Resident Evil 4 (2023) foi lançado há quase duas semanas pela Capcom e muita coisa assombra o jogo, seja pelas restrições nas análises em detalhar inicialmente o real conteúdo do jogo ou, até mesmo, pelo recente histórico da Capcom com a reimaginação de Resident Evil 3 – e eu sei que vocês estão aí se perturbando dizendo que aquilo não é um remake, que é um jogo capado e etc, mas não vamos entrar nesse detalhe. Mas afinal, o que torna o 4 tão aguardado, tão importante e tão melhor que seus antecessores? Afinal, por que jogar essa nova versão do Resident Evil 4?
A resposta é bem simples na verdade. Eu tive acesso ao jogo graças ao REVIL e a Capcom e como posso dizer abertamente, e como uma pessoa que detesta (sim, detesta o Resident Evil 4 de 2005), que a nova versão de 2023 é para todos nós que amamos a franquia e sabemos que existem jogos incríveis nos seus longevos 27 anos de história, mas se decepcionaram nos últimos anos.
A recém-lançada reimaginação teve todo o cuidado que o remake do primeiro Resident Evil (conhecido também como Resident Evil HD remaster) teve, e não é a toa que ele vem recebendo altas notas e muitos elogios. Ele corrige um dos maiores erros que a franquia fez que é conectar o RE4 aos seus antecessores e não apenas conectá-lo à franquia somente pela presença de um certo personagem. Claro, Leon S. Kennedy é o que conecta o Resident Evil 2 e o RE4, mas não só ele ou a Ada Wong. A lore do jogo foi corrigida e agora apresenta mais coesão (e, claro, aclamação). Além disso, estamos realmente em um culto maligno que é a ideia principal do jogo, não sendo mais aquele jogo de tiro e respawn de inimigos. Sim, a presença excessiva de personagens em determinadas partes foi corrigida e o jogo agora toma de volta suas origens do horror e da sobrevivência, trazendo de volta a escassez de munição em todos os modos do jogo, não só nos mais difíceis.
Definitivamente, Resident Evil 4 aprendeu com os erros das reimaginações anteriores e, não só isso, com todos os erros da franquia. A ação desenfreada nesse jogo não é o ponto central e a Capcom acertou o tom mesclando o que é de agrado dos seus jogadores mais saudosistas e o que os apaixonados por Resident Evil 4 (2005) amam.
Claro, RE Engine é, sem dúvida NENHUMA, a mina de ouro da Capcom e não à toa que a maioria dos seus jogos lançados após o Resident Evil 7 estão nessa engine. O jogo traz uma riqueza de detalhes e beleza que, sim, até para quem jogou no PS4 Fat segue incrível. Claro que ainda estão presentes alguns defeitos, mas não torna o jogo injogável como muitos clamam por aí (opinião dada antes do patch de atualização day one).
E, por fim, Resident Evil 4 (2023) é sem dúvida uma carta de amor para todos os fãs de Resident Evil. Você pode, assim como eu, até não gostar do 4 clássico, como ele passará a ser chamado agora, mas você definitivamente vai se apaixonar pela reimaginação dele. Claramente, é um jogo que surpreendeu a todos e a Capcom assume novamente o posto que sempre lhe pertenceu: de desenvolvedora que tem cuidado e atenção para seus jogos. E para responder a pergunta “por que você deveria jogar Resident Evil 4(2023)?” (Se é que você ainda não está jogando?) O jogo te entrega a completa nostalgia de saber onde você está e o que você tem que fazer para sobreviver, enquanto te dá uma experiência completamente nova e inédita de jogar algo incrível, belo e, pode se dizer, único. Só cuidado com os personagens, você pode se apaixonar mais por eles.
Resident Evil 4 (2023) está disponível para Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series X|S e PC (Steam) – adquira a sua chave via Green Man Gaming.
A DLC The Mercenaries será lançada no dia 7 de abril.
Colaborou com a revisão deste conteúdo: Natália Sampaio