Uma espiadinha antecipada em Resident Evil 4 | Hands-off

Estamos a poucas semanas do lançamento de Resident Evil 4 e, com isso, o REVIL teve acesso a algumas partes do título, onde pudemos conferir como está ficando a mais nova reimaginação da franquia. O jogo expande consideravelmente diversas áreas do título original, incluindo mecânicas, cenários, lutas contra bosses e até mesmo conta com referências a eventos anteriores da franquia. Quer ver como o jogo está ficando? Então confira o vídeo especial em nosso canal no YouTube:

 

Logo de cara, já podemos notar que a Capcom ouviu o feedback dos fãs sobre as mais recentes reimaginações da franquia e o jogo aparenta expandir mais do que reinventar. No material ao qual tivemos acesso, vemos Leon S. Kennedy acordando, possivelmente após a luta contra Del Lago. Enquanto no jogo original as interações com Ingrid Hunnigan se davam em cutscenes, agora a comunicação com ela se dará in-game. E aqui vale notar uma melhoria muito significativa: os personagens aparentam ser mais realistas. As reações, os diálogos e a forma como se comportam durante o jogo, tudo isso é trabalhado de forma que crie uma sensação de verossimilidade que faltava no jogo original.

Quem nunca tirou aquele cochilo de três horas?

Mais pra frente, Leon encontra os inimigos mais famosos do jogo: os ganados. Os habitantes infectados pelas Las Plagas apresentam uma maior variedade visual, além de trazerem mais particularidades entre si. Mas as novidades não estão somente nos visuais. Dessa vez, os inimigos aparentam se comportar de maneira diferente, lembrando que as criaturas outrora foram humanos. Na luta contra os inimigos, vimos os perigos de enfrentar as criaturas, ainda mais após as Plagas ficarem expostas.

Como sabemos até agora, a faca será protagonista da nova mecânica de defesa e foi confirmado que poderemos repelir também os ataques cortantes das Plagas ou de objetos arremessados. Em outra sequência, acabamos ficando no escuro após Leon apagar as tochas que os ganados seguravam e, dessa forma, é preciso usar a lanterna para conseguir enxergar a posição dos inimigos restantes.

Um ponto que os fãs sentiram falta nos últimos jogos foi o sistema de gore e desmembramento de Resident Evil 2. Pois bem, dessa vez, o jogo aparenta estar ainda mais violento e com efeitos ainda mais realistas. Seja o desmembramento dos inimigos, a forma que eles reagem aos tiros ou até mesmo a maneira que o fogo se alastra pelos personagens, tudo está muito mais incrível que nos jogos anteriores.

“Tá pegando fogo bicho”

O storytelling ambiental continua excelente. Logo no início, pudemos conferir Leon atravessando uma caverna cheia de desenhos antes de encontrar um altar que lembra muito os símbolos religiosos de Resident Evil Village, em uma possível conexão com os mais recentes títulos da franquia. No próprio ambiente, vemos diversos símbolos desenhados que provavelmente servem para a resolução de um puzzle.

A navegação com o bote está um pouco mais expandida e também remete a Resident Evil Village, com o adendo de que Leon pode quebrar barris para obter diversos tipos de itens, que nem um certo jogo da Santa Monica. É interessante notar que quando estamos navegando, temos a opção de equipar os arpões, o que pode significar que teremos mais combates a bordo do bote.

Jamais deixe Leon chegar perto de um veículo

Também há diversos documentos azuis com missões paralelas espalhadas pelo jogo que, embora sejam algo simples, como obter algum item ou caçar algum inimigo, podem ser resolvidas em troca de itens com o Mercador. O Mercador também continua bem característico e dessa vez conta com um sotaque ainda mais carregado. Mas o interessante é que seus diálogos parecem bem mais variados e com alterações de acordo com o que está sendo vendido, comprado ou melhorado.

Além disso, já tivemos uma boa noção do uso da maleta, mas aqui pudemos conferir algumas mecânicas adicionais. Enquanto em Resident Evil Village havia a possibilidade de equipar chaveiros na handgun, dessa vez podemos equipar chaveiros também na maleta, que trazem benefícios adicionais. Além disso, é possível equipar diferentes tipos de maletas que trazem benefícios diferentes, como aumentar a quantidade dropada de munição ou de recursos.

“Por que a galinha entrou na maleta?”

Agora em outro capítulo do jogo, vemos mais da jogabilidade de Leon e Ashley Graham. O jogador pode se mover sorrateiramente para evitar os inimigos e, agora, os personagens se comunicam muito mais e de maneira bem mais natural durante a gameplay, reagindo aos eventos que ocorrem durante o jogo. A apresentação do castelo está ainda mais impactante, com cenários grandiosos e seções mais expandidas que no jogo original.

“Bem-vindo a seita, Leon” – Que seita? “Aceita que dói menos”

Em um possível primeiro confronto com um cultista, temos uma cena aterrorizante de transformação, além de ver que seus ataques estão mais ampliados, usando até mesmo elementos do ambiente para se locomover. A plaga dos cultistas lembram muito o design das criaturas de Resident Evil 5, o que isso significa? Mais material de especulação para os fãs.

E é claro que o humor de Leon não poderia ficar de lado. Dessa vez, o personagem faz comentários e piadinhas durante a jogabilidade, ampliando ainda mais esse lado dele, uma estratégia que já vimos em Resident Evil 2 com Leon e suas conversas paralelas.

A seção das catapultas está ainda mais caótica, com Leon enfrentando diversas cultistas enquanto tenta proteger Ashley. Em certo momento, vemos como ficou o sistema de resgate da personagem, que precisa ser salva após ficar muito ferida.

“Levanta que o uber chegou”

Já dentro do Castelo, vemos a introdução de Ramon Salazar, que ainda conta com seus fiéis guarda-costas e demonstra mais do humor de Leon perante a situação.

Crianças, não usem drogas

Em outra área que está um pouco diferente do título original, temos uma “arena” bem mais ampliada para a luta contra o Garrador. O cenário está repleto de correntes que podem alertar o inimigo e, se o jogador for capaz, pode até chegar de mansinho para realizar um ataque stealth. Esta é apenas uma das diversas expansões que o jogo recebeu em relação ao título original, então mal podemos esperar para ver como as outras boss fights ficaram.

“Garrador é um cara bem legal…”

Por fim, também demos uma primeira olhada na luta de Leon contra Jack Krauser. A mecânica de defesa com a faca foi criada especialmente para esta luta, mas os desenvolvedores gostaram tanto dela que acabaram trazendo-a para o restante do jogo. Além dos personagens se comunicarem ainda mais, temos aqui um ponto que deve chamar muito a atenção dos fãs. Durante a luta os personagens discutem sobre seu último encontro, durante a operação Javier (Havier), eventos narrados no jogo Resident Evil: The Darkside Chronicles. Até o momento, não havia confirmação de que os eventos desses títulos seriam levados em consideração para o remake e, dessa forma, podemos esperar que o backstory dos personagens seja ainda mais trabalhado nessa nova versão.

Leon enfrentando o camarada Krauser

Resident Evil 4 aparenta apresentar uma versão totalmente atualizada para uma geração moderna, expandindo em cima das fundações do agora clássico Resident Evil 4 (2005) para criar uma experiência nostálgica e nova ao mesmo tempo. Será que finalmente veremos outro Resident Evil levar o título de Game of the Year?

Resident Evil 4 será lançado dia 24 de março para Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series X|S e PC (Steam) – compre com 12% de desconto via Green Man Gaming.

Colaborou com a revisão deste conteúdo: Natália Sampaio