Resident Evil Requiem traz um novo começo para a série

O site australiano Press Start conversou com o produtor de Resident Evil Requiem, Masato Kumazawa. Durante entrevista, ele reforçou alguns aspectos em relação ao jogo e também da personagem Grace Ashcroft, filha de Alyssa Ashcroft (Resident Evil Outbreak). Quando questionado sobre a decisão de trazer Grace como personagem principal e unir o seu passado com Alyssa, o produtor contou que a ideia era trazer “um novo começo”, algo que pudesse ser experimentado tanto por novos quanto por jogadores que conhecem a série, mas que de alguma se ligasse a quem já fosse fã.

O avanço da série a partir de Requiem e sob a perspectiva de Grace (o novo) e Alyssa (o passado) já tinha sido abordado em entrevistas anteriores. “Ela é a protagonista mais assustada de toda a série, o que nos permitiu trazer um novo senso e um novo tipo de survival horror”, disse Masato Kumazawa.



O jogo revisita Raccoon City e o produtor disse ter escolhido cuidadosamente quem trariam de volta. Com relação a referências ao passado da série, afirmou que não há um livro ou uma bíblia de regras que precisam ser seguidas no desenvolvimento de jogos, mas que pensam em como trazer os personagens e como oferecer uma nova experiência. Ele falou que tentam não insistir muito em personagens do passado, citando especificamente Chris Redfield e Leon S. Kennedy e a expectativa de ação, mas que são considerados.

Ainda em entrevista, Masato Kumazawa reforçou a diferença entre as câmeras em primeira e terceira pessoa. Na primeira, ter os inimigos próximos torna a possibilidade de medo maior. Na terceira, tiveram que adicionar animações que pudessem mostrar o medo de Grace. No desenvolvimento, foi como “fazer dois jogos diferentes”. Em termos de terror, quando questionado se teria similaridade com Resident Evil Village em cenários, o produtor indicou sem ser muito específico a atmosfera de Resident Evil 2 “tentando encaixar muitas situações assustadoras” para Requiem.

O conceito de Resident Evil Requiem inicialmente envolveu um jogo de mundo aberto e com multiplayer online. Masato afirmou que restam alguns desses elementos na versão final e que o objetivo é a diversão. Sobre o que os fãs querem, disse acreditar que desejam “sentir medo” com um novo jogo survival horror e não com uma mesma experiência do passado. Requiem está em desenvolvimento há cerca de seis anos contado o conceito de multiplayer.

Masato Kumazawa também foi questionado sobre a decisão e os desafios de trazer o jogo ao Nintendo Switch 2. Ele contou que a experiência com o primeiro Switch ajudou com o Switch 2 e que “não foi muito difícil” uma vez que a Capcom já lida com vários tipos de configurações e garante a compatibilidade em lançamentos para PC. No Switch 2, a função de mouse nos controles foi testada, mas se tornou complicada na jogabilidade, por isso a decisão foi focar no uso dos movimentos giroscópios.

 

Por fim, o produtor reafirmou que não há qualquer pré-requisito ou conhecimento prévio necessário para jogar Resident Evil Requiem. “Dito isso, não estou ignorando os fãs da série. Há elementos que incluí que são muito familiares. Na demonstração, há pistas e conexões que fãs da série vão apreciar.”

Requiem está na lista de desejos de mais de 2 milhões de pessoas. Vai ser lançado em 27 de fevereiro de 2026 para PlayStation 5, Xbox Series, Nintendo Switch 2 e PC via Steam / Epic Games Store. Terá dublagem e legendas em português do Brasil.