O Brasil foi excluído pela Sony Pictures em mais um lançamento da franquia. Desta vez, o prejudicado é o filme em computação gráfica Resident Evil: Death Island. A empresa, uma parceira de distribuição, que tem uma operação no nosso país, por meio da Sony Pictures Brasil, não fez nenhum movimento para divulgar o produto por aqui. O REVIL tem insistido em pedir informações sobre Death Island, mas só o que conseguiu é que o filme seria lançado via On Demand – aluguel e compra digital.
Cabe pontuar que foi o REVIL quem divulgou com exclusividade a informação sobre a forma de lançamento após provocar a assessoria de imprensa da Sony Pictures Brasil. Nenhum movimento partiu da distribuidora para falar sobre o assunto a ninguém, sequer sites de entretenimento com público ainda mais amplo do que o nosso próprio site. Após o lance do On Demand, segui insistindo com a assessoria em nome da comunidade. Pedi por data de lançamento, se já havia um nome local como um “Ilha da Morte” (tradução mais direta do subtítulo) e se seria dublado. Os retornos foram sempre os mesmos, de que não há mais informações sobre o lançamento no Brasil, além do famoso “vai chegar, confia”.
Em um dos meus últimos e-mails, cheguei a mencionar que o lançamento digital, o mesmo On Demand, estava se aproximando em alguns mercados, como nos Estados Unidos e Europa (25 de julho), e que por haver informações escassas sobre a chegada ao Brasil a comunidade pode procurar por meios alternativos para assistir. Falei, ainda, que queria evitar que uma parcela do público procurasse por esses meios alternativos, pois há quem opte por esperar, e que informações seriam necessárias, mas… NEM ASSIM!
Me dei por vencido. O REVIL se deu por vencido. A Sony Pictures falhou com Resident Evil: Death Island no Brasil. Em meu último e-mail que troquei com a assessoria em nome do REVIL, deixei bem clara a insatisfação:
“O REVIL lamenta a forma que a Sony Pictures trata o lançamento de Resident Evil: Death Island em um dos principais mercados consumidores da franquia Resident Evil, com jogos eletrônicos da Capcom.
Insisti até onde eu pude em nome da comunidade, mas não vou mais me dar ao trabalho. Faltam dez dias para o lançamento On Demand em outros mercados, depois disso nada que apareça pelo Brasil vai fazer muita diferença. O público que eu mencionei, que poderia esperar, provavelmente terá encontrado meios alternativos que eu já mencionei. É uma pena. Não sei se esta mensagem chegará a alguém da Sony Pictures Brasil de fato, mas se chegar, é mais um lançamento que frustra um público que se sente cada vez mais diminuído. A consequência, infelizmente, é uma fuga para os meios alternativos, algo que o REVIL não incentiva, algo que o REVIL não propaga, mas que sabemos que tende a acontecer cada vez mais.
É aquela coisa: queremos pagar por uma produção, mas o produtor não ajuda com a entrega do produto, ou informações sobre o que chegará aos consumidores. Não dá. Espero que, quando chegar, que ao menos uma dublagem em português esteja disponível como opção.
Agradeço por todas as informações que foram possíveis serem prestadas até aqui”.
O REVIL seguirá informando a comunidade sobre Death Island e mantém o compromisso com informações para os fãs da franquia, só não vamos mais “tentar ajudar quem não quer ser ajudado”. É impressionante que um site mantido voluntariamente por um grupo de pessoas divulgue mais uma produção do que o próprio produtor, ou seu parceiro de distribuição, no caso, a Sony Pictures Brasil. Além do site, temos propagado conteúdos oficialmente liberados em perfis oficiais de Resident Evil: Death Island em nossas redes sociais e trabalhado, diga-se de passagem, melhor com a expectativa dos fãs do que a própria Sony Pictures. E não é exclusividade do REVIL, tem o Resident Evil Database e outros mais com perfis em redes.
O mais absurdo é que, supostamente, Death Island não está de fato preparado para chegar ao Brasil nos próximos dias. O filme já está listado no iTunes (ou Apple TV+) em países como Estados Unidos (link aqui) e outros com direito a legendas em 26 idiomas, incluindo ESPANHOL da AMÉRICA LATINA e isso lá na França (link aqui). E o português? Incluindo nesse bolo até o de Portugal? Não tem. Abre-se o campo da especulação aí, por isso mencionei o “supostamente”. Mas só para que conste, Death Island não recebeu classificação indicativa no Brasil e também não foi classificado em Portugal. É muita coincidência aos falantes da língua portuguesa, que claro tem lá suas distinções, tal como o espanhol.
Resident Evil: Death Island é uma pontinha do iceberg quando se trata da Sony Pictures Brasil. Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City também teve um tratamento desleixado por essas bandas, especialmente com marketing – e olha que esse saiu nos cinemas.
E a Capcom Brasil? Bom, talvez nem todo mundo saiba, mas o time da empresa que olha para o país não é responsável por lançamentos que envolvem distribuição de terceiros. Então a culpa é sim da Sony Pictures, mas já fica a dica para que anotem tudo o que falei aqui para conversar com carinho lá na base, do Japão. Falhar com Resident Evil: Death Island, que leva o nome “Resident Evil“, traz prejuízo para a marca. Tenho certeza que os produtores de Death Island e da Capcom não vão ficar felizes em saber sobre.
Aos fãs? Bem. Vai da consciência de cada um como assistir Resident Evil: Death Island. Só não dá para esperar eternamente por um produto que todo mundo está falando agora.
Parece e é: este texto é meio que um “Editorial” do REVIL. Uma opinião sobre a lamentável situação de Death Island no mercado brasileiro.