Análise – Resident Evil 5 (Nintendo Switch)

RESIDENT EVIL… “FAIVI”… (leia na voz do narrador).

Só de ler essa frase e ouvi-la na mente já começamos a nos lembrar da época em que vivenciamos, pela primeira vez, um jogo da franquia em modo cooperativo online deixa o Outbreak de lado um pouco, né?. Foram horas e horas de jogatina curtidas com os amigos distantes, consagrando um novo marco em Resident Evil.

Resident Evil 5 ainda tem muito o que viver, pois o título finalmente fez a sua estreia em um console Nintendo. Originalmente lançado em 2009 para Playstation 3 e Xbox 360 – e com versões em seus sucessores – é a vez, agora, do Nintendo Switch!

Sempre é bom lembrar: a análise pode conter spoilers – mesmo para um jogo de dez anos atrás. Então aos iniciantes, leiam por sua conta e risco!

O INÍCIO DE TUDO – MY NAME IS CHRIS REDFIELD

Sabemos que muito dos fãs já conhecem o enredo desse querido game há anos – até com trechos decorados só faltando fazer teatro disso – mas é legal poder levar aos novos Survivors informações sobre o caos em solo africano pela primeira vez.

Toda a trama de Resident Evil 5 se passa no ano de 2009 – cerca de 5 anos após os acontecimentos de Resident Evil 4 – quando o icônico protagonista Chris Redfield, agora trabalhando na B.S.A.A. – Bioterrorism Security Assessment Alliance (ou em uma tradução livre Aliança de Avaliação de Segurança em Bioterrorismo) é despachado para a fictícia região africana de Kijuju.

Ele se encontra com uma agente local, Sheva Alomar, e inicia sua missão de apreender o bioterrorista Ricardo Irving. Só que a missão alcança patamares absurdos em minutos: vários outros membros da B.S.A.A. morrem em atividade e os habitantes locais se mostram extremamente agressivos e violentos devido a já infecção por parasitas derivados da Las Plagas (que aparece na história de Resident Evil 4), os transformando em Majini.

Durante a jornada de Chris e Sheva, uma sombra do passado de Redfield que supostamente estava morta surge entre os cenários: Jill Valentine, que é controlada por aquele homem de óculos escuros. Já deu para sacar, né?

JOGO CLÁSSICO, MAS COM UMA PEQUENA NOVIDADE – ROGER!

Resident Evil 5, como já citado no começo dessa análise,  nunca apareceu em um console da Nintendo antes, mas dessa vez até recebeu uma pequena adição: é possível jogar com controles de movimento.Resident Evil 5 Nintendo Switch Joy ConOs comandos – apresentados em notificações simples antes do início do jogo – envolvem balançar os Joy-Cons, algo similar ao experimentado com Resident Evil 4, lançado no Nintendo Wii. Em Resident Evil 5, movimentar o controle enquanto encontras um alvo lhe permite mirar ao estilo de um mouse – a sensibilidade é ABSURDA, por isso recomendo configurar a sensibilidade em 25%. Eu, com meu Parkinson precoce, jogando com 50% de sensibilidade, acabei assim:

Chacoalhar o Joy-Con direito na horizontal é para uso da “Faca Rápida”, balançar o Joy-Con direito para baixo inicia uma “Recarga Rápida” e chacoalhar o Joy-Con esquerdo na horizontal apresenta o mesmo efeito de girar a alavanca nos QTEs (Quick Time Events) quando está escapando de ataques inimigos – e é possível combinar isso com a própria girada na alavanca, duplicando a efetividade do comando.

Resident Evil 5 possui um manual interno, onde apresenta todos os comandos, que não são nada diferentes das outras versões já lançadas para outros consoles.

Minha única “reclamação” é que o botão para comandos de parceiro é o “A”, um botão típico para “confirmações” em games Nintendo desde o Nintendo 64. Nos seus colegas da Sony e Microsoft tal botão é no “Bolinha” (Playstation) ou “B” (XBox), botões tipicamente usados para “cancelamentos”, o que causou uma breve confusão nos primeiros minutos de jogatina. MALDITA MEMÓRIA MUSCULAR!!!

Ademais, Resident Evil 5 é exatamente igual ao a sua versão Gold Edition, trazendo os cenários extras Lost in Nightmares e Desperate Escape, o Versus Mode, No Mercy e o modo Mercenaries United (primeiramente adicionado quando o jogo recebeu sua versão para Playstation 4 , Xbox One e PCs), adicionando Barry Burton, Rebecca Chambers, Excella Gionne e Josh Stone como personagens jogáveis.Resident Evil 5 Nintendo Switch Mercenaries UnitedTambém adiciona os trajes alternativos Warrior e Heavy Metal para Chris; e Business e Fairy Tale para Sheva.
E para alegria de muitos jogadores, assim que você ativa para usar um traje extra com o personagem escolhido, ele aparecerá na cutscene do jogo!

As partidas online trazem um diferencial e tanto ao jogo, desde suas versões anteriores. É possível fazer um gameplay cooperativo (com multiplayer local e online da franquia). Mas atenção, por que o jogo online exige assinatura do serviço Nintendo Switch Online.Resident Evil 5 Nintendo Switch Chris RedfieldEmbora o Nintendo Switch não tenha um sistema de conquistas, os jogos da Capcom lançados no console tem seus próprios troféus internos, que são exatamente os mesmos encontrados nas versões anteriores também.

RESIDENT EVIL 5, AGORA ATÉ EM MODO PORTÁTIL – TO ENSURE GLOBAL SATURATION!

Não é a toa que Resident Evil 5 é o jogo mais vendido da franquia – e o segundo mais comercializado da Capcom no geral. O título não envelheceu nada e continua maravilhoso no Nintendo Switch. Seja no modo Dock ou portátil, a experiência de impedir a saturação global continua única e extremamente satisfatória radical mesmo é impedir o bioterrorismo enquanto eu “saturo” a minha privada jogando no modo portátil.

Um dos pequenos defeitos é que os controles padrões dos Joy-Cons – fora do modo portátil – não são totalmente otimizados para jogos de tiro, por isso recomendo jogar com um Pro Controller caso deseje jogar na tela grande/Dock – o “baque” disso é facilmente perceptível quando se deseja jogar uma partida séria no modo Mercenaries.

Um pequeno diferencial interessante do modo portátil é a possibilidade de jogar em multiplayer local sem a necessidade de recursos online ou divisão de tela caso cada jogador tenha seu próprio Nintendo Switch e uma cópia do jogo.

Isso funciona super bem nesse Resident Evil 5 que, ao menos na minha opinião, não apresenta perda alguma graficamente se comparado ao port que chegou ao Playstation 4 e Xbox One. O jogo impressiona principalmente no modo portátil.

Mesmo para quem já jogou inúmeras vezes, a portabilidade que o Nintendo Switch oferece traz ao jogador uma experiência totalmente nova, fazendo o jogador ainda pensar em como passar alguma parte do jogo com os controles de movimentação, por exemplo. A dinâmica de ter mais de um personagem controlável ou até mesmo na tela, torna esse desafio ainda mais divertido.

VALE A PENA? – WE ARE PARTNERS UNTIL THE END!

Resident Evil 5 é uma boa pedida para a biblioteca do Nintendo Switch. É uma ótima opção tanto para iniciantes tanto para veteranos da franquia. A portabilidade torna o jogo um must have!

O jogo possui uma demo para download na eShop e está disponível para ser adquirido em sua versão completa por 29.99 dólares (cerca de R$ 125). O título ocupa 18,6 GB do Nintendo Switch.

Resident Evil 5 também está presente em uma versão física chamada Resident Evil Triple Pack – com Resident Evil 4 (em cartucho) e RE5 e RE6 (via código para download na eShop).

Resident Evil Triple Pack Nintendo Switch

E que tal socar algumas pedrinhas novamente? Essa é uma das partes mais icônicas do jogo!

Análise feita em conjunto por Paloma Cristini e Aluísio Teixeira. Todas as imagens e vídeos de Resident Evil 5 usados na análise foram retirados do game rodando no Nintendo Switch

O texto não representa a opinião do REVIL como um todo e sim dos autores da análise.

Reader Rating7 Votes
9.5
Ótima portabilidade para o Nintendo Switch;
Várias opções de multiplayer, online e offline;
Todo conteúdo extra já incluso;
Conquistas internas para jogadores mais "hardcores".
A inteligência artificial de companheiros controlados pelo computador continua horrível;
Joy-Cons são um modo de jogar visivelmente inferior comparado ao Pro Controller, embora não tão intenso quanto “joystic VS mouse e teclado em jogo FPS.
9