Que o Leon S. Kennedy é conhecido por sua franja indestrutível, isso todo mundo já sabe, porém parece que o protagonismo do policial continua totalmente na ativa.
Com o lançamento do remake de Resident Evil 4, em março, e confirmação do longa em CGI Resident Evil: Death Island, vamos recapitular toda a passagem de Leon na franquia comigo?
Tive essa ideia a partir de um post no blog oficial da franquia e aproveitarei o espaço para contar aqui, juntamente com um resumo, toda a minha experiência e expectativas para essa nova linha na história do meu personagem masculino favorito.
Resident Evil 2
Puxando um remake do game original de 1998, presenciamos Leon S. Kennedy se dirigindo para o que seria seu primeiro dia de trabalho na Delegacia de Polícia de Raccoon City (R.P.D.), porém ele acaba se encontrando já no apocalipse zumbi de Raccoon City. Nessa jornada, conhece figuras femininas que ficariam eternizadas na sua história – Claire Redfield, Ada Wong e Sherry Birkin. Ele se junta a elas para tentar escapar da cidade cheia de aberrações, descobrindo no caminho todo o envolvimento da famosa empresa farmacêutica Umbrella Corporation nas atrocidades que aconteciam na cidade.
Minha experiência: O game original foi meu primeiro contato com Resident Evil e isso me marcou para sempre (tanto é que estou aqui rs). Ver todo o cenário da minha infância remodelada na geração atual, o personagem que mais amo totalmente realista e, claro, aquele hall de entrada da R.P.D., que é meu cenário favorito deu uma emoção sem tamanho. Tive a oportunidade de agradecer pessoalmente o produtor Yoshiaki Hirabayashi em sua passagem aqui pelo Brasil na BGS 2018!
Resident Evil 4
Teremos aqui o remake do game original lançado em 2005, sendo um dos únicos da franquia a levar o famoso prêmio Game of The Year em seu ano.
Leon S. Kennedy volta a ativa, seis anos após se tornar um dos poucos a sobreviver a tragédia em Raccoon City. Com suas habilidades e experiências, saiu do posto “novato” e se tornou um agente do governo americano. Sua mais nova missão é resgatar a filha do presidente dos Estados Unidos, Ashley Graham, levando o agente a um pacato vilarejo na Europa, onde sua mais nova experiência com armas biológicas está prestes a começar.
Minha experiência: O Resident Evil 4 original de 2005 foi meu primeiro game que finalizei por inteiro, do início ao fim, sofrendo nos inimigos, puzzles e aguentando a Ashley rs. E, claro, foi onde me apaixonei pelo agente loirinho de franja indestrutível! Aqui eu comecei a perder meu medo em geral em fracassar, morrer e demais obstáculos que fazia eu desistir de jogar um game. Por isso então RE4 é totalmente especial para mim, em um lado pessoal.
Quando o trailer gameplay do remake foi anunciado, eu simplesmente chorei ao ver a cabana inicial. Então sim, estou totalmente ansiosa para ver os novos locais e os antigos, totalmente remodelados com essa maravilha que é a RE Engine, e estou extremamente ansiosa para ver todas as novas mecânicas nesse game que é um dos meus favoritos para PlayStation 2 e que sei jogar de trás pra frente até hoje! E, claro, ansiosa demais em ver toda a nova dinâmica com o nosso querido vendedor ambulante!
Além disso, ver o Leon com uma expressão mais depressiva e traumática devido aos acontecimentos de Raccoon City será a adição que Resident Evil 4 precisava e quero muito ver como isso será explorado no remake.
Resident Evil – Degeneração
Sendo o primeiro filme em CGI cronológico de Resident Evil, lançado em 2008, Resident Evil – Degeneração conta a trama da cidade de Harvardville, que começa a ter ataques e surtos de pessoas contaminadas pelo T-Vírus. Leon S. Kennedy é designado a prestar ajuda na contenção de armas biológicas no aeroporto da cidade, ponto inicial do ataque, e devido toda sua experiência em combate ajuda as autoridades local. Nisso, acaba reencontrando Claire Redfield e, juntos, começam a investigar os possíveis responsáveis por trás dos ataques, indo de suspeitas de terrorismo até envolvimento da farmacêutica Wilpharma em conjunto com o mercado negro.
Minha experiência: Lembro que no mês que lançou esse filme aqui onde eu moro, eu ficava indo na locadora de vídeos todo santo dia para ver se estava disponível para alugar (isso nem existe mais né rs). Quando consegui, aluguei o DVD por três dias e não parei mais de assistir até entregar de volta. Ter um material da franquia 100% dublado foi sensacional! Ver o retorno de Leon e Claire trabalhando juntos, com até a aparição importantíssima da história remanescente de Raccoon City e a volta do foco no G-Vírus foi maravilhosa. Não gostei de ver o Leon beijando outras bocas, mas isso a gente deixa passar…
Resident Evil: No Escuro Absoluto
Na primeira série em CGI, que estreou na Netflix em 2021, temos a volta de Leon S. Kennedy juntamente com Claire Redfield na investigação de um possível ataque terrorista na Casa Branca, onde Leon tenta descobrir como e quem hackeou os arquivos secretos do governo americano, levando até zumbis lá. Enquanto isso, Claire tenta relacionar esse ataque com o que ela presenciou em um desenho de um refugiado da guerra no Penamistão.
Minha experiência: Estava bem animada quando anunciaram essa animação cronológica para a franquia. Iria rever a duplinha que amamos desde Raccoon City, e até tinha feito uma análise do trailer para o REVIL quando foi anunciado relacionando-o a algumas pistas que indicavam que os criadores poderiam voltar a focar nos pontos chaves mostrados em Resident Evil 2, como G-Vírus e seus embriões, por exemplo. Infelizmente nada disso aconteceu e, particularmente, achei Resident Evil: No Escuro Absoluto totalmente mediano e desnecessário.
Resident Evil – Condenação
Com o segundo filme em CGI lançado em 2012, voltamos a ter Leon S. Kennedy em foco trabalhando numa investigação de suposto uso de armas biológicas na guerra civil na República da Eslováquia, recém país independente. Os Estados Unidos enviaram o agente em campo para tentar descobrir e parar qualquer atividade de B.O.W. suspeita, mas devido circunstâncias governamentais, o país pediu retirada imediata de Leon do país. Contrariando as ordens, Leon permanece por lá, onde reencontra traumas passados – uma nova variante de Las Plagas e, claro, a dama de vermelho Ada Wong.
Minha experiência: Sem dúvida alguma, esse é e continua sendo meu filme favorito de toda a franquia (toda mesmo!). Ter o Leon naquela qualidade CGI foi um sonho de fã realizado! Toda a trama contada cronologicamente encaixa perfeitamente na franquia. A meu ver, o ponto chave foram a volta do Leon a enfrentar Lickers e até o “Mr. X melhorado”. E sinceramente? Ainda tenho minhas dúvidas se aquela de vermelho era Ada Wong ou Carla Radames (sim, sou lerda e pesquiso sobre isso até hoje rs).
Resident Evil 6
O segundo game trazendo uma jogatina em cooperação na franquia mostra Leon S. Kennedy ainda trabalhando diretamente com o presidente dos Estados Unidos, dez anos após o incidente de Raccoon City. Uma onda de horror biológico toma conta da Universidade Ivy, na cidade de Tall Oks, pouco tempo antes do discurso em que o presidente Adam Benford iria revelar toda a verdade sobre o que aconteceu em Raccoon. Trabalhando juntamente com outros agentes, Leon percebe que a escala de ataque bioterrorista, no momento, está se espalhando pelo mundo, e segue assim na sua investigação em escala global.
Minha experiência: O que lembro na época é que fiquei horas baixando a demo de Resident Evil 6 para jogar e ver a nova mecânica do game, experimentando até a nova parceira do Leon. Quando lançou, joguei horas e horas aproveitando o cooperativo e, para mim, o ponto chave foi o tão esperado encontro de Leon S. Kennedy e Chris Redfield. O PODER DO PROTAGONISMO rs! . Fora isso, eu ainda jogo o game e gosto bastante, MAS só o cooperativo… Não consigo jogar isso sozinha. Sobre a história? Quero nem falar sobre isso…
Resident Evil: A Vingança
Com mais um filme em CGI lançado em 2017. Temos novamente Leon S. Kennedy juntamente com Chris Redfield, que se reúnem para ir atrás do terrorista Glenn Arias, especialista em venda de armas biológicas no mercado negro. Nessa jornada, eles encontram com Rebecca Chambers e, partindo para Nova Iorque, pretendem deter a nova evolução e surto do então A-Vírus.
Minha experiência: Com a confirmação da interação com os três personagens principais da franquia, eu esperava muito mais de Resident Evil: A Vingança e sim, A-Vírus tinha uma grande capacidade histórica dentro da franquia, sendo introduzido nesse filme, porém fica tudo apagado no protagonismo de Leon e Chris. Isso mesmo, eu não gostei do Leon nesse filme… (sei me conter quando necessário rs). Leon está ali somente por ter informações que Rebecca precisa acerca do Los Iluminados e da ação do Las Plagas, após isso são somente “acrobacias” que Leon consegue executar durante todo o filme. Desnecessário total!
Resident Evil: Death Island
A confirmação de um novo filme CGI para 2023 trazendo novamente Leon S. Kennedy e Chris Redfield está gerando bastante alvoroço e discussão recentemente entre os fãs. Com somente um teaser lançado, temos a seguinte sinopse:
Leon, um agente sob controle direto do presidente dos Estados Unidos, perseguia o veículo do grupo armado que sequestrou Antonio Taylor, que detém informações confidenciais. No entanto, ele foi interrompido por uma mulher misteriosa que apareceu de repente e os criminosos escaparam. Por outro lado, Chris pela “B.S.A.A.“, estava encarregado de um surto de zumbis com uma rota desconhecida de infecção que estava ocorrendo principalmente em São Francisco. Como resultado da investigação, consta que todas as vítimas do vírus visitaram um determinado local. Há uma prisão em forma de ilha, Alcatraz, e é para lá que toda a investigação de Leon e Chris irá se concentrar.
Minha expectativa: Vou logo falar o que mais interessa nesse único teaser lançado até então. Se o Leon S. Kennedy ter, finalmente, a primeira interação com Jill Valentine na franquia (seguindo, claro, um enredo cronológico e, mesmo parecendo flashback a cena que vemos no teaser, pode dar um gancho para a aparição da moça), essa fã que vos escreve pode morrer feliz!
Todos que me conhecem sabem que, além do Leon, sou extremamente apaixonada por Jill Valentine, e ter a interação desses dois sobreviventes na franquia, cronologicamente, vai ser um “NOSSA, FINALMENTE CAPCOM!”. Se juntar, novamente, todos os sobreviventes de Raccoon City nesse filme, será a melhor animação já lançada! Fora isso, partindo de um cenário com ilha, barcos e zumbis, típicos de Resident Evil, estou com esperanças para esse filme dar continuidade e um novo fôlego do que foi contado em Resident Evil: A Vingança (para ver se salva aquilo).
Operation Javier – Resident Evil: The Darkside Chronicles
Além de todas essas aparições de Leon S. Kennedy na franquia, vale a pena citar uma em especial que ficou fora da ordem cronológica do site oficial, com um capítulo de Resident Evil: The Darkside Chronicles.
Lançado inicialmente para Nintendo Wii em 2009, o jogo teve um cenário extra cronológico que é bastante importante para a história de Resident Evil. Leon, recém transferido para seus trabalhos como agente do governo americano, é designado para uma investigação na América do Sul atrás do então notório traficante Javier Hidalgo, obtendo a ajuda de seu companheiro e também agente Jack Krauser. No local, descobre mais sobre os desaparecimentos reportados e também todo o envolvimento de Javier com o T-Veronica e a já extinta Umbrella Corporation.
Minha experiência: Foi difícil parar e eu conseguir jogar esse cenário, então não vou entrar em detalhes aqui porque não vale o sofrimento novamente, mas após jogar, vi o quanto ele é extremamente importante para ligar todo o arco entre Resident Evil 2, Resident Evil CODE: Veronica e Resident Evil 4. Todo o passado de Jack Krauser explicado aqui é válido para entendermos o contexto do personagem em Resident Evil 4 e sua interação com Leon. Para mim, um dos melhores cenários e história mais bem contada em toda a franquia! E, claro, comentando rápido, Leon tem um costume e detalhamento de cenas que mais me chama a atenção na franquia.
Deu para perceber que não fiquei tão contente com novos conteúdos lançados com Leon S. Kennedy nesses últimos anos, onde toda a linha cronológica do personagem acabou se perdendo durante os anos, mas para quem está quase empatando ou chegando próximos de números de aparições na série do ilustre Chris Redfield, esse caminho tem que seguir coerente e sem mais desvios.
Colaborou com a revisão e as ilustrações do texto: Ricardo Andretto