e na expansão. É um jogo lindo em todos os sentidos e o 4K é mais lindo ainda. Se for o seu caso, jogue em 4K sem medo, compensa cada momento investido.

Monster Hunter Rise: Sunbreak cumpre o seu propósito e entrega uma expansão realmente a altura do jogo e da série. São horas e horas de diversão com uma variedade imensa de conteúdo que vale seu investimento. As novas criaturas são incríveis e as melhorias de qualidade de vida do jogo em geral são um grande acerto. O único pesar mesmo fica a cargo da forma em que o novo conteúdo é apresentado, o que pode ser cansativo no início da jornada. No mais, Sunbreak é um DLC que pode ser considerado praticante um jogo novo de tanto capricho colocado pela desenvolvedora.

 

Monster Hunter Rise e a expansão Sunbreak estão disponíveis para Xbox One, Xbox Series S|X, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC (Steam).

Este conteúdo contou com revisão de João Alves

Pontos Positivos:
Variedade de monstros novos;
Lutas magníficas e divertidas;
Muito conteúdo e melhorias pontuais.
Ponto Negativo:
A forma de apresentar o novo conteúdo pode ser frustrante no início.
8.5