Alguns olhares de Resident Evil 4 Chainsaw Demo em plataformas

Este é um artigo foi produzido em conjunto por João Alves , Paloma Cristini e Frank Alcântara . Colaborou com a revisão deste texto: Natália Sampaio.

Finalmente ela veio! Anunciada durante o Capcom Spotlight, evento que aconteceu neste mês, tivemos o primeiro vislumbre do que vai ser o novo Resident Evil 4 com a Chainsaw Demo. A demonstração foi disponibilizada em todas as plataformas em que o game ficará disponível E também para que possamos segurar essa ansiedade do dia 24 de março, não é mesmo? A Equipe REVIL testou as versões da demo de PC (Steam), Playstation 5 e Xbox Series S.

CAPCOM PRESENTS… O UNIVERSO REIMAGINADO DE RESIDENT EVIL

Resident Evil 4 Remake inicia com uma cutscene resumindo os eventos de Resident Evil 2 (2019) e Resident Evil 3 (2020) e mostra um Leon S. Kennedy mais sério, treinado e angustiado. O rosto mais jovial de RE2R agora dá lugar a uma feição mais marcada pelo sofrimento mental e físico do personagem. o que nos surpreendeu logo de cara é a insinuação da existência da Operação Javier, missão que é citada em Resident Evil: The Darkside Chronicles, mostrando Leon e Jack Krauser em treinamento. Será que teremos um outro seguimento dessa história? Aqui fazemos um destaque ao identificar a maravilhosa dublagem de Felipe Grinnan como Leon. Felipe já havia dado sua voz a Leon em outros momentos, especificamente nos filmes em computação gráfica Resident Evil: Degeneração e Resident Evil: Condenação.

 

Toda a introdução é bastante interessante, mas é perceptível que a Capcom está dando um direcionamento diferente para os novos jogos recontarem os acontecimentos e considerando os jogos reimaginados. Por exemplo, diferente do original de 2005, aqui não vemos as atitudes do governo americano contra a Umbrella e a sua queda. Pelo menos não com essa introdução e essa demo. Passado a cutscene, finalmente, Resident Evil 4 Remake.

O JULGAMENTO ESTÁ PRÓXIMO!

A demo realmente começa e vemos Leon em frente ao carro de sua escolta. À primeira vista, os gráficos e a ambientação são incríveis. O nível de detalhamento nas três plataformas que analisamos é absurdo e vemos uma floresta mais densa e pesada. A iluminação é extremamente azulada e a falta de luminosidade sugere que estamos nas primeiras horas da manhã. O objetivo aparece e temos a nossa primeira exploração.

Aqui, podemos identificar que a movimentação de Leon está um pouco mais cadenciada se comparada ao gameplay de Resident Evil 2 (2019), com o personagem um pouco mais “pesado” e um “quick-turn” mais lento. Isso pode se dar ao fato que Leon agora tem esquivas e até uma mecânica de parry com a faca, além de também poder chutar inimigos atordoados – coisa que ele também não podia fazer na reimaginação anterior.

Falando de quick-turn, é possível virar de costas assim que o gameplay começa para verificar de onde Leon veio. É possível também ver o carro que os policiais usaram para chegar até o local.

Este início lembra bastante Resident Evil 7. Aqui temos corredores cercados por vegetação densa e que, na medida do caminhar, vamos descobrindo cenários e objetos ritualísticos e macabros. Neste quesito, o sétimo título da franquia inaugurou um certo tipo de tutorial que seria replicado nos demais jogos seguintes e aqui não é diferente. Após uma pequena exploração, chegamos à primeira casa. O exterior do local está repleto de detalhes e até com arredores exploráveis. Por fora vemos que a cabana está bem maior que no original e por dentro muito mais sinistra também.

A quantidade de detalhes no cenário interno é extremamente interessante. A série tem evoluído lançamento após lançamento, mas com a criação do motor gráfico RE Engine, tudo tem parecido ainda mais polido e “real”, principalmente em cenários fechados como os corredores e quartos da casa. Mas nem tudo é beleza, queremos saber das mecânicas de ação.

Entre um corredor aqui e ali, encontramos a nossa primeira porta trancada e nos resta procurar a chave. Até aqui, tudo segue a cartilha que foi utilizada nas recentes reimaginações. Temos um inventário intuitivo com opções de fabricação de itens, files e mapa. A trilha sonora dada para essas navegações e ações, algo que permaneceu durante os clássicos, e que vem Resident Evil 7 até o atual, se manteve. Até a forma de inspecionar um objeto é a mesma dos jogos anteriores.

Ao buscar a chave, encontramos o nosso primeiro ganado e…o meu primeiro estranhamento (João). Diferente do original, desta vez, o primeiro confronto dos dois não é controlado pelo jogador. Leon defende a machadada usando sua faca (insinuando a mecânica de parry) e em seguida aplica um chute que joga o ganado contra a parede, quebrando o pescoço do inimigo. Aqui vemos que as transições entre cutscene e gameplay são realmente muito suaves e mal notamos que já voltamos a controlar o personagem. Mais um ponto para a imersão!

“Derrotado” o primeiro inimigo, pegamos a chave e abrimos a porta. Explorando a nova área que parece com um porão, descobrimos que os policiais que estavam fazendo a escolta foram atacados. Ao retornar, o nosso primeiro ganado reaparece com o pescoço quebrado e muito mais ágil. Mirar e atirar neste primeiro momento é algo realmente dasafiador. Neste momento, já fica explícito que talvez estejamos diante de um dos Resident Evil mais difíceis de todos os tempos e se teve algo que a série conseguiu atualizar com perfeição, foram os “zumbis” de cada capítulo.

Assim como nas reimaginações anteriores, além da munição escassa, é possível se soltar do inimigo usando a faca, e ainda finalizá-lo no chão. Sobre a faca, é uma grande surpresa! Embora tenham mantido a mecânica de durabilidade da faca, aqui temos uma um pouco mais resistente que permite explorar outros tipos de combates, seja o stealth ou o mais agressivo com finalizações pré-programadas.

Subindo as escadas, novos ganados entram no local e podemos usar um pouco da mecânica de furtividade presente na reimaginação para subir mais um andar (pode ser por causa da limitação da demo, mas seria interessante ter um tutorial em como realizar uma jogabilidade mais stealth em relação ao combate). Lá em cima, Leon encontra pistas sobre Ashley Graham e recebe uma ligação de Ingrid Hunnigan – ouça bem a voz da dubladora.

Até aqui, todas as cutscenes são muito bem feitas e dirigidas. Tudo termina com aquela fuga do Leon pela janela para escapar dos novos inimigos. Aqui vemos um deles transitando entre o modo agressivo para um mais calmo e hipnotizado. É possível notar um amadurecimento da ideia do ganado.

Após escapar da cabana, Leon segue por um caminho até chegar no portão da vila. Há alguns ganados para enfrentar no caminho pra gente se acostumar com a mecânica de combate do jogo. O dia já amanheceu e vemos que a iluminação do sol está extremamente bonita, assim como a vegetação que agora tem um pouco mais de verde se comparada com o original.

E por fim, chegamos à primeira parte do vilarejo. Aqui temos frame a frame do jogo original. O policial da escolta sendo queimado em uma fogueira, Leon de binóculos e aldeões esquisitos. Algo que impressiona é a liberdade de explorar a forma como deseja jogar.

Essa seção da vila é um pouco maior em termos de tamanho de área, mas ao mesmo tempo parece ser menor na duração quando o combate com os ganados começa de modo frenético. Logo após Leon entrar na cabana que ele pega na Escopeta, temos a sensação que acaba muito rápido. Porém, é possível “prolongar” a estadia na vila caso não entremos na cabana logo de cara. Invés disso, podemos usar a furtividade de Leon para executar alguns inimigos mais espalhados pelo local.

Outro ponto que chamou a atenção positivamente foram as animações de armas e personagens, efeitos de desmembramento e as ações que as armas causam no Leon. É divertido tentar descobrir o que cada uma dessas ações tem guardada para o jogador.

Por fim, o sino tocou e os ganados entraram em modo de transe. Mais uma vez, com uma direção brilhante, temos a tela de jogo e o seu título, assim como o original.

No Xbox e no PlayStation 5 não vimos problemas com bugs, baixa de frames e etc. O Modo Foto é o diferencial aqui. Pouco explorado no Resident Evil Village, aqui o cenário nostálgico vai fazer o jogador parar para montar uma foto épica, podendo ativar o modo na cutscenes, pois fica ruim na gameplay – dá pra fazer imagens perfeitas!

Já no PC, a surpresa é a quantidade de opções de configuração gráfica que estão disponíveis para ajudar no desempenho em computadores mais medianos. Sem contar que a otimização está muito boa! Esperamos ver o mesmo na versão final do jogo.

Sem dúvidas Resident Evil 4 promete entregar uma experiência nova e ao mesmo tempo nostálgica, mantendo aspectos do jogo original e aprimorando em cima deles. O que vemos nessa demo é apenas uma pitada do que está por vir no dia 24 de março quando o jogo for lançado.

Resident Evil 4 será lançado para Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series X|S e PC (Steam) – compre com 12% de desconto via Green Man Gaming.

As imagens presentes no texto são de capturas realizadas no Xbox Series S. Já a imagem/destaque do texto é de uma captura realizada no PC via Steam.