Resident Evil: No Escuro Absoluto é o primeiro trabalho da gigante do streaming Netflix com a marca Resident Evil. Lançada no último dia 8, a série atraiu vários fãs da franquia, que tem seus 25 anos, para a frente das telinhas. Com apenas 4 episódios, a série se dividiu entre algo relativamente bom e algo apenas “assistível”, mas o que ninguém pode negar é que a série trouxe bastante fanservice para a produção, começando claramente com nossos protagonistas: Claire Redfield e Leon Scott Kennedy. Como todo apaixonado pela nostalgia de um fã, listo algumas referências à franquia que estão presentes na computação gráfica. Confira:
Dublagem
Para os fãs que assistiram a animação em inglês e jogaram a reimaginação de 2019, essa é claramente a referência mais nítida. Nick Apostolides e Stephanie Panisello voltam aos papéis de Leon e Claire em Resident Evil: Infinite Darkness, nome original da série em inglês. A Capcom e as produtoras Quebico e TMS Entertainment garantiram que a dupla estivesse a frente da interpretação, mantendo a coerência na atual era da saga.
Na versão brasileira, Daniel Müller também retorna para a dublagem como Leon (ele já tinha feito a voz do protagonista em Resident Evil: A Vingança) e Natália Alves assume a voz da nossa heroína Claire.
Raccoon City
A terra natal dos fãs de Resident Evil nunca poderá ser esquecida e não vai ser dessa vez mesmo. Durante as quase duas horas de série, a cidade do meio-oeste dos Estados Unidos é bem recordada. Durante um diálogo com Jason, Leon destaca que também esteve no meio de situações “traumatizantes”. Ambos falam de seu trauma, mas apenas as experiências de Jason são vistas na série da Netflix.
Ratos contaminados
Outra referência importante ao passado da franquia é feita no segundo episódio quando, em um dos momentos mais bizarros de Resident Evil: No Escuro Absoluto, Leon enfrenta uma horda de ratos contaminados dentro de um submarino. Os roedores foram um dos vetores da infecção em Raccoon City e são destaque em uma cena do clássico de 1998 e no anúncio da versão remake de 2019. Curiosamente, apesar de serem um dos marcos da contaminação, o seriado da Netflix marca a primeira vez que os ratos são colocados efetivamente como inimigos.
Trajes
Muitos fãs de Resident Evil são apaixonados por roupas diferentes e, desde o clássico de 1996, essa opção está presente na franquia. Leon e Claire não parecem perder muito tempo na hora de escolher a roupa. A preferência dos dois é por jaquetas de couro e peças sempre bem parecidas. Mas se você não se lembra, essa é uma referência ao futuro deles na saga. Leon é fã das jaquetas de couro e, em Resident Evil: No Escuro Absoluto, já antecipava o visual que usaria anos depois, em Resident Evil 6.
Apesar de a jaqueta remeter diretamente à reimaginação de Resident Evil 2, o figurino de Claire na série parece inspirado na versão da personagem vista em Resident Evil Revelations 2.
Ashley Graham
Ashley Graham faz uma pequena, mas importante aparição em Resident Evil: No Escuro Absoluto, com seu pai se voltando às fotos dela quando precisa tomar decisões importantes enquanto presidente. Quando Leon é apresentado à equipe de agentes reunidos na Casa Branca, é mencionado que ele resgatou a filha do presidente. Essa é uma referência à viagem de Leon à Espanha para resgatar Ashley dos habitantes infectados pelas Las Plagas, como visto em Resident Evil 4.
Armas
Outra referência a Resident Evil 4, menos clara, aparece no terceiro episódio quando Leon invade a casa da família de Shen May, se aproximando do centro da conspiração em que todos estão envolvidos. Em sua mão, está a Silver Ghost, a mesma arma levada pelo protagonista em sua missão na Europa. Antes de a vermos em No Escuro Absoluto, ela também apareceu como referência em Resident Evil: Degeneração, o primeiro filme de animação, lançado em 2008. A pistola foi um presente do irmão do dono da loja de armas de Raccoon City a Leon e também carrega um forte significado para o protagonista.
Uma variante do T
Uma citação rápida, ainda no primeiro episódio, também remete aos eventos originais. Logo após o ataque à Casa Branca, um dos primeiros eventos da série, Leon pergunta a Jason se ele acredita que os monstros foram criados pela ação do T-Vírus, o mesmo que vazou em Raccoon City e a levou à destruição. Aqueles que não conhecem, o T-Vírus é um dos tantos vírus criados pela Umbrella para possibilitar sua pesquisa com armas biológicas. Enquanto administrações controladas em laboratório levaram à criação de monstros mais violentos e perigosos, como os Hunters e os Tyrants, uma infecção descontrolada cria zumbis e lickers que os jogadores devem conhecer muito bem dos jogos da série.
Tricell
Lembram da Tricell? A mega corporação de Resident Evil foi fundamental nos eventos do quinto jogo, orquestrando um novo vírus, o Uroboros, com a ajuda de Albert Wesker. Seus primeiros movimentos na franquia são revelados em Resident Evil: No Escuro Absoluto. No episódio final da série da Netflix, o secretário de Defesa Wilson revela seu esquema corporativo: fazer grande parte da população contar com seus inibidores de supressão de vírus após expô-los. Podemos esperar Wilson e Tricell juntos em uma possível segunda temporada?
TerraSave
Outro destaque é a TerraSave, na qual Claire trabalha. Organização que ajuda os necessitados após incidentes de bioterrorismo, a TerraSave apareceu pela primeira vez em Resident Evil: Degeneração e desempenha um grande papel em Resident Evil Revelations 2.
Laboratório
O laboratório de super soldados de Resident Evil: No Escuro Absoluto se parece muito (por motivos depois revelados) com as estruturas da Tricell em Resident Evil 5. O cenário remete a quando Chris Redfield e Sheva Alomar descobrem o laboratório subterrâneo da empresa, que trabalhava em manipulação viral. A cena de Leon e Shay Mei chegando ao local lembra bastante também a entrada em RE5. Seria essa apenas uma referência, ou o mesmo local? Não é citada a localização exata, mas infelizmente deve ser só mais um laboratório da Tricell.
Final Clássico
O capítulo final de Resident Evil: No Escuro Absoluto tem todos os elementos de um final de série com direito a Tyrant, rocket launcher e um local se autodestruindo. Jason, transformado, faz o papel do Tyrant, enquanto todo o projeto de supersoldados que estava em desenvolvimento, assim como a própria instalação, está se autodestruindo por meio de uma nada eficiente inundação por ácido. Em um dos momentos do combate, Leon usa a tradicional rocket launcher, que sempre aparece para resolver as coisas em Resident Evil – apesar de, no seriado, a arma não ter sido tão efetiva assim.
- Leia também: Análise – Resident Evil: No Escuro Absoluto
E você, achou mais alguma referência à franquia?
Resident Evil: No Escuro Absoluto estreou no dia 8 de julho, exclusivamente na Netflix. O seriado original tem quatro episódios e, por enquanto, não teve uma segunda temporada confirmada.