Arte: Frank Alcântara

Análise – Resident Evil Village (PlayStation 5)

Resident Evil 7 foi lançado com a promessa de retornar a franquia às origens, com foco na exploração, gerenciamento de recursos e principalmente o horror de sobrevivência. Apesar de ter gerado uma reação mista entre a fanbase, desde seu misterioso anúncio (e incrível campanha de marketing) até o lançamento, o sétimo título numerado se provou ser um excelente jogo e conseguiu dar novos ares ao mesmo tempo em que resgatava os elementos responsáveis pelo sucesso da série.

Após 4 anos, finalmente tivemos uma sequência direta da história de Ethan Winters, e se RE7 foi um jogo que deu o que falar entre os fãs, Resident Evil Village provavelmente será o mesmo que Resident Evil 4 foi em termos de divisão na franquia.

Resident Evil Village começa alguns anos após os acontecimentos na Louisiana. Traumatizados pelos eventos do jogo anterior, Ethan, Mia Winters e sua recém-nascida filha Rose vivem em uma casa na Europa sob um programa de proteção.

Sua nova vida pacata é completamente alterada quando Chris Redfield, sem uma explicação aparente, invade sua casa, atira em Mia e sequestra sua filha Rose. Ethan também é levado, mas acaba acordando após um acidente. Ele continua a busca por sua filha até se deparar com o vilarejo que dá título ao jogo e assim se inicia o novo pesadelo.

COMBATE E EXPLORAÇÃO

Enquanto RE7 era muito mais focado no horror e ambientes claustrofóbicos, Village se inspira fortemente em Resident Evil 4. Seja na jogabilidade mais voltada para a ação, ou mesmo nos cenários e ambientações do jogo, Village parece tirar grande inspiração do quarto jogo numerado da franquia. Apesar disso, não pense que o oitavo título é um jogo de ação. Sim, ele é mais voltado para o combate, mas o jogo cria situações de forma que você sempre se mantenha tenso e precise planejar como lidar com tudo.

Logo no começo do jogo, você é atacado por um bando (ou seria matilha?) de licanos e o jogador precisa sobreviver ao ataque da maneira que puder. Seja se escondendo e barricando portas, usando sacos de farinha no cenário para atrapalhar a visão dos inimigos ou até mesmo usando barris explosivos. Logo de cara você é jogado em uma situação é necessário fazer de tudo para sobreviver e esse começo mostra o tom do restante do jogo.

Em RE7, Ethan era um novato, mas logo no começo de Resident Evil Village é mencionado que, desde então, ele teve treinamento militar. Por isso, desta vez, Ethan consegue usar uma variedade maior de armas, equipamentos e até mesmo revidar o golpe dos inimigos após uma defesa bem-sucedida.

Um ponto positivo do jogo é que há uma variedade muito maior de inimigos em relação ao título anterior. Cada área do jogo apresenta novos tipos de inimigos e seu comportamento também é diferente, por isso você não ficará com aquela sensação de repetição e precisará tomar cuidado para ver a melhor forma de derrotá-los. Há também sub-chefes em Village, mas aqui você pode decidir se quer enfrentá-los ou não. Mas se você conseguir e sair vitorioso, provavelmente ganhará algum item muito valioso, cabendo ao jogador então decidir o que fazer.

Embora o jogo te dê mais recursos, você pode escolher (embora de forma limitada) como quer prosseguir de acordo com seu estilo de jogo: se prefere enfrentar os inimigos, ir escondido ou mesmo fugir deles. Mas não pense que o jogo vai facilitar a sua vida, explorando os cenários você consegue encontrar itens e objetos, que você pode usar para criar itens de cura e munição, mas isso depende diretamente do jogador. Então saiba que você precisará planejar melhor como despender de seus recursos.

Há também vasos e caixas quebráveis onde você encontra recursos. E um ponto que ajuda bastante é o jogador não ter que equipar a faca para quebrar esses objetos, podendo apenas apertar o botão de ação para destruí-los, algo super útil quando você está fugindo de inimigos e não quer ter que gastar munição ou mesmo tem tempo para trocar para a faca. Um outro item marcante que não está neste jogo são os baús, mas isso se dá devido ao sistema de inventário ter sido tirado diretamente de Resident Evil 4. A maleta faz então seu retorno, e cabe a você organizar e gerenciar suas armas e acessórios para que possa prosseguir em sua jornada no vilarejo.

Para salvar o jogo, além do sistema de checkpoints, o jogador pode usar as máquinas de escrever espalhadas pelo cenário, mas assim como em RE4 você não precisa de um ink ribbon. Então, pode salvar à vontade!

Assim como em RE4, os itens “chave” e “documentos” não ocupam espaço na sua maleta, eles ficam em outra aba separada, e há também o diário de Ethan, onde ele faz anotações sobre o que está ocorrendo na história e também seus objetivos. O diário de Ethan é útil, pois Village é um dos jogos que mais te dá liberdade de exploração em toda a franquia. Village apresenta diversos cenários em um único mapa interconectado, sendo elas o vilarejo – que funciona de certa forma como um hub central que conecta às outras áreas do mapa -, além de quatro regiões diferentes dominadas pelos Lordes do vilarejo: Alcina Dimitrescu, Donna Beneviento, Salvatore Moreau e Karl Heisenberg.

Apesar dessa aparente liberdade de exploração, o jogo peca justamente por sua interconexão do mapa ser limitada ao vilarejo. Dessa forma, cada área dominada pelos lordes funciona quase como que um mundo separado que podem ser acessados a partir de uma área central na vila. Mesmo assim, você não pode decidir em qual ordem irá explorar cada uma dessas localidades, pois isto é definido pelo próprio jogo.

Após você finalizar uma dessas áreas, não poderá retornar para explorá-la. Embora esta liberdade seja limitada, Village tem alguns dos melhores cenários de toda a franquia: o Castelo Dimitrescu. Ele funciona de forma parecida com a Mansão Spencer e a R.P.D., contando com um ponto onde Alcina Dimitrescu passa a te perseguir da mesma forma que o Tyrant em Resident Evil 2 de 2019.

O castelo também acaba impressionando pela sua construção e visual. É um ótimo cenário com diversas possibilidades de exploração que me lembrou, logo de cara, os jogos de terror da era do PlayStation 2 como Haunting Ground, por exemplo (também da Capcom). O clima e ambientação estão absolutamente incríveis, contando com diversos puzzles que se conectam muito bem com o universo apresentado no jogo. Mas se prepare, pois você pode acabar coçando a cabeça para resolver alguns deles.

Além disso, cada área tem um visual bem distinto. E não só isso, mas o estilo de exploração e combate também é diferente para cada uma dessas áreas, criando uma atmosfera única para cada um desses ambientes, contando inclusive com o que eu acredito que seja uma das partes mais assustadoras de toda a franquia, onde claramente tiraram inspiração da versão beta de Resident Evil 4 e um certo jogo cancelado de uma outra franquia.

Os confrontos com cada lorde também são bem variados e diferentes entre si, criando batalhas únicas e memoráveis contra os chefes. O lado bom é que nenhuma dessas áreas dura além do que o necessário, de forma que mesmo que você não goste de alguma parte do jogo, ela não vai durar muito mais do que deveria. Mas isso é uma faca de dois gumes, pois da mesma maneira, a área do Castelo Dimitrescu acaba sendo um pouco mais curta do que gostaríamos – mas não fique triste pois temos ainda um universo muito maior para explorar.

Falando em exploração, o mapa é repleto de locais secretos e objetivos secundários. Conforme o jogador progride na história, áreas anteriormente inacessíveis vão se abrindo e mostrando a interligação do mapa. E nessas áreas há alguns puzzles que você pode resolver, e chefes secretos que você pode enfrentar para conseguir tesouros que você pode vender para uma das melhores adições de Village.

Sim, como muitos já sabem, o mercador está de volta, dessa vez como o Duque. O personagem te dá uma grande sensação de alívio quando você o encontra, pois ele também funciona como uma safe room, além de ser um personagem incrivelmente carismático. Com Duque, você pode comprar itens, armas, melhorias e também vender seus itens e tesouros. Há uma variedade enorme de armas no jogo que vão sendo desbloqueadas durante a campanha – e também após completar o jogo – então, é impossível você melhorar tudo em uma única campanha. Além disso, após uma parte do jogo você ganha algumas receitas de pratos que podem ser criados ao entregar caças para Duque, de forma que você consegue melhorias como aumento de vida, defesa ou aumento de velocidade permanentes.

Village está cheio de mecânicas novas e a gameplay está mais refinada que seu antecessor, mas não foi apenas a jogabilidade que melhorou, os personagens também tiveram um maior desenvolvimento.

HISTÓRIA E PERSONAGENS

Algumas das maiores reclamações que RE7 recebeu foi Ethan parecer totalmente apático às situações pelas quais estava passando, afinal, como alguém pode ter seu braço serrado e mal esboçar uma reação? Pois bem, a Capcom aprendeu com seus erros e, desta vez, Ethan é um personagem de verdade.

Enquanto no jogo anterior optaram por deixar o personagem o mais neutro possível para que o jogador se colocasse no lugar dele, aqui Ethan apresenta muito mais personalidade e reações condizentes ao que está acontecendo, o que faz com que o jogador consiga se identificar muito mais com Ethan desta vez. Curiosamente, muitas vezes Ethan tinha exatamente a mesma reação que eu ao se deparar com alguma cena, algo que continua durante todo o jogo.

Os lordes do vilarejo também são excelentes, cada um tem uma personalidade e visual muito marcantes, e aqui um ponto excelente do jogo é a dublagem. Seja em português ou em inglês, a qualidade da dublagem é de primeira linha. Na minha primeira campanha, eu joguei com as vozes em português e em momento algum tive qualquer estranhamento com as novas vozes. Aliás, todos os dubladores casaram muito bem com os personagens, ficando algo completamente natural. Se você quiser conhecer o elenco brasileiro de dublagem, veja nossa matéria sobre os dubladores aqui no REVIL.

Embora os personagens do jogo sejam interessantes, temos aqui o maior problema de Village: o roteiro. Assim como RE7, Village contou com uma campanha de marketing envolta em mistério, afinal, esse seria o fim de Chris Redfield? Por que ele matou Mia e sequestrou Rose? Qual a conexão do vilarejo com a Umbrella? Entretanto, temos aqui um dos pontos mais fracos do jogo. Enquanto RE7 instigava o jogador a querer desvendar o mistério e entregava em suas promessas, Village tem uma das histórias mais fracas da franquia.

Em Resident Evil Village, Ethan é jogado de uma situação para outra e, ocasionalmente, comenta o absurdo daquilo tudo, quase como expressando a opinião do próprio jogador. Mas o problema mesmo é que o mistério do jogo acaba sendo resolvido praticamente de uma vez só e quando toda a verdade é revelada você fica com uma sensação de “era só isso?”. A Capcom fez um grande mistério em cima da trama do jogo, que acaba decepcionando quando descobrimos as revelações.

Ao invés de aproveitar o decorrer do jogo, usando os lordes do vilarejo para irmos desvendando o mistério aos poucos e aprender mais sobre este universo, temos praticamente tudo entregue para nós. É claro que há bastante informação sobre aquele mundo em documentos e arquivos, mas diferente de RE7 onde poderíamos amarrar a história ligando os pontos, aqui as grandes revelações são jogadas na sua cara de uma vez só. Em um ponto, um personagem comenta se não seria melhor ter contado tudo para Ethan, e eu só pude rir pois o jogo tem completa noção dos problemas de sua própria história e consegue brincar com isso.

Outro ponto negativo é que os moradores da vila estão presentes apenas durante a parte da primeira demo do jogo, algo super desaproveitado e que poderia dar ainda mais vida ao universo do jogo. Como a aparição deles é tão pontual, se ela fosse cortada não interferiria no restante do jogo. Uma pena, pois este foi um dos pontos criticados em Resident Evil 3 de 2020 e imaginava que esses personagens teriam um papel maior na narrativa.

Tudo é encerrado de forma apressada e não dá uma sensação de conclusão a toda nossa trajetória pelo vilarejo. Por conta disso eu tive a impressão de que o jogo teve mais conteúdo planejado, mas que tiveram que cortar durante a etapa de desenvolvimento, muito diferente de RE7 que foi entregue como um produto finalizado, onde as DLCs posteriores vieram apenas para complementar a história do jogo.  Apesar disso, não pense que o Resident Evil Village não tem um final. Aliás, o final do jogo abre margens para novas linhas narrativas que provavelmente vão ser exploradas nos próximos jogos da franquia.

REJOGABILIDADE

Sobre a questão da “rejogabilidade”, eu levei aproximadamente 10h para terminar o jogo pela primeira vez (isso sem contar as cutscenes), então acredito que os jogadores podem gastar ainda mais tempo. Fora isso, Village tem diversos itens e objetivos adicionais que você só poderá concluir com diversas jogatinas. Seja para desbloquear itens ou melhorar seus equipamentos, os “complecionistas” têm vários motivos para adentrar no vilarejo novamente.

Village, aliás, tem uma dificuldade adicional chamada Vilarejo das Sombras onde os inimigos são muito mais resistentes e seu dano é muito maior. No primeiro encontro com um inimigo, eu usei minhas armas com upgrades e, mesmo assim, tive dificuldade para eliminá-lo e apenas um golpe do inimigo me enviou para o danger. Além disso, não é só a dificuldade que aumenta: da mesma forma que o modo Madhouse em RE7 ou o modo Inferno em RE3, o posicionamento de alguns itens e inimigos é alterado nesta dificuldade, promovendo uma nova experiência para os que já estão familiarizados com o jogo. E se você se cansar do modo campanha, pode se divertir com o retorno do modo Mercenários.

O modo Mercenários está um pouco diferente do que você pode estar acostumado, mas continua divertido e rápido como sempre. Nesta modalidade o jogador deve eliminar a maior quantidade de inimigos no menor espaço de tempo possível para então prosseguir à próxima área. Entre as áreas, o jogador pode comprar equipamentos e itens com Duque, mas o interessante é que você pode vender suas armas e focar naquela que você se sente mais à vontade – então não tenha medo de arriscar pois seu esforço poderá ser recompensado, afinal, o objetivo do modo Mercenários é a maior pontuação, então você vai querer ser tão preciso e rápido quanto possível.

Para ajudar nisso, há alguns orbes pela fase que você pode usar para escolher entre habilidades diferentes que vão se acumulando. Mas atenção: elas vão ficar com você até o final da fase, seja para aumentar o dano, desacelerar os inimigos ou até mesmo algo mais aleatório como “os inimigos poderão explodir ao serem mortos por armas de fogo”, há várias opções para o estilo de jogo que você preferir, então escolha com sabedoria. O melhor deste modo é que você pode escolher a forma que irá jogar: você pretende ir no combate corpo-a-corpo? Sem problemas. Ou quem sabe você prefere usar armas à distância? Também sem problemas. O modo te dá essa liberdade e cada jogador poderá experimentá-lo com a abordagem que preferir.

Apesar do jogo ser em primeira pessoa, a jogabilidade mais voltada para a ação de Resident Evil Village permite que o modo Mercenários funcione aqui, algo que eu acredito que seria um pouco mais complicado em Resident Evil 7. Ao terminar as fases, você ganha recompensas pela sua pontuação e com uma pontuação “A” em uma fase, você libera a próxima, totalizando 4 fases com diversas áreas em cada uma delas. O único ponto negativo do modo Mercenários é a falta de personagens diferentes e com equipamentos diferentes, algo que poderia ser facilmente adicionado.

Há também um documento oficial que já é disponibilizado logo que você inicia o jogo, contando os eventos entre RE7 e Village do ponto de vista de uma certa personagem, mas é recomendado que ele seja lido após a conclusão da campanha principal. Além disso, há diversos desbloqueáveis como artes conceituais contando detalhes sobre o desenvolvimento, e modelos de armas, inimigos e personagens do jogo (mas já te adianto que mesmo assim, Ethan continua sem rosto).

PlayStation 5

O jogo está rodando incrivelmente bem no PS5, mas o jogo rodando com Ray Tracing ativado tem algumas quedas de quadros em cenas onde a ação fica mais cheia, algo que não ocorre quando você desativa o modo, que particularmente, não faz uma diferença tão grande. Quando você passa de uma área para outra, o jogo pode dar uma engasgada e você consegue ver partes dos cenários sendo renderizadas, mas não é algo muito recorrente ou que tire a sua imersão do jogo. Falando em imersão, o design de som do jogo está fenomenal. Seja usando um fone de ouvido ou um sistema surround, você consegue apontar de onde os sons estão vindo e toda a ambientação sonora criam um clima de imersão como nunca visto (ou ouvido neste caso) em toda a franquia.

O SSD do console também é espetacular: eu conseguia carregar um save e começar a jogar em menos de dois segundos – e quando você vai salvar nas máquinas de escrever, é praticamente instantâneo. O único ponto que poderia haver uma melhora é no uso do controle DualSense, pois enquanto o som 3D é bem trabalhado, o controle fica limitado aos gatilhos adaptativos, onde os botões L2 e R2 têm uma pressão diferente para cada arma, fazendo com que você sinta, de fato, como se estivesse disparando uma arma diferente. Só que o feedback háptico é deixado de lado, algo que poderia ser realmente marcante, principalmente em um jogo de terror.

CONCLUSÃO

Resident Evil Village melhora diversos aspectos de Resident Evil 7, mas peca em outros fundamentais. A jogabilidade e exploração estão entre algumas das melhores de toda a franquia, mas a ambição dos desenvolvedores acabam sendo limitadas pelo próprio jogo, por causa de aspectos do game design e uma história fraca e mal desenvolvida. Apesar das diversas inspirações em Resident Evil 4, não se engane, pois este jogo é claramente uma evolução de Resident Evil 7 e, embora não seja revolucionário que nem o quarto título numerado da franquia, dá um grande passo para os rumos que a série pode tomar, não apenas encerrando um ciclo, mas também abrindo caminho para os próximos vinte anos de Resident Evil.

O jogo foi analisado no PlayStation 5 em cópia digital cedida pela Capcom Brasil. O texto não representa a opinião do REVIL como um todo, e sim do autor da análise.

Revisão do texto: Natália Sampaio

ANÁLISE EM VÍDEO

Este conteúdo também faz parte de uma análise em forma de vídeo do REVIL. Confira uma mescla das impressões do PlayStation 5 e da versão do jogo em um PlayStation 4 Pro (via Dry Borges):

 

Narração e edição do vídeo: Ricardo Muzykant Alves
Roteiro do vídeo: Ricardo Andretto e Nícolas Gomes

Confira as outras análises de Resident Evil Village no REVIL:

Análise – Resident Evil Village (PlayStation 5)
Pontos positivos
Exploração;
Equilíbrio entre terror e ação;
Ambientação;
Vilões Carismáticos;
Sound Design;
Duque;
Boss Fights criativas.
Pontos negativos
Roteiro fraco;
As ligações com o resto da franquia são muito superficiais;
Conexão entre os cenários poderia ser melhor;
Conclusão da história;
Falta de interação com mais personagens.
7.5