Não tem como negar que Resident Evil possui diversos chefes verdadeiramente icônicos. Quem aí não se lembra da Yawn, a serpente gigante, de Resident Evil 1, ou do Tyrant no avião de carga de Resident Evil CODE: Veronica? Esses são alguns exemplos de chefes clássicos que podemos citar.
Contudo, a série e os jogos evoluíram e com ela os chefões também. Pensando nisso, o REVIL retomou o quadro “TOP 5” no canal do YouTube e listou os melhores “Chefões” de Resident Evil Village.
CONTROVERSO, MAS BOMBÁSTICO!
Abrimos a lista com uma escolha um tanto controversa: Em quinto lugar, temos Karl Heisenberg!
Quando finalmente alcançamos Heisenberg na fábrica, somos agraciados com uma batalha que parece sair das páginas de um mangá: De um lado Karl, em seu “megazord” de metal, do outro, Ethan Winters, pilotando uma mecha improvisada por Chris Redfield com direito a serras elétricas.
Dizer que esta batalha é excêntrica seria eufemismo, mas, para o bem ou para o mal, esses espetáculos de ação fazem parte da franquia há mais de dez anos e esse duelo não deve em nada para os momentos mais bombásticos da franquia. E, caso esse foco mais frenético não seja do seu agrado, não tem quem não fique com sorriso no rosto ao ver Karl mandando um “recadinho” para Chris.
GROTESCO E BIZARRO? GOSTO!
Nosso quarto lugar da lista é de ninguém mais, ninguém menos, que nosso querido homem sereia e mexilhãozinho, Salvatore Moreau.
Grotesco da pior forma possível, o terceiro lorde do vilarejo explora um horror mais corporal que seus aliados, trazendo um desconforto para o jogador. Enquanto sua luta final é um tanto “normal” nos padrões da franquia, Moreau se difere ao transformar praticamente toda sua zona dentro do vilarejo em uma grande batalha. Cada passo explorando seu território é repleto de adrenalina, atravessando um pântano insalubre, enquanto uma monstruosidade marinha nos caça. Serve como uma ótima mudança da experiência do jogo até então, sem perder a tensão.
Só será possível enfrentar Moreau após esvaziar o reservatório do vilarejo. A batalha com a criatura é quase catártica, podendo finalmente descer bala na aberração que o lorde se tornou. E em momento algum a batalha perde a repugnância, que é marca registrada deste chefe, com direito a bile, vômito e entranhas. Ele pode não ser um dos chefes mais difíceis da franquia, mas é certamente um dos mais bizarros.
“QUER FALAR DA MAMÃE?” ENTÃO AGUENTA!
Entrando no pódio, em terceiro lugar, está a vilã que literalmente começou tudo: Mãe Miranda! A vilã principal do oitavo jogo da franquia é um ser místico e angelical em seu vilarejo, mas que, por trás dos panos, tem influenciado alguns dos principais eventos da cronologia.
Possivelmente o chefe mais difícil do jogo, Mãe Miranda facilmente mereceria o primeiro lugar se considerássemos apenas as mecânicas de sua luta: Munida de 4 fases e ataques um tanto apelativos em um jogo de primeira pessoa, ela faz questão de mostrar que não está aqui para brincadeira. Portanto, ainda um design que facilmente encaixaria tanto em Dark Souls quanto na capa de um álbum de black metal, ela fecha Village com chave de ouro e, por mais que não ganhe o primeiro lugar em nossa lista, não há vergonha em perder para o melhor.
“GÓTICO, INVENTIVO E DIVERTIDO”
Sommelier de bons vinhos, sangue e carne humana, Lady Dimitrescu, o nosso segundo lugar, exala classe e, desde sua revelação, se tornou o rosto de Resident Evil Village. Soberana do castelo Dimitrescu, a primeira região que exploramos no jogo, a chefona, junto de suas 3 filhas, nos persegue por uma ambientação gótica que encaixa como uma luva na franquia, transmitindo uma experiência mais tradicional e familiar que remete em muito aos primórdios da saga.
Somente ao exploramos cada detalhe lindo e assombroso deste castelo, eliminando suas 3 filhas no meio do caminho, que, então, encontramos a única arma capaz de deixar vulnerável a temida vampira e logo a real luta começa: O corpo de Dimitrescu passa por mutações descontroladas, transformando a lorde uma enorme figura dracônica. Com uma batalha nos telhados do castelo, Dimitrescu não poupa seus gritos de fúria ao se lançar contra Ethan, que precisa descarregar todo seu arsenal para derrubar a ameaça voadora.
Fazendo jus a sua forma humana, é uma batalha de proporções épicas que culmina com a vilã e sua húbris despencando para sua morte do ponto mais alto de seu castelo. Não é à toa que Lady Dimitrescu é uma das vilãs mais memoráveis dos últimos anos da indústria e da franquia, só ficando atrás de um último pesadelo que a Capcom preparou para os fãs.
“BABY, BABY, BABY… AAHHHH”
Bem como o reservatório de Moreau, a casa de Donna, em sua totalidade, serve como uma grande “chefe”. Entretanto, para nosso apavoro, aqui nenhuma arma irá nos salvar. Com o ritmo perfeito e uma tensão que eleva a cada minuto, explorar a mansão repleta do que parecem ser assombrações é o maior teste de coragem desenvolvido pela Capcom: remetendo a clássicos como P.T. de Hideo Kojima, aqui estamos completamente indefesos, restando apenas imaginar o que nos espera enquanto atravessamos corredores e salas, que gradativamente alteram não somente sua estrutura, como também nossa pressão sanguínea.
A cada passo que tomamos na escura residência, a atmosfera se intensifica, enquanto manequins, ameaças de jumpscares que não chegam e mensagens via rádio mexem com nossa cabeça enquanto tentamos antecipar o horror que nos espera, e acho seguro dizer que ninguém, em seus piores sonhos, antecipou a monstruosidade que a Capcom apelidou apenas de “Baby”.
Após a grande revelação, Ethan precisa então encontrar uma escapatória enquanto o feto gigante o persegue e o jogador tenta se recuperar do inevitável ataque cardíaco. Tudo enquanto ouvimos os gritos e risos do bebê pedindo por seu pai. Por mais que seja justo argumentar que não enfrentamos o bebê durante o jogo, com certeza o enfrentamos em nossos pesadelos, merecendo assim o nosso primeiro lugar.
E quais são os seus chefões favoritos? Concordou com a nossa lista? Escreva e deixe nos comentários a sua opinião.
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Colaboraram com este conteúdo João Alves (adaptação de texto/site) e Natália Sampaio (revisão)