Um jornalista da revista Game Informer teve a oportunidade de jogar dois capítulos do novo Resident Evil 4, remake que vai ser lançado em março deste ano. O profissional viajou para o Japão onde pôde experimentar o título diretamente na sede da Capcom. A experiência rendeu um artigo especial com a descrição de parte da jogabilidade, imagens inéditas e entrevista exclusiva com os produtores.

O REVIL teve acesso ao conteúdo, disponível em inglês, e que está gratuito no APP da revista para dispositivos Android. Vamos tratar de parte desse especial a seguir com imagens públicas compartilhadas diretamente pela revista em suas redes.

Marcus Stewart, autor do artigo, comenta sobre o título de 2005 ter se tornado um marco e inspirado toda a indústria de jogos com a perspectiva sobre o ombro em terceira pessoa, com o jogo envelhecendo bem o suficiente para a Capcom ter aproveitado sua notabilidade e o relançado por 18 anos – incluindo Resident Evil 4 VR.

Muitos fãs assumiram que um remake de Resident Evil 4 era algo garantido, mas não foi bem assim. Enquanto recriar títulos mais datados, como por exemplo o Resident Evil 2 original, para uma geração moderna era uma ideia fácil, a Capcom estava bem hesitante em recriar o quarto jogo numerado da série. Yasuhiro Ampo, diretor da nova versão de Resident Evil 4, disse que inicialmente nem queria dirigir o jogo por causa do status lendário do título, sabendo que seria uma tarefa difícil e que qualquer erro irritaria os fãs. Dessa forma, o desafio da Capcom era “como reconstruir Resident Evil 4 sem comprometer elementos que o fizeram ser amado?”. A resposta a essa pergunta foi bem simples: menos é mais.

Ao autor do artigo, os desenvolvedores disseram que ao invés de reinventar totalmente a experiência, como foi o caso de Resident Evil 2 Remake, o objetivo dessa vez foi manter os elementos principais de Resident Evil 4 e ampliar tudo que funcionou. Os produtores também quiseram focar na rejogabilidade e nas diferentes formas que os jogadores podem abordar o título, dessa forma, o jogo conta com seis esquemas de controle, incluindo um que emula a jogabilidade estilo tanque do jogo original.

Marcus teve a oportunidade de testar dois capítulos do jogo e pôde constatar as melhorias e expansões que o título recebeu. Logo na seção inicial da cabana há mais salas para serem exploradas e itens para serem coletados. Embora o jogador não comece com a mira laser para a pistola, o item pode ser obtido mais pra frente no jogo. Desta vez o mercador não venderá apenas itens e melhorias para as armas, agora você poderá trocar joias por itens especiais como mapas de tesouros e também completar side quests. Sim, o jogo terá side quests, mas elas serão algo próximo às missões paralelas de Resident Evil Village, incluindo caçar algum inimigo específico ou mesmo resolver puzzles (que também não estão totalmente iguais ao jogo original, para surpreender o jogador).

Diversas outras mecânicas também foram aprimoradas. Um dos objetivos dos desenvolvedores era eliminar os Quick-Time Events, então muitos deles foram retrabalhados para encaixar dentro dessa jogabilidade mais moderna. O jogador pode carregar diversas facas e usá-las para aparar um ataque inimigo ou finalizar um ganado caído, porém, isso desgastará o equipamento rapidamente. E falando em equipamento, a maleta faz seu retorno triunfal e com mecânicas adicionais. Além de haverem visuais alternativos para a maleta, o jogador poderá equipar maletas que trazem benefícios diferentes, como por exemplo aumentar a quantidade de munição encontrada no jogo. Dessa forma, cabe ao jogador decidir como escolherá usá-las.

Ashley Graham também passou por algumas alterações, como a personagem aparentar ser um pouco mais séria e menos “mimada” que no original, mas sem esquecer que ela é uma jovem aterrorizada pela situação. Mas a Capcom não queria mudar a base do título original, dessa forma ainda escoltamos a filha do presidente, embora dessa vez tenhamos duas opções para comandar a personagem: ao apertar o botão R3 (PlayStation), podemos fazer a Ashley nos seguir de perto, ou manter uma distância maior.

Ou seja, não poderemos fazer Ashley se esconder enquanto limpamos uma área, que de acordo com um dos diretores eliminava o propósito de ter a personagem com o jogador. Inclusive, no início do desenvolvimento foi até considerado que os dois segurassem as mãos. Dessa vez não vamos precisar nos preocupar em gastar itens de cura com a personagem, mas devemos ficar atentos a como ela está se comportando. Se ela for muito ferida, entrará em um estado em que precisará ser revivida, e se for atacada durante esse estado, é fim de jogo. A personagem também auxiliará o jogador pontualmente, seja abrindo portas ou se arrastando por espaços onde Leon S. Kennedy não consegue ter acesso.

Uma outra mecânica que veio diretamente de Resident Evil 2 foi a barragem de janelas. Na seção da cabana com Luis Serra, o jogador pode barrar as janelas para se proteger das hordas inimigas. Também foi dito que a batalha está muito mais interessante e que Luis é muito mais participativo, quase como um parceiro natural.

Também há novas armas e inimigos no jogo, incluindo uma arma que dispara flechas e um ganado com uma marreta que usa uma máscara de boi. E se você estava preocupado com o destino do cachorro no início do jogo, a Capcom sugeriu que aquilo pode não ser exatamente o que parece e que devemos apenas esperar para conferir.

Confira nosso short especial sobre o assunto no YouTube:

Resident Evil 4 será lançado em 24 de março de 2023 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC (Steam).

Imagens: Reprodução Game Informer

[ATUALIZAÇÕES]

Como a Capcom desenhou os NOVOS inimigos em Resident Evil 4 Remake. Assunto de mais um dos diversos conteúdos exclusivos da Game Informer. Entrevista em vídeo com o diretor de arte, Hirofumi Nakaoka.