Além da demonstração exclusiva de Claire Redfield, o REVIL foi até a capital paulista a convite da Capcom Brasil para jogar Devil May Cry 5, que esteve disponível pela primeira vez também durante a Gamescom, na Alemanha. Tivemos acesso a um trecho da campanha de Nero e por 15 minutos passamos pela experiência de matar alguns demônios e ouvir a música tema “Devil Trigger” no volume máximo.
Porradaria: A essência de Devil May Cry
A franquia Devil May Cry se consolidou na época do Playstation 2 e graças a isso, o gênero Hack’n’Slash se popularizou ao longo dos anos. Todos que tiveram a oportunidade de jogar qualquer título da franquia sabem que o carro chefe é a ação frenética e a satisfação de passar horas esmagando os controles sem se preocupar muito com o desenvolvimento da história. Se você espera um game com uma mecânica que envelhece muito bem a cada jogo lançado da franquia, pode comemorar!
Devil May Cry 5 une o melhor dos dois mundos entre os quartos jogo da franquia e DMC – jogo não canônico desenvolvido pela Ninja Theory. Ele proporciona uma satisfação inexplicável de fazer combos e a cada ataque sincronizado com o arsenal disponível, o tema “Devil Trigger” toca mais alto!
As armas são as mesma de Nero em Devil May Cry 4: Red Queen, Blue Rose e Devil Breaker – braço mecânico do personagem. Só que desta vez, meu amigo, a Devil Breaker está sedenta por ação! Logo nos momentos iniciais da gameplay você enfrenta alguns monstros, e o braço desenvolve um papel fundamental nos combos, diferente do último título numerado da franquia, onde a Devil Breaker era um braço demoníaco e não exercia tantas funções quanto este mecânico do novo jogo.
Red Queen, a espada de Nero, está similar ao game anterior, você pode “acelerar” a arma do mesmo jeito e consegue fazer combos incríveis com ela. Blue Rose, a pistola, teve uma melhora notável se comparada aos outros jogos da série e exerce um papel essencial nos combos, já que agora parece machucar muito mais os monstros com seus tiros pesados, e também é possível tornar o tiro mais potente, basta segurar o botão do controle e pronto, um tiro similar ao de um canhão faz um estrago absurdo nos inimigos.
Talvez o ponto chave aqui seja realmente a Devil Breaker. As outras armas em conjunto com este braço mecânico, deixa Nero implacável, literalmente. Antes, com o braço demoníaco era possível apenas puxar os monstros para si e encaixar ele em qualquer combo, agora as coisas mudaram – e pra melhor. Com o novo brinquedo de Nero é possível criar campos magnéticos com raios lindos de se ver, puxar os inimigos como antes e o melhor de tudo: É possível atirar o braço nos inimigos! O braço possuí 4 cargas, o jogador pode utilizar do jeito que bem entender no meio dos combos e causar uma explosão de brilhar os olhos. Logo após gastar as 4 cargas, você as recupera aleatoriamente no cenário, recuperando as partes das mesmas.
Os combos, como dito acima, estão super sincronizados e fluídos. A mecânica leve e precisa torna a jogabilidade muito agradável e o melhor de tudo: a câmera é livre, diferente dos jogos anteriores, o personagem não fica mais “travado” apenas olhando pra frente e agora é possível controlar a direção da câmera, o que deixa as batalhas menos cansativas e frustrantes. Para o jogador não se perder basta apertar R1/RB e o foco vai direto para o inimigo.
Graficamente falando…
Mais uma vez a Capcom acertou na mão ao utilizar do poder gráfico de RE ENGINE, a mesma ferramenta utilizada em jogos como Resident Evil 2 e Resident Evil 7. A riqueza nos detalhes – tanto dos personagens quanto o ambiente – é de babar a cada pixel.
Jogamos a demonstração em um Xbox One X – atualmente o console com a maior potência gráfica do mercado – e talvez o poder do aparelho tenha sido o principal “culpado” pela qualidade absurda dos gráficos do jogo. A qualidade era em 4K e estava com 60 FPS cravado, em momento algum houve queda, até mesmo nas batalhas entre os chefes – que é mais comum haver uma pequena quedinha, mas a qualidade não foi diminuída. A sensação que eu tive jogando era de que uma pessoa real estava ali fazendo todas aquelas acrobacias e matando os monstros.
Os monstros parecem mais intimidadores, e o boss – disponível na DEMO – ocupava grande parte da tela, deixando Nero parecendo uma formiguinha se comparado ao tamanho colossal do inimigo. Algumas partes do ambiente podem ser destruídas e até mesmo as Orbs foram totalmente remodeladas, agora com uma cara real de um demônio.
Um detalhe, que não atrapalha em nada na experiência mas me incomodou um pouco, é a interface. O sistema é bem parecido com os jogos anteriores, mas neste game essa característica está um pouco poluída demais. Em determinados momentos, enquanto você está fazendo algum tipo de combo, a tela fica com excesso de informação por conta dos efeitos de partículas, dos efeitos das armas e da destruição do ambiente em si. A vida e a barra da Devil Breaker possuem uma espécie de vidro estilhaçado nos cantos da tela e isso me deixou um tanto desconfortável.
Impressões da demonstração
Infelizmente, foram só 15 minutos de demonstração. Se levarmos em consideração que a experiência deveria ser exclusiva da Gamescom, mas tivemos acesso no Brasil, já mostra um avanço e tanto em relação à preocupação da Capcom Unity com o País. Pouco se mostra sobre o real propósito da história, mas podemos chegar a algumas conclusões:
- Nero e Nico (moça tatuada de óculos que apareceram nos trailers) são fiéis escudeiros uns dos outros. Nico provavelmente irá servir como personagem de suporte ao longo da jogatina que inclusive, em determinados pontos do mapa, é possível entrar em uma espécie de cabine telefônica e ligar para a moça, que aparece rapidamente com sua van e o icônico LED escrito “Devil May Cry“
- Não se sabe ao certo o motivo dos monstros aparecerem, ao que tudo indica, uma espécie de árvore demoníaca invadiu o centro da cidade – que lembra bastante Londres – e está causando o caos, e cabe ao nosso herói salvar o dia, mais uma vez.
- Nero está mais bem humorado e menos ranzinza. Está cheio de piadas e com uma personalidade bem parecida com o jovem Dante em Devil May Cry 3.
- Por falar em Dante, o novo trailer da Gamescom mostra um pouco a incrível jogabilidade do personagem, inclusive indica que sua moto será sua arma, sim gente, olha só que coisa absurdamente doida. No entanto, infelizmente não tivemos a oportunidade de encontrar Dante ou muito menos jogar com ele na demonstração, mas tirando algumas conclusões de acordo com o que vimos no trailer, ele vai exercer um papel fundamental na trama.
Eu particularmente amei ter tido esta oportunidade de jogar a DEMO. Sou fã assíduo da franquia desde 2005, quando o terceiro título foi lançado. De lá pra cá, sempre joguei e apreciei os games da franquia (só não jogava no modo Dante Must Die, pois queria preservar minha saúde mental).
Posso dizer com toda certeza: mais uma vez, no mesmo ano, a Capcom está impressionando. A qualidade, tanto gráfica quanto de jogabilidade, estão impecáveis. O hype só aumenta para podermos voltar ao controle de Nero. Vale destacar que a demonstração do título já se encontrava localizada com a legendas em português do Brasil, que inclusive está impecável!
Marcelo, colaborador do REVIL, também teve a oportunidade de jogar a demonstração. Como ele não é muito familiarizado com a franquia comentou que os controles estão simplificados e facilitam demais a criação de combos rápidos e potentes até para iniciantes, que é seu caso. Ele também considerou a história criativa, envolvente e que Nero é um personagem super carismático e irônico. Em sua opinião, o único defeito da demo é ser curta demais. Ele agora está contando os dias para o lançamento do jogo.
- Leia também: Produtores de Resident Evil 2 e Devil May Cry 5 vão estar presentes na Brasil Game Show
O REVIL gostaria de agradecer a Capcom Brasil, a WB Games Brasil, e especialmente o Fabio Santana, Dennys Michelassi e o Ruan Segretti pela oportunidade. Ficamos muito gratos e felizes de nosso trabalho estar sendo reconhecido por profissionais tão competentes!Devil May Cry 5 será lançado no dia 8 de março de 2019 para PlayStation 4/PS4 PRO, Xbox One/Xbox One X e PC (Steam). No Brasil, somente as versões de consoles serão distribuídas de forma física pela WB Games. O título chega ao País com legendas em português.