Arte: Frank Alcântara

A localização nos games e em Resident Evil – Parte 1

Sabemos que Resident Evil já vem sendo localizado para nossa região a alguns anos com legendas, certo? Particularmente eu acho isso ótimo, facilita bastante a vida jogar no nosso idioma nativo. Bom, melhor agora que a Capcom ouviu os nossos pedidos e vai finalmente lançar um RE dublado. Depois de anos de pedidos, Resident Evil Village esse vai ser o primeiro da franquia com vozes oficialmente em português – clique aqui e saiba mais.

Lembrando que pra quem não gosta sempre haverá a opção em inglês tanto da dublagem quanto das legendas – só não precisamos brigar por isso, ok?. Enquanto Village não sai vamos relembrar os jogos com localização para o Brasil e falar um pouco da dublagem deles.

Deixando claro que este texto pode conter muito de minhas opiniões pessoais envolvidas, mas eu tento manter a neutralidade sempre que possível – porém, contudo, todavia não da pra ser assim 100% do tempo. Mas vamos lá para o que interessa!

O que é a localização?

O primeiro game da série a ser localizado para nossa região foi o Resident Evil 6 lá em 2012. Mas antes de falar sobre isso, deixe-me explicar mais sobre o que é essa tal localização dos games. De forma simples nada mais é do que fazer a tradução, legendas, dublagens e adaptações além de voz e texto para o idioma de um determinado país. No nosso caso, essas adaptações são para o português aqui do Brasil. Porém, nunca é tão simples assim né.

Fazer o processo de tradução envolve toda uma equipe, onde não se faz apenas a tradução literal do original, já que muitas expressões, gírias e até algumas coisas culturais variam muito de um lugar para outro. Isso faria coisas comuns para um país serem completamente sem sentido em outros. Por exemplo, piadas que fariam sentido para nós seriam completamente sem noção no Japão. Não só isso, mas também horários, medidas e datas. Nos Estados Unidos eles usam milhas e pés como medidas e aqui usamos metros e quilômetros. Quanto à datas, temos para nós como: dia, mês e ano e por lá (Estados Unidos) já seria mês, dia e ano.

Por isso além do processo de tração bruta por assim dizer também ocorrem as adaptações. É aí que acontece a mágica e entra a real dificuldade, pois fazer essas adaptações não é algo tão simples. É necessário ver o que envolve o jogo, o linguajar usado, a época que se passa, a postura dos personagens e etc.

Um bom exemplo disso, sobre a adaptação – que não serve só para um texto, mas também para a dublagem – ocorre em muitos filmes, seriados e animes/desenhos. É o caso do anime Yu Yu Hakusho, super conhecido pela adaptação feita na época pelo Marco Ribeiro (dublador do Yusuke no anime e Iron Man nos filmes da Marvel), que foi o diretor de dublagem do material. Ele fez várias alterações quanto a gírias e expressões do anime original em japonês. Foi daí que surgiram frases inesquecíveis no anime que obviamente só poderiam fazer sentido aqui para nós brasileiros e principalmente para o pessoal do final da década de 90, que foi quando o anime foi exibido pela primeira vez no Brasil pela Rede Manchete. Foi um ótimo trabalho de adaptação, tenho de admitir!

Algumas dessas pérolas são: “Para o bonde que Isabel caiu! Para o mundo que eu quero descer!”, “Tá olhando o quê, ô pastel?! Cara feia pra mim é fome!”, “Rapadura é doce mas não é mole não”, “Tô na área, se derrubar é pênalti!”, “Você é grande, mas não é dois, eu sou pequeno, mas não sou metade!” Essa é minha favorita, é quase uma filosofia de vida!

São adaptações feitas para nosso maior entendimento e compreensão, pois as gírias e expressões japonesas não fariam muito sentido para nós. O mesmo acontece com a localização dos games – na verdade das mídias estrangeiras em geral!

Mas calma meus amigos, não se enganem, pois a localização é bem mais que dublagem e legendas. Lembram quando disse que isso serve até para adaptação cultural? Pois é, isso é bem verdade. Imaginem que além das gírias e expressões, as vezes para atingir certos países é preciso fazer umas mudanças para essa mídia ser aceita no mercado local. Alguns exemplos são jogos onde o sangue é retirado ou vira alguma gosma de outra cor, ou ainda quando personagens “vulgares” demais também costumam ter seus corpos cobertos em determinados países, pois se fossem explícitos como no original não seriam aceitos por lá, ou não chamariam a atenção necessária, ou pior, atenção desnecessária.

Algumas dessas alterações clássicas que podemos citar são sobre o Street Fighter II Special Champion Edition e o Final Fight lá dos anos 90. Ambas as alterações ocorreram quando as versões dos arcades foram portadas para os consoles de mesa. A clássica cena de abertura de Street Fighter II Special Champion Edition que conhecemos pode ser um pouco diferente dependendo da versão que jogamos, ou seja, existe uma variante entre a americana e a japonesa (original). Na versão japonesa temos um cara branco batendo em um cara negro, o que não houve problema no Japão. Já quando essa cena chegou na américa, bom, resolveram deixar dois caras brancos se batendo para parecer menos ofensivo, pois isso não cairia bem em seu país.

Diferenças entre a abertura japonesa e americana de Street Fighter II Special Champion Edition

Já no caso de Final Fight, se trata das personagens Roxy e Poison, aquelas garotas bonitas e sensuais, que bem, não são garotas na verdade…

Porém, isso de bater em mulheres também não cairia bem na américa. E quando a Capcom japonesa disse que elas não eram mulheres e sim travestis, bom, resolveram mudar de qualquer jeito para não pegar mal para eles, pois não cairia bem essa atitude  nos Estados Unidos, diferente do país de origem do jogo que aceitou tudo numa boa. Elas viraram, então, punks comuns para serem espancados por nós jogadores sem problema algum.

Mudanças nas personagens Poison e Roxy nas versões japonesas e americanas de Mega Drive e Super Nintendo.

Mas não vamos nos aprofundar quanto a isso, porque sabemos que envolve bem mais questões hoje em dia do que se era considerado antigamente. Foi apenas para exemplificar melhor as adaptações feitas, que também são consideradas parte da localização.

É impossível não cometermos erros…     

Quando esse trabalho não é bem feito temos alguns erros grotescos e bizarros que nos perguntamos: como isso pode acontecer se existe toda uma equipe para fazer esse trabalho? Queria eu poder explicar… Eu vi alguns desses erros que nos desanimam quando acontecem. Por exemplo, legendas que começam em português e aí do nada ficam em inglês. Isso me aconteceu jogando Batman da Telltale alguns anos atrás. Foram dois episódios, um que ficou meio localizado – metade do episódio estava em português e a outra metade em inglês – e os dois últimos que joguei totalmente em inglês mesmo estando com a opção de legendas em português.

É, triste, eu sei… Se você entende bem inglês então tudo bem, você ainda consegue jogar numa boa, mas se você não tem entendimento nenhum da língua, isso prejudica completamente sua gameplay. Ainda mais quando o jogo te dá a opção de jogar em seu idioma nativo e aí você se vê frustrado ao colocar as legendas em português e elas estarem todas em inglês. Aposto que é culpa dos estagiários!

Quando se trata de dublagens, alguns erros acontecem pela má sincronização do áudio que acaba não “casando” com a movimentação da boca do personagem ou, na pior das hipóteses, quando acontece das vozes de alguns personagem serem trocadas por outros. Um bom exemplo disso foi em Injustice God Amoung Us, onde em um determinado momento do jogo a voz do Arqueiro Verde é trocada por uma completamente diferente… por que? Eu queria saber também.

Fora claro as legendas onde ocorrem erros bizarros. Vi um recentemente jogando Marvel VS Capcom Infinite, onde as armas (pistolas) do Dante (Devil May Cry) têm o nome de Ebony e Ivory, mas que na tradução estava como Ébano e Marfim (seria a tradução literal). E eu fiquei bem tipo “What F*ck?!” Por isso é importante conhecer o que se está localizando para evitar tais erros grotescos. Isso que infelizmente acaba por desmerecer as localizações, o que é bem triste…

Agora que já estamos por dentro do que é localização, que tal falarmos disso nos jogos de Resident Evil?

Localização nos jogos da franquia Resident Evil

Vou começar por Resident Evil 6, que foi o primeiro da franquia a ser localizado para nós aqui no Brasil. Uma das melhores coisas desse jogo é o tamanho das legendas. Ahhhh legendas GRANDES! Isso é maravilhoso para pessoas cegas como eu… A sincronia está ótima e a tradução e adaptação também é mediana, embora eu ainda não tenha entendido por que trocaram o “Supergirl (Super moça)” por “Mulher maravilha” quando o Jake Muller fala isso pra Sherry Birkin, mas ok, no fim o sentido acaba sendo o mesmo.

Fizeram até que um bom trabalho neste primeiro game localizado aqui para nós. Temos algumas opções de áudio e legendas em outras línguas também, como espanhol, francês, italiano e alemão, porém não temos o áudio em japonês. Uma pena, pois acho bem bacana a dublagem japonesa também, mesmo no caso não sendo a “original” para Resident Evil. Apesar do jogo ser japonês, os atores e a dublagem principal são ocidentais, mais precisamente sendo o inglês a língua priorizada. O que faz sentido já que o jogo tem como alvo o público do lado de cá.

Revelations 1

O jogo tem uma boa localização, usa a linguagem formal a maior parte do tempo. Eu gosto bastante da tradução e adaptação deste jogo, ela é simples e objetiva, não fica fazendo firulas com gírias, abreviações de palavras ou algo assim. Claro que isso respeitando a personalidade do personagem em questão.

Uma coisa que observei também é que a sincronização da legenda quase sempre (80% do tempo, mais ou menos) aparece um tempo antes dos personagens começarem a falar. Cara, isso causa uma aflição tão grande que eu não sei como dizer, bate um nervoso de você ler a legenda e não ter a voz de fundo! Porém, isso ocorre apenas nos diálogos durante a gameplay. As cutscenes ficaram com uma ótima sincronia.

A partir deste título já temos bem mais idiomas no jogo, como japonês, polonês, chinês e outros. Acho bem bacana ter todas essas opções disponíveis, é bem interessante ver como é a dublagem em outras línguas.

Vale lembrar que a versão localizada é a Unveiled Edition, ou seja a versão de PS3. O jogo de Nintendo 3DS não foi localizado para o português.

Revelations 2

Sem medo de manter a fidelidade até mesmo nas horas dos palavrões, a localização de Revelations 2 é boa, só não é melhor por erros bobos que a fizeram perder pontos. Assim como seus antecessores, mantém a seriedade e formalidade nas traduções respeitando a personalidade de cada personagem.

Se ele é mais brincalhão e faz piadas ou usa gírias, a localização cobre bem essa parte. Outra coisa boa desta localização é que mantiveram os nomes originais em inglês dos inimigos. Assim como nos jogos anteriores, apenas nos troféus os nomes foram traduzidos.

Há uma boa sincrônica nas falas tanto na gameplay quanto nas cutscenes e isso é ótimo. Ah, mas então o que ficou ruim nessa localização? Bom meus amigos, houve um erro grotesco na tradução de uma das medalhas nos episódios do Barry Burton, mandando a gente fazer o oposto do pedido. Fora uns errinhos bobos de ortografia e palavras trocadas as vezes.

Resident Evil 7

Resident Evil 7 tem provavelmente a melhor localização dos jogos, mantendo a formalidade e seriedade conforme a personalidade e situação dos personagens. As partes que usam palavras abreviadas e dialetos ficaram a cargo dos Bakers, por serem fazendeiros falando “caipira”. Este tipo de fala foi bem empregada de qualquer forma, não sendo jogada a toda hora por qualquer personagem alheio o tempo todo.

Seu único defeito é ter algumas legendas muito pequenas. Na hora de ler alguns files, pegar itens ou conferi-los no inventario, parece que precisamos de uma lupa, fora isso tem um bom tamanho de legenda para todo o resto. Mantiveram a fidelidade aos xingamentos e palavrões também, nada de “amenizar”, e é assim mesmo que gostamos.

Resident Evil 2 Remake

Diferente de todos as outras localizações dos Resident Evil anteriores, esse vem com a novidade de ter praticamente tudo traduzido e adaptado para o português. No caso, o nome dos inimigos, itens e quase todo o resto. Salvo, no caso o nome da cidade. Até porque cidade guaxinim ia ficar meio estranho, né?! Falando sobre os nomes traduzidos, temos por exemplo: os Lickers que viraram Carnífices, os Cerberus agora são apenas Cães Zumbis e ainda o Tyrant que virou, de fato, o Tirano, literalmente! As Ink Ribbons ganharam sua tradução literal, indo para fitas de tinta. Mas existem algumas exceções como por exemplo os Ivy e o os bonequinhos do Mr. Raccoon que ainda aparecem com os nomes em inglês.

No geral a tradução está boa sim e a adaptação também, porém teve umas coisas que me incomodaram um pouco que não haviam nos outros jogos. Como por exemplo “abreviações” das palavras, no caso, “estou” muitas das vezes é apenas “tô”, e o mesmo vale para o “está” que ficou apenas “tá”. Ou então “a gente” em vez de “nós”. São meras formalidades, mas que acho que dão um tom mais sério. Ainda mais sendo um jogo que se passa em 1998, o pessoal não usava tantas palavras assim, como fazemos hoje em dia.

Outra observação é sobre a parte do orfanato que jogamos com a Sherry. Brian Irons a xinga e a ameaça bastante enquanto a persegue e na adaptação deixaram isso menos “pesado”. Qual é gente, não tem graça, e nem dá para sentir o ódio do personagem com ele falando “doentinha” ao invés de “v*dia”! Porém até dá para entender o porquê optaram por isso, por se tratar de estar xingando uma pobre criança, mas enfim… Vou deixar vocês julgarem! O bom que para todas as outras coisas mantiveram os xingamentos e palavrões.

Resident Evil 3 Remake

A localização do remake ou reimaginação – como preferir – do terceiro jogo é muito parecida com o anterior. Lançado um ano depois de Resident Evil 2 Remake, ele conta com 99% de tudo traduzido para o português e volta com as gírias e palavras abreviadas. Na verdade eu acho que a situação deste jogo é até pior que a do 2. É muito bizarro pegar um file para ler, escrito por um mercenário, e ele falar como um garoto de 15 anos dos dias de agora.

Na minha humilde opinião esse é o maior pecado da localização atual dos jogos. Eu até entendo que parte disso deva vir do fato de querer aproximar e chamar a atenção do público mais jovem, só que isso deixa uma imagem muito estranha dos personagens. Até porque quem souber um pouco de inglês, muitas vezes entende que a localização “moderna” não condiz com o que os personagens realmente falam.

Nem tudo pode ser perfeito, mas sabemos que a pratica leva a perfeição e eu acredito que possamos ter uma localização mais condizente com os personagens, suas personalidades e idades ainda. A Capcom melhorou bastante coisa com o passar dos anos, e embora ela aprenda de forma lenta, eu como fã ainda acredito!

Menção honrosa para o jogo Umbrela Corps que também foi localizado para o português do Brasil. Mas como esse é um spin-off não entrarei em detalhes, pois o foco aqui é mais para os jogos principais da franquia.

Lembrando que isso não é para ficar achando defeito nas legendas e traduções, muito pelo contrário, está mais para fazer uma crítica construtiva de algumas coisa e elogiar muitas outras.

Animações

Como é um mercado diferente e atinge um público bem maior que apenas os jogos, as animações sempre tiveram uma dublagem desde que chegaram ao mercado. Até porque a Capcom não as fez sozinha, não ficou responsável pela produção e distribuição, como acontece mais frequentemente com os jogos. Tudo isso influencia em termos ou não uma dublagem/localização.

Tirando os filmes com a Mila Jovovich que são dublados, aliás muito bem dublados – alguma coisa tinha que ser boa né! –. Temos as animações que fazem parte do arco principal da franquia. Vamos falar um pouco sobre elas e a dublagem que receberam.

O estúdio responsável pela dublagem das duas primeiras animações (Resident Evil: Degeneração e Resident Evil: Condenação) foi a Dublavideo, uma empresa de São Paulo que faz vários trabalhos de localização para a Sony Pictures aqui no Brasil. A Sony também é responsável pela distribuição do filme. Já o de Resident Evil: A Vingança não foi feito pela Sony e nem distribuído por ela. A animação ficou a cargo da Marza Animation Planet (em parceria com a Stage 6 Film) que já fez vários trabalhos em CGI para jogos de videogames como: série Hatsune Miku, Sonic e Phantasy Star. Fez outros jogos como Yakusa 0, Virtua Fighter 5, dentre alguns outros. Além de RE: A Vingança, eles fizeram também a animação do Capitão Harlock Pirata do Espaço (que eu super recomendo!). Já a distribuição ficou a cargo da Kadakawa Shoten, uma empresa especializada em desenvolver e distribuir mangas e jogos de videogame.

Optei por falar sobre os dubladores dos personagens principais e algumas participações de dubladores mais conhecidos, já que não daria para falar de todos individualmente, infelizmente.

Degeneração

Uma rápida introdução sobre esta animação antes de prosseguirmos. Nesta aventura seguimos Leon S. Kennedy e Claire Redfield lidando com mais um ataque terrorista.  Um aeroporto acaba sendo tomado por zumbis e isso força as autoridades a fechá-lo até resolverem o problema e resgatar o Senador Davis que ficou preso lá, junto a Claire. Para lidar com a situação, Leon é enviado para junto da autoridade local resgatar e conter o incidente. Além do aeroporto, a história se passa em um complexo farmacêutico da Wilpharma – posteriormente a empresa é comprada pela Tricell – que possuía uma amostra do G-virus que acaba por ser roubada.

A dublagem e a escolha do elenco foi muito boa no geral, com nomes de peso fazendo parte do trabalho, mesmo que em algumas participações rápidas.

Bom, traduziram a TerraSave para Salve a Terra, o que não está errado de fato, eu sei, mas eu fiquei meio “ué?”. Deve ser por já ter acostumado com a pronuncia em inglês – mesmo nos jogos não houve tradução. Se bem que a animação saiu antes das localizações aqui para o Brasil, mas…

Deixando isso de lado, vamos falar do elenco de peso na dublagem desta animação.

Felipe Grinnan é o nosso adorado Leon, e fez bem seu trabalho, é claro! Ele mantém uma voz mais firme e séria para o personagem. Grinnan é conhecido por trabalhos como a voz de Jude Law, Jake Gyllenhaal, Evan Mcgregor em vários filmes, assim como foi a voz de Drake Bell em Drake e Josh, Marty em Madagascar, Thanatos em cavaleiros do zodíaco saga de Hades e Lost Canvas e atualmente faz a voz do Whiz em Dragon Ball Super também, que eu particularmente acho um trabalho genial!

Na sequência, como nossa linda Claire temos Samira Fernandes. Uma refrescada na memória de vocês dos personagens que ela já fez: Kurenai em Naruto, Nami no One Piece, Kale em Dragon Ball Super, Wendy em Gravity Falls entre várias outros.

A dublagem da personagem Angela Miller ficou a cargo da já mais que conhecida Raquel Marinho, com dublagens como: Camille Saroyan em Bones, Chichi em Dragon Ball, Amy Wong em Futurama, Meg Griffin em Uma Família da Pesada, Sara Sidle em CSI – Investigação Criminal, fora muitas outras dublagens em filmes, animes/desenhos e séries em seu rico currículo.

Curtis Miller, o irmão de Angela, foi dublado pelo Alexandre Marconato, conhecido  por trabalhos como Greed (Ganância) em Fullmetal Alchemist e Brotherhood, Sportacus em Lazy Town, Chase Edmunds em 24 Horas, Tenshin-han em Dragon Ball Z (redublagem) e GT, entre vários outros trabalhos.

Como havia dito antes, sobre dubladores mais que conhecidos, tenho certeza que os mais saudosistas nas dublagens vão reconhecer logo de cara as vozes do senador Davis e do Frederic da Wilpharma, que são respectivamente as vozes de Gilberto Baroli e Francisco Brêtas. Pra quem não sabe ou não se lembra é o Aries, mestre do santuário (Gilberto Baroli) e do Hyoga (Francisco Bretas) em Cavaleiros do Zoodiaco, um dos trabalhos mais marcantes destes dubladores e de outros que aparecem nesta animação!

Ainda para quem tem um bom ouvido encontramos umas pontinhas do Élcio Sodré (Shiryu, Cavaleiros do Zodíaco) e da Letícia Quinto (Atena, Cavaleiros do Zodíaco), fazendo alguns dos personagens secundários que aparecem rapidamente em algumas cenas.

Essa galera do Cavaleiros adora trabalhar junto, hein! Brincadeiras a parte, a dublagem está muito boa.

Ok, um fato que eu preciso comentar sobre esta animação, que, embora não tenha nada a ver com a dublagem, mas eu nunca superei, foi o Leon com sua jaqueta até ele e a Angela começarem a fugir do level 4 da Wilpharma. Daí, instantes depois, ele aparece sem (a jaqueta). Finalmente, quando eles saem do complexo, ele magicamente está com a jaqueta de novo! Mas oi???

Melhor continuarmos…

Condenação

Esta segunda animação vem com uma história focada apenas em Leon desta vez. Ele é enviado a um pequeno país na Europa para investigar o uso de armas biológicas que estão usadas em uma guerra civil. Chegando até o local de sua missão, o agente recebe a ordem de deixar o país, pois os Estados Unidos estão se retirando da briga. Decidido a ir ao fundo disso, Leon continua a investigação por conta própria, se envolvendo com um grupo de rebeldes locais.

Com uma dublagem tão boa quanto seu antecessor, Condenação traz Felipe Grinnan de volta como a voz de Leon e também Raquel Marinho, só que dessa vez dublando a vilã Svetlana Belikova. Hunnigan teve sua dubladora alterada, trocando Eleonora Prado (Nº 18 Dragon Ball Z, Nicole Kidman e Kate Winsleet em vários filmes, Patty’ Maionese em Doug, Rainha Má em Once Upon), pela Salli Saffioti (Barbara Kean em Gothan, Mulan em Once Upon a Time, Amy Pund em Doctor Who, Soifon em Bleach). Temos também a grande Letícia Quinto dublando nossa querida espiã Ada Wong. Leticia Quinto tem um extenso currículo na dublagem também, tendo feito personagens memoráveis como: Kagome (Agome aqui no Brasil) / Kikyou em Inu-Yasha, Riza Hawkeye em Fullmetal Alchemist e Brotherhood, Sandy Bochechas em Bob Esponja, Branca de Neve em Once Upon a Time, fora ter sido a voz de Anne Hathaway, Kirsten Dunst, Katherine Heigl em vários filmes.

Só fico triste por mais uma vez pronunciarem o nome dela errado. Nos filmes live-action aconteceu a mesma coisa infelizmente… E diferente do Degeneração também, a pronúncia do nome do Leon é dita errada por alguns personagens. E adivinhem? No live-action aconteceu o mesmo…

Não podemos esquecer que o querido Wendel Bezerra (nosso Goku) faz uma ponta na animação dublando o jovem JD.

Ok, por algum motivo é bem estranho ouvir B.S.A.A. e B.O.W. sem serem pronunciados em inglês, que não é o lance aqui também, tudo vem com as pronúncias em português mesmo.

Vale destacar que a animação melhorou bastante em comparação ao primeiro filme. Está mais leve e fluída, mais contextualizada. Alguns anos fazem bem mesmo pras coisas.

A Vingança

Nesta terceira animação, ainda temos Leon como protagonista, só que desta vez ao lado de Chris Redfield e Rebecca Chambers. Um contrabandista de armas planeja uma vingança contra os Estados Unidos, pretendendo lançar um  vírus na cidade de Nova Iorque. Chris, que investigava sobre este contrabandista, acaba por salvar Rebecca que teve o laboratório onde trabalha como alvo. Precisando de ajuda, eles procuram por Leon que se junta a ambos para deter o ato terrorista que está prestes a devastar milhares de vidas.

Ok, ok vou tentar (com muita ênfase no tentar) me ater apenas aos detalhes de dublagem!

Como houve uma mudança de estúdio, saindo da Dublavideo e indo para a Delarte, todo o elenco de dublagem foi modificado, por isso nada de Felipe Grinnan pra gente como Leon, infelizmente…

Como nos anteriores eles pronunciam em português as siglas, porém os B.O.W., ficaram com sua sigla traduzida desta vez, sendo assim A.B.O., Arma Biorgânica.

Não vou dizer que a dublagem ficou ruim, mas como já estávamos acostumados com o outro estúdio e as outras vozes, ficou bem estranho a princípio.

E novamente temos o problema com a pronúncia do nome do Leon. Trocamos de estúdio, mas não trocamos a pronúncia dos nomes, assim fica difícil, né gente.

Quem dá a voz ao Leon desta vez é o dublador Daniel Muller que já viveu os personagens: Lucio em Overwatch, Chaves/Chapolin na dublagem pelo estúdio Som de Vera Cruz, que são os episódios exibidos pelo Multishow, En Sabah Nur / Apocalipse em X-Men Apocalipse, Archie Andrews em Riverdale, dentre vários outros personagens.

A voz de Chris ficou a cargo de Léo Rabelo, conhecido por fazer personagens como: Shazan (Adulto) no filme live action do herói, Ajax em Deadpool, Rammus em League of Legends, entre alguns outros.

Rebecca ganhou voz através da dubladora Luisa Viotti, que já emprestou sua voz a personagens como: Josie McCoy em Riverdale, Jessica Rothe em A morte te da Parabéns, fazendo algumas outras dublagens. Além de ser dubladora ela  é também cantora.

Glen Arias tem a dublagem do mais que experiente Hélio Ribeiro. Conhecido por dar voz a personagens como: Don Lino em Espanta Tubarões, Holt em Vida de Inseto, foi a voz de Robert De Niro, Steve Martin, Dennis Quaid e Kevin Costner em diversos filmes, fora já ter atuado até mesmo em algumas novelas.

Temos ainda uma pontinha do talentosíssimo Charles Emmanuel como Patricio. Pra quem não associou o nome a voz, ele é conhecido por dar voz ao Benjamin Tennyson (Ben) em Ben 10, Rony Weasley em Harry Potter, Magnus Bane em Shadow Hunters, Mutano em Jovens Titãs (Desenho), Rigby em Apenas um Show, Gowther em Nanatsu no Taizai (The Seven Deadly Sins), dentre muitos outros trabalhos.

Estas foram as considerações para as animações, a próxima parte deste extenso artigo trará as mais populares fandublagens dos jogos de Resident Evil.

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